segunda-feira, março 26, 2007

A vocação fúnebre das políticas educativas

Da coluna de opinião de Santana Castilho, hoje no PÚBLICO ("A vocação fúnebre das políticas educativas"):

"4. Os veredictos dos tribunais portugueses têm exposto a má qualidade das decisões políticas dos governantes da 5 de Outubro: conto, salvo erro, 10 condenações relativas aos exames de Física e Química, 3 no que respeita a falta de pagamento de aulas de substituição e despachos revogados, por ilícitos. A relativa passividade dos media dá que pensar. A displicência e o silêncio sepulcral dos visados não surpreendem.
(...)
6. Mais um anúncio e mais uma iniciativa inédita: vão ser gastos 940 milhões de euros na recuperação de escolas ao longo dos próximos nove anos; segundo o porta-voz do Ministério da Educação, um dos instrumentos de financiamento será, e passo a citar, "o aluguer de espaços para casamentos e baptizados" e "para torneios de solteiros e casados". Esqueceram-se de considerar o aluguer para velar mortos e discriminaram os divorciados nos torneios de salão. Depois da anulação do défice, é provável que ainda sobre algum Portugal, algumas escolas, algumas maternidades, algumas urgências hospitalares, alguns apeadeiros de caminhos-de-ferro, algumas estações de correio, algumas aldeias do interior e, obviamente, 54 governantes com os seus 500 assessores e adjuntos, 137 secretárias, 128 motoristas e 280 auxiliares administrativos."

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