domingo, julho 29, 2007

Teuria dus Numaros...(atrasadérrima...sorry...)

...madruguei...sem galinhas...são engraçadas mas fazem muito esterco...
Hoje vai ser dia de praia! Finalmente!
Mas antes de me "amandar" de cabeça às ondas tenho que desabafar aqui um pouco...para não ficar muito maçerada!

É que aquele famoso FIO DE TRAPO é mesmo baratuxo...depende é de onde é comprado...as gaijas andam aí todas a fazer malas com aquilo (moi aussi, of course...), e a vendê-las por tudo quanto é sitio (ma mére já as viu na montra dum supermercado...que pobreza!).
Na semana passada andei por terras do norte e fui parar à fábrica "dadonde" uma das lojas de Torres Vedras vai comprar o famoso fio, que por acaso lá até tem outro nome: "chamarem-lhe" TIRELA! É vendido aos sacos, enormes de cerca de 20 quilos cada, a €0,35 o quilo...é verdade! Em Torres Vedras é vendido a...€7,50! Incrível!

Claaaaaaaro que comprei um sacalhão...18,5 kg...tenho tirela que dá para fazer tapetes (que é a verdadeira origem da utilização desta matéria prima), bases individuais, pegas, malas, carteiras, cuecas, souttiens (embora estes dois últimos não devam ser lá muito confortáveis...).
E ainda, um saco de restos de malha para fazer tirela, a €0,06 o quilo...juro! Comprei 6 kg, o que perfaz...€0,18! Gastei uma fortuna!!!! Ao todo €6,66! Nem chegou ao preço de 1 kg de tirela comprada na dita loja em Torres Vedras! O que os comerciantes não ganham...meu Deus...anda meio mundo a roubar o outro meio...mas isso já não é novidade!!!

Portanto, amigos e amigas (agora senti-me um pouco a titi Lurditas Modesto!), aceito encomendas, claro que aceito! O meu blog dos crafts que faço...foi à vida! Sim, porque esta história de se por tudo o que se faz (salve seja...) nos blogs é uma ganda tanga..."grande conclusão, Xandra!". Toda a gente vê o que toda a gente faz e copiam-se todas umas às outras! Moral da história: andam todas iguais, com mais ou menos azul turquesa, mais missanga, menos missanga!

Kridas, sejam únicas!
Ponham as coisas à venda em lojas! Só assim quem não faz compra o que nós fazemos!
E dão-lhe valor! Que é uma coisa que nem todas sabem fazer!
Tudo é vendido por tuta e meia e prontos!
Os culpados são os chineses!
E não só...andamos com o cinto apertadérrimo à buéééé...esta história da entrada do euro favoreceu imeeeeeeeeeeeenso os comerciantes...os preços apenas mudaram de sigla! Têm é o custo duplicado! Mas isso toda a gente sabe! Por isso é tão dificil manter um negócio em marcha! Daí os franschising´s! ...e paro aqui! Não quero entrar em torias economicistas!

Comprem lá a tirela, façam as malas, mas vendam-nas por um valor significativo!
Afinal, é trabalho manual! Botem a criatividade a funcionar! Deitem fora os xanax´s, os prozac´s, os maços de tabaco!
Comprem agulhas e...inventem!

quarta-feira, julho 25, 2007

Afinal quem "dá" os portáteis, ou porque não há ponto sem nó

No DN de hoje, na secção insuspeita de Economia, sob o título "A TMN 'dá' 300 mil portáteis" leio:
  • A TMN estima que a totalidade de pessoas envolvidas no e-escola seja de cerca de 640 mil pessoas, pretendendo a operadora captar, através da sua campanha, 50% deste número. Esta é assim uma forma da TMN conquistar novos clientes na banda larga móvel. "Os 300 mil PC's representam 20% do parque instalado em Portugal. Esta iniciativa vai contribuir muito para o seu aumento e também para a modernização", frisou Zeinal Bava.
Primeiro: leio pela primeira vez esta notícia na sua verdadeira face, não é o governo que vai "dar" os portáteis, são a TMN, a Optimus e a Vodafone. O seu a seu dono.

Segundo: vejo com apreço o Governo a apoiar as empresas privadas nacionais, já que para a TMN, esta é uma maneira de meter ao bolso 50% de um mercado apetecível, de preferência para fidelizar para além dos 12 meses do contrato.

