segunda-feira, dezembro 31, 2007

Adeus 2007 - o mundo fica um lugar melhor?


Na altura de nos despedirmos de 2007, a questão que devia importar é se o mundo ficou um bocadinho melhor. Se tivermos como barómetro o zeitgeist do google, das palavras mais procuradas de 2007 e as compararmos com as de 2001, parece que sim.

Os medos que nos assombravam há seis anos atrás parecem coisas distantes, quando olhamos para os gadgets tecnológicos, os sites sociais ou de escândalos, ou as séries de televisão, que preocuparam as pessoas este ano.

Quererá isto dizer, portanto, que vivemos num mundo melhor do que há 6 anos? Só pode ser, factos não mentem, certo? Seria interessante a estatística das palavras mais procuradas a partir das escolas portuguesas...

Um bom ano para todos!

E o Prémio "Pessoa mais panteminêra de 2007" vai para...


Fôssem todos como esta senhora...

sábado, dezembro 29, 2007

Melhores Blogues de 2007

Eis a minha lista de melhores blogues de 2007, por categorias. (Não vou andar a meter links, era o que mais faltava... vocês sabem como lá chegar...)

Blogues com melhor conteúdo:
1. Arrastão
2. Ladrões de Bicicletas
3. Zero de Conduta
4. 31 da Armada
5. Cinco Dias

Blogues mais inovadores:
1. 31 da Armada, pelas emissões especiais e entrevistas
2. Arrastão, pela mudança de casa para o Tubarão-Esquilo, pela publicação no blogue de textos do autor no jornal Expresso, e outras mudanças estruturais.
3. Irmão Lúcia, pelas ilustrações políticas e participação em outros blogues.
4. Les Canards Libertaîres, pela coluna da esuqerda, com comentários sobre a actualidade.
5. Abrupto, pela resistência a "inovações" (comentários, links, feeds etc...), o que o torna inovador.

Blogues com melhor grafismo:
1. Arrastão
2. A Causa Foi Modificada
3. Les Canards Libertaîres
4. 31 da Armada
5. Cinco Dias

Blogues mais polémicos:
1. Do Portugal Profundo, porque enfrentou o poder e chegou a ir a tribunal por isso
2. Portugal Contemporâneo, pelos posts politicamente incorrectos de Pedro Arroja
3. O Insurgente, pela polémica que causam quase diariamente na blogosfera
4. Sem Muros, pela mudança de posição de Miguel Portas em relação à acção do Movimento Verde Eufémia
5. Xatoo, pelo apoio incondicional ao regime cubano.

Melhores estreias de 2007:
1. Ladrões de Bicicletas
2. Zero de Conduta
3. O BiToque
4. Peão
5. Tempo das Cerejas

E pronto, aqui fica o meu balanço do ano bloguístico...

O poder (político) na Escola- CDS/PP

O programa do CDS/PP sugere uma "educação para o futuro". O programa do CDS/PP diz:

" 4. Educar para o futuro.
O Partido Popular defende que a Educação visa a formação integral da personalidade e é um factor estratégico do desenvolvimento social e económico do país. É um bem em si mesmo, que não está subordinado a meros critérios de rentabilidade.
O processo educativo deverá actualizar mentalidades, formar espíritos livres, e por isso, críticos, e transmitir eficazmente os conhecimentos e as técnicas necessárias ao desenvolvimento pessoal e ao progresso social.
Acreditamos na Educação como método de transmissão de valores. Na verdade, trata-se do melhor instrumento para assegurar a continuidade nacional. É por isso que a História de Portugal e a Língua Portuguesa devem ter uma importância central no sistema educativo. Não há identidade nem cultura nacionais sem o conhecimento do que fomos e fizemos no passado, e sem um código eficaz e distintivo de comunicação.
Para o Partido Popular a Educação deve ser a prioridade nacional na próxima década.
O perigo da diluição cultural, a avalanche da nova sociedade da informação e as interdependências nacionais cada vez mais complexas, exigem um sistema educativo forte e eficaz. Por outro lado, a investigação científica e o desenvolvimento experimental deverão sustentar a autonomia do sistema económico.
O Estado tem o dever de assegurar o acesso ao ensino obrigatório, estabelecer e fiscalizar padrões mínimos de qualidade do sistema de ensino e produzir eficazmente a informação necessária para permitir a liberdade de escolha consciente da família e dos jovens.
O Partido Popular é contrário ao monopólio público da Educação e defende convictamente todas as formas privadas de ensino. O Estado tem a obrigação de financiar o acesso ao ensino, mas não a de produzir todo o ensino. Neste sentido, defendemos que uma efectiva liberdade de escolha passa pela criação de um cheque de ensino, entregue à livre utilização dos indivíduos e das famílias, de acordo com as suas opções. O princípio do pagamento de propinas, que aceitamos desde que deduzidos os seus montantes nos impostos a pagar pelos cidadãos, deverá ser integrado numa nova política geral de financiamento do ensino. "

(os negraitos foram acrescentados por mim)

O CDS acredita na Escola como um meio de transmissão de valores. E que valores são estes, que o CDS pretende que sejam transmitidos?

O CDS nisso é claro. Tem um capítulo inteiro dedicado a "Valores Éticos", no mesmo programa eleitoral. Vamos ennumerar alguns:

- "A vida é o primeiro de todos os valores morais. O Partido Popular considera que a defesa da vida, a certeza da respectiva inviolabilidade e o reforço da sua protecção jurídica são bens absolutos " O CDS define o respeito pelo valor da vida em dois aspectos: "declara a sua oposição de consciência à pena de morte"; "E é esse mesmo dever ético de respeito integral pelo direito à vida, incluindo a vida do nascituro, que determina a oposição de consciência do Partido Popular ao aborto. "
Ou seja, para o CDS, a vida é um valor moral absoluto, portanto opõe-se à pena de morte e à legalização do aborto. Entre os valores que a Escola deve transmitir, encontra-se a oposição à pena de morte e ao aborto? Para o CDS, a Escola deve fazer propaganda contra o aborto e contra a pena de morte?

- "Para nós, a vida é uma graça de Deus ". E a Escola deve transmitir isso aos alunos?

- "O relativismo moral banaliza a prática do mal ". Portanto, a Escola deve transmitir os valores como absolutos, universais e intemporais?

- "Exigimos, o que é bem diferente, a obediência da acção política ao conjunto de princípios que regulam a vida em sociedade do homem comum ou do bom pai de família. " Os valores da família devem ser ensinados numa prespectiva absoluta e não relativista? Que impactos isso terá nos alunos de famílias monoparentais ou outras?

Como podemos ver, o CDS pretende que a Escola transmita valores morais absolutos e conservadores, o que se opõe a uma Escola onde haja liberdade de expressão e diversidade cultural (viva a diluição cultural!) e política.

Esta visão da Escola chega a ser ainda mais assustadora que a do PS...

O próximo post é sobre o Bloco de Esquerda.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Não há Palavras Caras - Natal


Feriado religioso católico .

Eu tenho é uma duvida, quantos portugueses é que se lembraram sequer que tinha a ver com o nascimento de Jesus Cristo . Não, mas se eu perguntar quantos presentes é que a tia daquela prima recebeu, já me sabem papaguear a lista toda .

Não é que estejamos a viver numa sociedade muito católica, também se vos há de dar razão, mas todos nós sabemos, pelo menos, que o dia de Natal simboliza o dia do nascimento de Jesus . Senão, para que outra coisa serviriam os presépios ? Não, não são para enfeitar o chão debaixo da árvore, embora cá em casa suje mais do que enfeita . Acabamos por ter bocadinhos de musgo em todas as divisões e no pêlo de todos os gatos .
Natal é tempo de estar com a Familia, de estar bem dispostos, (demasiado é mau, brindes a mais), de conviver, de pôr em dia as novidades dos outros 364 dias em que mal nos vemos . Não é para passar o mês de Dezembro á procura de uma "lembrança" para cada um e depois, na noite de Natal, quase marcarmos território em redor dos montinhos de prendas e rosnar com ar ameaçador contra quem se aproxime .


segunda-feira, dezembro 24, 2007

David Fonseca's Christmas card for 2007


Amazing Grace, how sweet the sound,
That saved a wretch like me....
I once was lost but now am found,
Was blind, but now, I see.
T'was Grace that taught...
my heart to fear.
And Grace, my fears relieved.
How precious did that Grace appear...
the hour I first believed.
Through many dangers, toils and snares...
we have already come.
T'was Grace that brought us safe thus far...
and Grace will lead us home.

domingo, dezembro 23, 2007

Porque hoje é domingo - RIP Borat and Ali G


O poder está a mudar de mãos

Acabou a gestão das escolas públicas as we know it. Eis a última medida do Governo Sócrates:

"O futuro órgão máximo de cada agrupamento de escolas, com competência para eleger e destituir o director, não poderá ser presidido por um professor, mas antes por um encarregado de educação ou por um representante da autarquia ou da comunidade local."