Terceiro: todas estas mascaradas propagandísticas, cujas negociatas vêm ao de cima ao estalar do verniz, me enojam profundamente.

terça-feira, julho 24, 2007

A arte de bem liderar a toda a sela (a 30 euros por manhã)

"A plateia de crianças que ontem participou na apresentação do meritório Plano Tecnológico da Educação foi recrutada por uma agência de casting. Mais: o trabalho de figurante, a avaliar pelo que confessaram alguns alunos à RTP, valeu a cada um deles 30 euros."

No DN, ficamos a saber que, interpelados sobre o assunto, o primeiro-ministro José Sócrates e a ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues não se mostraram preocupados por estarem a estimular o trabalho infantil. "O evento foi organizado por uma empresa que é profissional e por isso quis mostrar como funciona o equipamento", explicou a ministra. No final da apresentação, Sócrates congratulava-se pelo Plano Tecnológico: "com este projecto, o Estado cumpre o seu dever de liderar, de mostrar o caminho".
  • Sugestão I: porque não se contrata a referida empresa para organizar eventos exemplares noutras áreas da educação? Estou mesmo a ver o sucesso de uma encenação de exames nacionais, com funcionários do ME a fazerem de professores e um casting a fornecer as crianças e jovens que fariam os exames encenados com resultados excepcionais, por exemplo.
  • Sugestão II: a 30€ por manhã, nem era preciso ir buscar meninos a casa num casting, de certeza que não haveria aluno (nem professor) da escola pública a apupar a Ministra e o Primeiro. Era só combinarmos antes. Aplausos garantidos.
  • Sugestão III: neste país cada vez mais insatisfeito e ingovernável, não se poderia substituir os portugueses em geral por um casting mais submisso e satisfeito?

Cientistas japoneses resolvem o mistério

Um grupo de cientistas japoneses resolveu o mistério que há muito tempo intrigava todos os cibernautas: "Que raio fará mover a porcaria da flecha indicadora do rato!?"

Graças ao desenvolvimento de uma super-lupa, o mistério foi desvendado.
Cliquem em:

http://www.1-click.jp/

domingo, julho 22, 2007

Porque hoje é domingo - The Secret



This is the first 20 minutes of the global film phenomenon "The Secret". It is authorized by The Secret LLC for personal use only. Please enjoy this gift!

sábado, julho 21, 2007

GAAVE - GABINETE DE AUTO-AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Artigo de João Miranda, hoje no DN, com destaque na íntegra (sublinhados nossos):

As notas dos exames do secundário oscilam ao sabor das alterações dos programas e da organização do ensino secundário e, sobretudo, ao sabor do tipo, duração, dificuldade e critérios de correcção das provas. Quando as notas são boas, a ministra da Educação atribui os bons resultados às excelentes políticas do seu ministério. Quando as notas são más, a ministra em vez de responsabilizar as políticas do seu ministério reafirma a necessidade de aprofundar essas mesmas políticas. Claro que os dados que existem não permitem estabelecer nenhuma relação de causa e efeito entre políticas e resultados, mas para a ministra isso não interessa nada. Ela participa no jogo político através da exploração de oscilações fortuitas e estatisticamente irrelevantes das notas do secundário.

Os exames do secundário e os respectivos critérios de correcção são produzidos pelo GAVE, Gabinete de Avaliação Educacional, que é um departamento do Ministério da Educação. Isto significa que o Ministério da Educação é ao mesmo tempo o prestador dominante de serviços de educação e o respectivo avaliador. O ministério tem seguido políticas erráticas alterando frequentemente os programas de ensino e, por intermédio do GAVE, alterando os critérios de correcção e a dificuldade dos exames de ano para ano. O GAVE, para além de se ter revelado incapaz de produzir exames sem erros, tem-se revelado incapaz de criar exames padronizados que possam ser comparados de ano para ano, ou mesmo de chamada para chamada. Por isso, o mais provável é que as variações positivas das notas do secundário não sejam um sinal de melhoria do ensino, mas um sinal de que o ministério é incompetente, ou mal-intencionado, e não consegue estabelecer padrões de avaliação constantes. Dado que o GAVE é ao mesmo tempo um departamento do Ministério da Educação e a instituição que avalia os resultados do trabalho desse ministério, existe o risco de manipulação política dos exames. Como a opinião pública associa notas elevadas à competência da ministra, o Governo tem um incentivo para premiar um departamento de avaliação que inflacione as notas dos exames. Por outro lado, o GAVE pode adulterar a avaliação através da produção de exames mais fáceis e da fixação de critérios de correcção mais benevolentes. O público não tem nenhuma garantia de que o GAVE não recorre a estes estratagemas, por um lado porque o GAVE tem interesse em agradar ao Governo e, por outro, porque o GAVE não é auditado por entidades externas nem segue procedimentos transparentes. A instituição que mais avalia não é avaliada por ninguém e não publica os procedimentos que deram origem a um exame específico, nem os critérios usados para padronizar os exames, nem o currículo académico dos autores dos exames.

sexta-feira, julho 20, 2007

Vivós Grelos !