E o que é esta figura de "O Director"?

"é criado o cargo de director, escolhido pelo Conselho Geral. Este será coadjuvado por adjuntos (o número vai depender da dimensão da escola) mas constitui um órgão unipessoal e não um órgão colegial. O director tem a seu cargo a gestão administrativa, financeira e pedagógica. Além disso assume a presidência do Conselho Pedagógico. É-lhe atribuído o poder de designar os responsáveis pelas estruturas de coordenação e supervisão pedagógica. "

Ou seja a gestão administrativa, financeira e, pior, pedagógica vai estar atribuída a um director que responde perante um Conselho Geral, cujo presidente não pode ser um professor.
O Conselho Pedagógico será presidido por um professor subalterno a um não-professor, que pode não saber nada de pedagogia... alguns professores podem não ser grandes especialistas em pedagogia, mas a sua experiência enquanto professores dá-lhes capacidade pedagógica... agora um "representante da autarquia"?!?

O poder nas escolas está a ser tomado de assalto pel' "A Comunidade". A comunidade não tem nada que intervir na gestão escolar porque a comunidade não percebe nada disto. Quem deve ter mais poder é a comunidade escolar. Alunos, professores, encarregados de educação são os mais importantes na gestão escolar, porque a escola é o seu local de trabalho.

Ah, pois, já me esquecia que para o PS, a escola deve estar focada nos "interesse público geral" e "na prespectiva (...) das populações"...

sábado, dezembro 22, 2007

O poder (político) na Escola- PCP

Ao contrário dos partidos analizados até agora, o site do PCP não tem uma lista de posições políticas sobre o ensino, que mostre qual a visão deste partido para a Escola.
No entanto, há uma secção "Educação" nas posições políticas do PCP. Essa secção está organizada por artigos e propostas concretas, segundo a data de publicação.
Dando uma vista de olhos nessa secção, é fácil perceber a orientação do PCP nesta matéria.

Destaco um ponto, que dá um bom debate: o PCP é contra a existência de exames nacionais.
O argumento do PCP até faz sentido: a vida dos estudantes fica decidida em duas horas, em vez de haver uma avaliação contínua.

O problema de não haver exames nacionais é a avaliação passar a ser feita só pelos professores, o que pode criar situações de injustiça (todos sabemos que há professores mais exigentes que outros...). A vantagem da avaliação nacional é que todos os alunos estão a ser avaliados da mesma maneira, com os mesmos critérios. Problema: nem todos foram ensinados da mesma maneira (também toda a gente sabe que há professores mais competentes que outros...).

Estamos num dilema: os exames têm critérios mais objectivos e que são aplicados a todos, logo, são mais justos. Por outro lado, percisamente porque os critérios são aplicados a todos os alunos, não se tem em conta as diferenças de qualidade de ensino entre escolas e professores.

Eu sou pela existência de exames nacionais que avaliem objectivamente os conhecimentos, mas compreendo os argumentos contra. Penso que as diferenças na qualidade de ensino superam-se com a existência de aulas de apoio gratuitas nos Centros de Recursos e Salas de Estudo das escolas. Pena é que os bons alunos que vivem perto de más escolas sejam obrigados a frequentar as más escolas e não possam optar pelas que preferem...

O argumento do futuro decidido em 2 horas é mais complicado. É verdade que a nota do exame pode não corresponder aos reais conhecimentos do aluno. Por isso, não me oponho à ideia de haver mais do que um exame nacional por ano, para tornar a avaliação nacional mais contínua.
Para mim, o importante é haver avaliação nacional, com as mesmas perguntas, com os mesmos critérios e com programa adaptado à realidade nacional. Se se alcança mais justiça por haver, por exemplo, três exames (um para cada período), tudo bem.

Voltando ao PCP: em matéria de Educação, o PCP defende medidas só aplicáveis numa sociedade comunista. As medidas podem ser boas e justas, mas muitas delas não fazem sentido na sociedade actual. Outras fazem, como a gestão democrática das escolas, o fim do processo de Bolonha, a redução das propinas etc... Já a média de 9,5 para entrar em qualquer curso é apenas exequível no sistema comunista, e mesmo assim...

As mudanças propostas pelo PCP só são possíveis se conjugadas com mudanças na sociedade. Sem essas mudanças, sou contra a maioria das propostas para política educativa.

Próximo post: CDS-PP.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

O poder (político) na Escola: PSD

Quanto à Educação, o PSD é menos específico que o PS.
Define algumas linhas gerais das quais estou maioritariamente de acordo:

" 3. Uma Educação para a Vida Activa
A preparação para responder com êxito aos desafios dos novos tempos
passa antes de mais por uma acção transformadora no plano educativo. Na
educação começa a permanente renovação de mentalidades próprias de uma
sociedade aberta ao futuro. Há, por outro lado, desigualdades que se perpetuam,
atitudes culturais e hábitos de exclusão que começaram na escola e que na escola
deviam começar a ser corrigidos e combatidos.
A educação para a liberdade e na liberdade é condição matricial para a
plena realização humana dos educandos. O sistema educativo deve proporcionar
a cada um, criança, jovem e adulto, as condições indispensáveis para a sua
afirmação como pessoa livre e criadora. A autonomia e a diversidade devem ser
fomentadas pelo sistema educativo, em razão do contexto social de incerteza que
nos rodeia e do clima de tolerância que deve presidir à convivência entre as
pessoas e os povos.
Para o PSD, os percursos escolares devem ser abertos e permeáveis entre
si, acolher a diversidade cultural, geográfica e social e facilitar a igualdade de
resultados. Cada educando deve escolher o tipo de ensino e de percurso escolar
mais adequados, num ambiente de liberdade de ensinar e de aprender. Aos limites
à igualdade de acesso, há que contrapor uma política que garanta, mesmo na
diversidade de percursos, iguais condições de progressão e equivalência de
resultados. Assim se garante, em liberdade, uma educação para a igualdade."


O negrito foi acrescentado por mim. Perante o que eu sublinhei no programa do partido, só se pode concluir uma coisa: o PSD é a favor da escola pública. Se não, não defenderia uma Escola que sirva para diminuir as desigualdades sociais. Se o PS é por uma Educação centrada no "interesse geral da sociedade", o PSD é por uma educação para a igualdade, e isso é explícito na última frase.

Será que o PSD está à esquerda do PS? Sim, em muitos aspectos.
Será que ainda há sociais-democratas no PSD? Talvez. E socialistas no PS, ainda há? Poucos, confusos.

O próximo post é sobre o programa para a Educação do PCP.

P.S.: Este programa do PSD fez-me lembrar este post do Spectrum, especificamente o "Poema Social Democrata"...

segunda-feira, dezembro 17, 2007

O poder (político) nas Escolas - PS

É importante saber o que cada partido propõe em termos de política educativa.
Vou fazer isto segundo a ordem das votações das últimas legislativas e vou incluir alguns partidos que não têm deputados. Não incluo o PCTP/MRPP nem o POUS porque não se encontra nada sobre educação e política educativa no site desses partidos... vejam lá se completam o site...
Comecemos então pelos partido que está actualmente no governo:

O Partido Socialista propõe alcançar 5 amições:

1. Estender a educação fundamental, integrando todos os indivíduos em idade própria, até ao fim do ensino ou formação de nível secundário. Isto quer dizer trazer todos os menores de 18 anos, incluindo aqueles que já estejam a trabalhar, para percursos escolares ou de formação profissional.

2. Alargar progressivamente a todas as crianças em idade adequada a educação pré-escolar e consolidar a universalidade do ensino básico de nove anos. O que implica retomar a aposta na rede nacional de ofertas da educação de infância e reforçar os instrumentos de inclusão e combate ao insucesso na escola básica.

3. Dar um salto qualitativo na dimensão e na estrutura dos programas de educação e formação dirigidos aos adultos. O que requer uma atenção particular às necessidades específicas dos adultos hoje activos que não dispõem de habilitações escolares equivalentes ao 9º ano de escolaridade.

4. Mudar a maneira de conceber e organizar o sistema e os recursos educativos, colocando-nos do ponto de vista do interesse público geral e, especificamente, dos alunos e famílias. O que determina que questões tão importantes como o recrutamento e colocação dos docentes, os tempos de funcionamento dos jardins de infância e das escolas ou a estruturação dos seus serviços, sejam abordadas da perspectiva dos destinatários últimos do serviço público da educação, as populações.