Só agora e que reparei no post, Xandra !

ora bem :
4º nomeado:A Pipoca Mais Doce
por me fazer sempre rir , e pelas resmunguices á força !
5º nomeado: Espanto Porque é um blog que tem todo o sentimento que é preciso para o tornar perfeito
6º nomeado: Elástico da CuecaGuerra dos sexos "formato blog"

Obrigado, obrigado !

A cada qual seu par

Agora já posso ir de férias descansado, está completo o retrato de imprensa: se ontem falávamos aqui do professor assassino, hoje os jornais trazem-nos o seu par: a professora fressureira, suspeita de desviar uma aluna para o seu apartamento para práticas sexuais.

Como tudo se passou na República da DREN, a zelota directora logo suspendeu a referida professora, antes mesmo de suspeita ser ouvida no Tribunal de Braga. Podemos dormir mais tranquilos, até porque a directora da DREN garantiu ainda que o organismo actuará "sempre que haja qualquer suspeita e estiverem em causa os interesses dos alunos".

Provas para quê, quando chega uma boa suspeita e capacidade de liderança?

quinta-feira, julho 19, 2007

Nao há palavras caras - Sentimentos

Primeiro que tudo, esta palavra veio-me á cabeça porque estava a pesquisar sobre um sentimento para fazer este post, depois e que me lembrei de que poderia ser este.

E agora passando ao post propriamente dito, sem palhinha pelo meio ..

Sentimentos, de forma genérica, são informações que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que vivenciam

Ora aqui está ! A explicaçao que todos percebem ! Portanto sentimentos são informações ! Acabou o "estou triste" agora é " estou a ser bombardeado com informações tristes" (muito mais chique!)

Abraham Maslow, professor de Harvard, comentou que todos os seres humanos nascem com um senso inato de valores pessoais positivos e negativos. Somos atraídos por valores pessoais positivos tais como justiça, honestidade, verdade, beleza, humor, vigor, poder (mas não poder abusivo), ordem (mas não preciosismo ou perfeccionismo), inteligência (mas não convencimento ou arrogância). Da mesma forma, somos repelidos por injustiça, morbidez, feiúra, fraqueza, falsidade, engano, caos etc.

Não consigo mesmo encontrar uma definição para sentimentos .. Para mim são estados de espirito que variam de pessoa para pessoa e, dentro da mesma pessoa, variam conforme a situação, o sexo ou a idade ..
Numa situação podemos estar muito felizes, noutra apenas alegres e noutra satisfeitos! mas para mim é o mesmo sentimento com intensidades diferentes ! Já por exemplo, raiva e alegria são sentimentos diferentes !

Nao, nao percebo isto, até porque já me baralhei toda ..

Profissão professor: Dr. Jeckyl ou Mr. Hyde

Os professores têm aparecido mais nas notícias ultimamente, pelas piores razões: ou morrem ou matam.

Há os que morrem, perante juntas médicas/pelotões de fuzilamento, que os mandam como carne para canhão para a frente de batalha, de forma mais surreal do que um sketch dos Monty Python.


Há os que matam, e mesmo que não tenha relevância nenhuma para a notícia, lá vem o título no jornal, como o caso de hoje no PÚBLICO (com tiques de 24Horas):
Vinte anos de prisão para professor que regou ex-namorada com gasolina e ateou o fogo

Da notícia ficam os pormenores horrendos de um crime passional, feito por uma pessoa desequilibrada e cruel. Mas como isso não chegasse, eis que o jornalista António Arnaldo Mesquita acrescenta a cereja em cima do bolo desta história de horror: era um professor! Não se sabe de quê, não importa, são todos iguais estes professores, ora a pedinchar privilégios, armando-se em vítimas, ora capazes de se transformarem em cruéis assassinos, capazes das maiores brutalidades.