5. Enraizar em todas as dimensões do sistema de educação e formação a cultura e a prática da avaliação e da prestação de contas. Avaliação do desempenho dos alunos e do currículo nacional, avaliação dos educadores e professores, avaliação, segundo critérios de resultados, eficiência e equidade, das escolas e dos serviços técnicos que as apoiam.

Acrescenta o PS que "Só é possível avançar no caminho da inclusão e da igualdade de oportunidades, defendendo e valorizando o serviço público de educação e a escola pública, aberta a todos. Promoveremos, também, o apoio estatal, assente na qualidade e através de formas claras e rigorosas de contratualização, ao ensino particular e cooperativo."

O ponto quatro é ilucidativo: o objectivo não é a educação estar centrada no aluno, no professor ou no conhecimento, mas no interesse geral da sociedade. Quando diz "especificamente dos alunos e das famílias" é a conversa do costume: os que defendem a educação centrada no professor dizem que esse sistema irá a longo prazo beneficiar o aluno. Os que defendem a educação centrada no conhecimento explicam que só assim é possível beneficiar o aluno. É tudo para bem do aluno... no futuro... (talvez quando ele se torne professor...)

Portanto, o objectivo da política educativa deve ser, segundo o PS, o interesse público geral.
Ou seja, temos uma educação para as estatísticas, para os resultados e estruturada segundo rankings e comparações com a Europa. Tudo a bem da nação. Se a nação precisa de mão-de-obra para trabalhar nas indústrias, cria-se maneira de chumbar mais alunos; se a nação precisa de gestores, fazem-se programas e exames de economia e gestão mais acessíveis; se a nação precisa de maus resultados nos rankings para criar medidas contra a classe dos professores e dos alunos, então fazem-se exames com perguntas desonestas, trapaceiras e indirectas, com critérios de correcção que, à mínima falha, fica a questão anulada... e é isso que tem acontecido: os exames são feitos para haver maus resultados, para haver apoio popular em medidas que, de outra maneira, seriam rejeitadas pelos portugueses.

É esta a nova concepção do papel da Escola: a Escola serve para suprir as necessidades da nação e não as vontades e prespectivas futuras do indivíduo. É o Estado acima do indivíduo, a mandar o indivíduo fazer o que interessa ao colectivo, mesmo que o que "interessa" ao colectivo seja, na realidade, o que interessa ao poder político para legitimar as suas políticas economissistas. No caso dos exames isso é bastante evidente. A Escola centrada no interesse público geral, é esta a concepção do PS. Parece bonito mas, sabendo o que sabemos, não é.

O próximo post é sobre as políticas educativas do PSD.

domingo, dezembro 16, 2007

eLearning Awards 2007

O melhor blogue europeu na categoria "SMART Technologies award for the school of the future" foi ganho por uma professora portuguesa, Teresa D'Eça, com o blogue CALL Lessons 2005-2007.
Parabéns à professora e aos alunos!

Porque hoje é domingo - The new Rambo Trailer

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Prenda n.º 4: a casota

Para o cão ou o gato, e para inveja dos vizinhos, uma casota Frank Lloyd Wright:

terça-feira, dezembro 11, 2007

Prenda n.º 4: o bode

Um bode: por apenas 45USD pode oferecer um bode a uma comunidade rural de um país em desenvolvimento, o que se pode traduzir num grande apoio à vida diária. Também há ovelhas, vacas e burros à escolha.

domingo, dezembro 09, 2007

Prenda nº 3 - Fly


A nova bota Fly da Edea apresenta um sistema inovador de ventilação, bem como uma maior leveza.
Bons patins, não haja duvidas .
SÓ 540€

Não há Palavras Caras - Regresso

Naaa, ainda não é esta a palavra .
Vim apenas justificar a minha (breve) ausência e pedir desculpas !

O anti-virus do meu computador, de tão eficaz que é, deixou entrar uns 1649 virus . Como tal, nunca tinha as páginas de Internet abertas por mais de uns 5 segundos porque senão era atulhada em publicidades a cintas de emagrecimento (que conveniência, meu deus) e toques polifónicos .
Para a semana regresso com ás palavras caras .


Já tinha saudades ! (Agradecimentos, Baldassare e Ctrl.Alt.Dlt por não me terem ameaçado de expulsão, a falta de assiduidade não é uma característica inerente ao meu cargo de substituta do Foxtail)

Porque hoje é domingo - Best husband ever

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Prenda nº 2 - Wizpy

Nada de ipods, nokias ou pdas. O Wizpy é: Web, email, office, texto, voip, música, vídeo, rádio e LINUX OS!

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Lista de prendas de Natal

Aproveitando a divulgação que este blogue tem junto dos nossos colegas, amigos, familiares, enfim todos aqueles que potencialmente nos querem oferecer qualquer coisa pelo Natal mas ainda não sabem bem o quê, divulgaremos ao longo do mês a nossa lista de prendas.

Prenda nº1: o passamontanhas islandês

O perfil!

No estado em que as coisas estão, se quisermos escolher para gerir as escolas um perfil que se adeque às funções que desempenham, então precisamos de burocratas.

Daqueles que vivem para os papéis, as cruzinhas, os campos para preencher, os relatórios sobre todas as minundências. Não faltam certamente burocratas pelos corredores do ministério, é só mandar a carrinha de recolha dos monos da câmara fazer uma recolha à hora do cafezinho da manhã, à porta da 5º de Outubro, que é quando estão mais distraídos e é mais fácil apanhá-los com uma rede.

Ou então pôr os senhores inspectores, que chegam às escolas e põem e dispõem, fazendo tábua rasa do trabalho organizativo de quem lá está, colocando um professor de Educação de Tecnológica como chefe de departamento de Ciências Físico-Químicas, só porque calhou ser um departamento onde não havia professores titulares.

Poupava-se imenso trabalho, porque não seria certamente preciso haver outros inspectores a visitá-los e a inventar.

Ou então, já estou por tudo, mandem vir os palhaços, que é para nós podermos tirar o nariz vermelho que nos querem pôr e irmos à nossa vida fazer o que de melhor sabemos fazer, ensinar...

terça-feira, dezembro 04, 2007

Gestores ou professores?

Devem as escolas ser geridas por pessoas formadas em Gestão?

Há duas questões a ponderar: Primeiro: será que só é possível eficácia com gestores formados? Segundo: será que um gestor consegue compreender o que é estar a dar uma aula, e gerir a escola melhor que um professor?

É óbvio que alguem com curso de Gestão tem mais capacidade de gestão que alguém que não é formado nessa área. E também é óbvio que alguém que nunca foi professor tem mais dificuldade em avaliar as situações de professores e alunos que lhe chegam ao gabinete.

Será que a gestão escolar necessita assim tanto de "optimização" e "eficácia"? Ou a principal função de um director é avaliar propostas e problemas do dia-a-dia escolar?

Numa escola, o que mais há a gerir são os recursos humanos. De resto, é papel, água, bar, cantina, retroprojectores e pouco mais... E as cantinas já estão delegadas a empresas de catering escolar, portanto o que há materialmente a gerir é pouco.
Mas mesmo esse pouco precisa de ser bem gerido...

A melhor solução é professores com cursos de formação sobre gestão e gestão de R.H.
Podiam ser cursos promovidos pelo ME. O importante é haver formação na área da gestão escolar para professores que queiram ser directores de escolas. Sem isso, corremos o risco de ter má gestão das nossas escolas.

É necessário melhorar a gestão, mas nunca pôr a gerir uma escola uma pessoa que não conhece por dentro as salas de aula.

domingo, dezembro 02, 2007

Tema do Mês de Dezembro: O Poder nas Escolas

Com as recentes alterações na educação, nasceu uma nova carreira dentro da carreira de professor: o professor titular. Será que com ela, nasceu uma nova maneira de estar entre os professores? Novas estruturas de poder? Isso reflete-se dentro da aula?

Mas há coisas que não mudaram: os Conselhos Executivos, os Conselhos Pedagógicos, a Assembleia de Escola, o Conselho de Turma, a Associação de Estudantes e, fôlego houvesse, a lista nunca mais acabava.

Qual a utilidade destas estruturas? O que é que se faz nestas estruturas? Qual o papel da sociedade na gestão escolar? E dos alunos? Que alterações se adivinham?

O Poder nas Escolas é o tema do mês de Dezembro.

Porque hoje é domingo - Power and Terror (1-7) Noam Chomsky in Our Times