Tremei, criancinhas, que se não comerdes a sopa, chamamos um professor!

quarta-feira, julho 18, 2007

Lisboa de férias!

Isto não tem nada a ver com este blog...é apenas um desabafo do dia...mas enquanto vou escrevendo vou pensando numa forma de o relacionar com a nossa "pink Education"! Justo? Ok!
Hoje andei a dar umas voltinhas por Lisboa e realmente, meus amigos, ezzzz, está muito mais calma! Tirando as horas críticas, claro! É uma pena que assim não seja o ano inteiro! E quando entrarmos em Agosto ainda fica melhor! Eu sou uma daquelas pessoas que se pode dar ao luxo de dizer que vem fazer férias para Lisboa, uns diazinhos, no mês de Agosto...prefiro isso mil vezes a ir para uma praia atafulhada de gente (em Agosto estão todas...)! Conheço umas, na zona oeste, pouco povoadas...mas não vou dizer quais são, claro!!
Mas tou aqui com esta conversa da treta porque hoje, durante a passeata, dei comigo a fazer uma coisa que nunca tinha feito...sentei-me no murinho que existe na entrada do El Corte Inglês, aquele mamarracho que construiram na freguesia de São Sebastião (ainda por cima tudo o que lá se vende é caréééééééééé´rrrrimo...), a comer um gelado..."tadinha, tão simples!!!"...um amigo meu diria "esta senhora não está bem...", mas soube-me a gingas! Ainda por cima estava um dia lindo, com um ventinho, um solinho muito agradáveis, pouco transito...enfim, tenho que admitir...adoro Lisboa! (e não é por ser de cá...)
Deixo aqui uma proposta...andem mais de bicicleta, deixem os carros em casa sempre que possível e andem a pé (eu vim a pé do mamarracho espanhol até Aalvalade!),ou até mesmo de transporte público...poupem o ar da cidade!
O mesmo poderei dizer em relação às outras cidades deste nosso belo país!
(isto parece um anúncio publicitário, não parece?...ok...fico já por aqui...foi só mesmo um desabafo...)
Xau
Câmbio
Desligo...

sábado, julho 14, 2007

Percursos de educação inclusiva em Portugal

"É verdade que a Inclusão não é um processo acabado, finalizado, nem é a única resposta para todos os problemas que a Escola enfrenta diariamente. Mas também é verdade que, aqui e acolá, encontramos boas experiências de Inclusão em muitas das escolas portuguesas. Não significa estas sejam "As" escolas perfeitas, idealizadas nos nossos sonhos, mas escolas "com o pé no chão e a cabeça nas nuvens", que souberam usar a criatividade e lançar mão dos seus próprios recursos em favor de uma educação de alta qualidade, para todos e para cada um dos seus alunos.

Foi desta convicção que surgiu o projecto "Boas Práticas em Educação Inclusiva", realizado pelo sector de investigação do Fórum de Estudos de Educação Inclusiva do Departamento de Educação Especial e Reabilitação da Faculdade de Motricidade Humana/UTL, com o apoio do Instituto Piaget de Almada e do SNRIPD. O objectivo do projecto era encontrar, descrever e analisar escolas, de Norte a Sul de Portugal, que superaram algumas das barreiras à inclusão que se lhes impunham, ou que se utilizaram de alternativas inusitadas/positivas/diferenciadas à exclusão. Dizíamos que era "um projecto bem disposto", porque mais do que apontar as barreiras (tão bem conhecidas e sinalizadas), estávamos interessados em virar os holofotes para as experiências bem sucedidas, por menores que pudessem ser as escolas ou por pequenas que pudessem parecer as próprias experiências.

Com vários lançamentos previstos para Agosto e Setembro de 2007, em Portugal e no Brasil (simultaneamente), o livro "Percursos de Educação Inclusiva em Portugal: Dez Estudos de Caso" será, com certeza, mais uma importante fonte de informação e inspiração para aqueles que pretendem contribuir para a construção de uma Educação mais inclusiva e mais respeitadora dos direitos à diferença dos alunos. "

1) LIMA-RODRIGUES, Luzia (Coord.); FERREIRA, Ana Maria; TRINDADE, Ana Rosa; RODRIGUES, David; COLÔA, Joaquim; NOGUEIRA, Jorge Humberto & MAGALHÃES, Maria Bibiana (2007). "Percursos de Educação Inclusiva em Portugal: Dez Estudos de Caso". Lisboa : Fórum de Estudos de Educação Inclusiva

Parabéns Xandra Frô/Maria [SmartiezZ] Lyz


Uma de vocês ganhou o prémio "Blogue com Grelos" atribuído pela Gotinha



"O Prémio "Blogue com Grelos" premeia mulheres que, na sua escrita, para além de mostrarem uma preocupação pelo mundo à sua volta, ainda conseguem dar um pouco de si, dos seus sentires e com isso tornar mais leve a vida dos outros. Mulheres, mães, profissionais que espalham a palavra de uma forma emotiva e cativante. Que nos falam da guerra mas também do amor. A escrita no feminino, em toda a net lusófona tem que ser distinguida."

Mais um para a sala de troféus...







sexta-feira, julho 13, 2007

And now, thi end is near...

...and so i made the final countdown...não sei se é bem assim mas hoje foi o fim, the end, le final, el finale, caput, enough...do meu ano lectivo! e para acabar o ano em beleza tive que:


- fazer um maravilhoso relatório crítico da actividade do director de turma, que está regulamentado pelo decreto-lei não sei das quantas...(e nem tenho inveja de quem sabe...), e que não vai servir para nada porque ninguém vai ler aquilo! É mais um dos papéis do básico que temos que preencher...deve ser para a PRÓ-TESTE, hummmm, cheira-me que sim!!!


- entregar o projecto curricular de turma com os arranjos finais...(mais papel higiénico com tinta...)...outra coisa que SINCERAMENTE, esta é que não serve mesmo para nada!!! O PCT não passa dum conjunto de documentos que os professores vão entregando ao director de turma e este limita-se a metê-los numa capinha, põr um indice, uma lista com as fotos da turma e mais uns floriados e...meu Deus! Tanto tempo mal gasto...kreeeeeeeeeeedesss!!!


- colocar os processos individuais dos alunos (PIA´s) na secretaria...(porque foi assim, eu explico! Os DT´s tiveram que actualizar os PIAs com uns documentos e depois tiveram que os deixar numa sala, imagine-se, para serem conferidos...que trabalhinho tão inglório...mas é asim, kékesáde fazer!!!), o que foi uma trabalheira!


Mas prontos, depois de todos os contratempos, finalmente acabou!


E pró ano vai ser melhor...sim, porque eu já sei o que vou ter...é realmente uma sensação boa!


É talvez a medida mais fixe que o ministério impôs...CLAAAAAAAAAARO que se eu estivesse a detestar a escola...como estava no inicio...estaria agora com menos 25 kgs, menos cabelo, já teria ido a 4 "medical joints", e NUUUUUUUUUUUUUUNNNNCA me teriam aprovado o meu rico projectinho de teatro! Por isso tudo acabou em beleza! esperemos que em beleza continue!


No entanto lamento mesmo que as pesoas que desesperadamente gostariam de mudar de escola não o possam fazer! Até porque para muitas existem muitas coisas em jogo, tais como, filhos, familia...é muito complicado!


E agora....férias, here i go!!!



Vivós grelos!

Eu por acaso gosto de grelos...de nabo com pescada cozida! Mas tem que ser no Inverno.

Recebemos uns grelos da Gotinha!
Obrigada pela prenda!
Gostei mesmo!
Acho que a Maria também! Ainda não consegui "hablar con ela!"

Sinto-me assim, como hei-de dizer, a modos que, reconhecida...que achas Maria? (esta menina é a das Palavras Caras...preparem-se para o que ela vai dizer a seguir..é uma krida!)

E eu vou passar o testemunho do grelo ao...
tcharannnn...
are you ready?
levantaopédochão!!!
Grelo number one - Quarto de Ideias, a menina das mãos de ouro...
Grelo number two - O Canto do Vento, as memórias e os desabafos (lindos) de uma alma...
Grelo number three - O Jumento, " porque por trás de um grande jumento, há sempre uma burra para lhe assegurar tempo livre para blogar"...(acho isto lindo...até tou toda arrepiadinha!!!)
Grelo number four...Maria, queres fazer o favor, nha linda?

Então vá lá, dá-lhe gás! Manda aí mais uns!

Bjokas e bom domingo, cheio de praia e sol!
Cuidado com as queimaduras! Bebam muita água...não bebam cerveja na praia...chapéu na cabeça..."CALA-TE, CUM CATANO!!!"

quinta-feira, julho 12, 2007

O pacotão da Educação

O anunciado pacote legislativo que o ME se preparava para lançar, com a regulamentação de muitos aspectos do Estatuto da Carreira Docente já anda por aí, como alerta a Educação do meu Umbigo. Para ler em dose dupla aqui e aqui.

Eu sei que custa ler despachos com este calor e quase a entrar em férias, mas lembrem-se que a intenção do ME é mesmo essa, apanhar-nos de calções, imperial e tremoços à beira-mar. Por isso, mais um esforço...

Roma e Pavia não se fizeram num ano

72,8% dos alunos do 9º ano tiveram negativa no exame.

Mau resultado, deveras. Maus alunos, maus professores, mau GAVE, que não faz um exame adequado ao que temos. Mau para todos; bom para o ME, agora com mais desculpas para "lixar" os professores, nomeadamente os de matemática. É tão fácil dizer ao GAVE "façam um exame muito difícil para a maioria, para podermos aplicar as medidas que de outra maneira seriam inaplicáveis."
Mas enfim... contra o poder não há argumentos, já dizia o outro...

Também fiquei impressionado com a reação da Sociedade Portuguesa da Matemática e do seu líder Nuno Crato: "Nuno Crato diz mesmo que estes exames revelam um fracasso do Plano de Acção da Matemática. «Isto não funcionou. Os professores fazem o melhor que fazem», afirma."

O PAM foi iniciado há um ano. Nuno Crato queria que, num ano, o PAM revolucionasse a Matemática e o ensino da matemática em Portugal. E qual é a solução? 'Deixemo-nos de eduquês e de politicamente correcto... voltemos ao que havia antigamente...' suponho que é esse o plano de Nuno Crato e da SPM... só pode ser.
Se um plano pedagógico não resulta no espaço de um ano, fracassou - segundo esta lógica (?), nenhum plano é bom, porque nenhum plano pedagógico resulta num ano. É matematicamente impossível.

Conjugando o pensamento de NC sobre o ensino e as suas declarações sobre o PAM temos que:

- Um plano pedagógico tem que resultar num ano
...logo...
- Se não resultar num ano, foi porque falhou
...logo...
- Quando um plano pedagógico ou um sistema de ensino falha, o que é que se faz? Deixamos de investigar e voltamos ao sistema anterior, mesmo que esse sistema também falhasse.

A SPM iliba os professores de qualquer responsabilidade neste resultado. O PAM, que foi aplicado há um ano, tem a culpa do resultado negativo. Os professores, que ensinam há dezenas de anos, muitos deles com os mesmos métodos, apesar dos maus resultados constantes, não têm culpa nenhuma...

Última nota: gosto quando se fala das "dificuldades a matemática" ou "o problema da matemática em Portugal"...
Só chega à população os maus resultados a Matemática porque só há exames nacionais a matemática e português. Se houvesse exames a Ciências, História ou FQ, também haveriam muitos problemas e muitas negativas... Todos os professores ganham o mesmo (consoante o escalão), têm as mesmas turmas, os mesmos horários, mas só os de LP e matemática têm de "preparar para o exame" e só estes levam com o carimbo da incompetência, embora a incompetência exista também (arrisco-me a dizer "sobretudo")nas outras disciplinas.
E os alunos? Existem alunos que são melhores a outras disciplinas, mas só vão a exame às que, nalguns casos, têm maior dificuldade... Poder-se-á dizer que é uma questão de prioridades. Desde quando é que fazer exames a todas as disciplinas tirava importância ou prioridade a Matemática e Português?
O que tirava prioridade a estas disciplinas era acabar com o Plano Nacional de Leitura e com o Plano de Acção para a Matemática...

Não é num ano que um plano pedagógico mostra os seus frutos. De qualquer maneira, se realmente o plano não funcionar, há que fazer outro, que funcione.

terça-feira, julho 10, 2007

Afrontar o "politicamente incorrecto" é a coisa mais politicamente incorreta que se pode fazer

Via oBiToque, texto de G. Mbeki:

"Eduquês" em discurso desonesto


Sei que o atraso é grande, mas cheguei agora à leitura do comentado livro de Nuno Crato "O Eduquês em discurso directo - uma crítica da pedagogia romântica e construtivista". Sem querer contestar a existência dessa linguagem hermética, complexa e floreada, que frequentemente esconde um deserto de conteúdo e à qual Marçal Grilo tão bem chamou eduquês (linguagem que se encontra também fora das discussões sobre educação, sendo encarada por muitos como sinal de erudição e pensamento complexo), o pequeno livro de Nuno Crato vai muito além da ideia do ex-ministro.

Exemplarmente bem escrito, como aliás é costume nos textos do matemático, por entre a profusão de citações e referências bibliográficas surge um chorrilho de desonestidades intelectuais, repetidas interpretações perjurativas, jocosas e descontextualizadas de frases dos colunáveis da educação portuguesa, e uma recorrente deturpação das ideias e dos princípios que estão subjacentes a esta ou aquela afirmação. O ilustre matemático e divulgador de ciência mais parece um adolescente com dotes de escrita a quem roubaram a amada, e que se vinga ridicularizando o outro Romeu de todos os modos possíveis, independentemente da lógica ou honestidade intelectual.

Enquanto despeja o seu ódio intestino às correntes pedagógicas vai demonstrando um desconhecimento do funcionamento da sala de aula, dos problemas e desafios que são postos à escola actual, e de muitas das teorias que ele próprio cita para justificar os seus ataques. São interpretações convenientes, limitadas o suficiente para servirem o propósito.

Espremendo o texto escorrem uma gotas do liberalismo de quem passou metade da vida a adorar o modelo de ensino dos EUA, misturados com um conservadorismo atroz. Nuno Crato acaba por rejeitar a validade do método de construção do conhecimento científico, ao querer parar todas as mudanças que as correntes pedagógicas actuais defendem, com as deficiências, fragilidades e excessos que são inerentes às teorias de qualquer área do conhecimento (e que só podem ser ultrapassadas com a discussão académica e social). Em vez disso defende que se volte atrás, que se regresse aos métodos antigos que se sabe funcionarem, até se provar a validade das novas ideias.

Pergunta-se se os irmãos Wright tivessem esperado pelo desenvolvimento de um avião que nunca cairía seríamos hoje capazes de ir de Lisboa a Nova-Iorque em poucas horas, para levar a injecção mensal de liberalismo.

O que este regresso aos métodos antigos esconde é uma total desvalorização dos desafios de universalização do ensino, da desigualdade de condições económicas e culturais no acesso ao conhecimento (uma golpada no conceito de classe e dos códigos diferenciados, como um bom liberal deve fazer), sendo estes problemas completamente independentes da questão da "utopia" igualitária a que comummente são colados.

O que se sabe é que os métodos antigos funcionam muito bem para quem é muito bom. O que Nuno Crato não responde (nem a pedagogia moderna - ainda) é como fazê-los funcionar muito bem para todos os outros. Ou se calhar isso não é importante..."

Link

sábado, julho 07, 2007

A receita do sucesso nos exames de Matemática

Conhecidos que são os resultados dos exames, com Matemática a destacar-se pela positiva, a ministra comentou as causas do sucesso:
  • A começar "pelo esforço e o trabalho realizado pelos alunos, professores e escolas, designadamente na preparação dos alunos com a realização das provas intercalares", introduzidas para esta disciplina em 2005.
Temos, portanto, como primeiro factor, o facto de se ter passado a ensinar e treinar para os exames nas aulas e na máquina paralela ao longo de todo o ano. Meritório... Tanto que "a ministra admite alargar o modelo [provas intercalares] a outras disciplinas, nomeadamente às ciências, já a partir do próximo ano.
  • Em segundo lugar, Maria de Lurdes Rodrigues aponta o alargamento do tempo de realização do exame de Matemática de duas horas para duas horas e meia.
Contrariamente ao que a pedagogia familiar vem implementado há dezenas de anos: "ou aprendes ou comes", afinal passar fome compensa. É fundamental passar todos os exames para a hora do almoço!

Já a Associação de Professores de Matemática (APM) ainda que concordando com a ministra, refere, segundo o PÚBLICO,:
  • o facto de os alunos dos cursos tecnológicos, tradicionalmente com notas mais baixas, já não terem de fazer o exame a não ser que queiram candidatar-se ao superior."
Quando tudo o resto falha, nada como afastar os potenciais causadores de maus resultados do exame. As estatísticas agradecem... Como seria se os alunos dos cursos tecnológicos tivessem ido a exame? Estaríamos agora a carpir as mágoas do costume sobre a nossa tradicional incapacidade matemática e os trastes dos professores de matemática? Ah, se tudo fosse assim de resolução tão simples...

A Sociedade Portuguesa de Matemática tinha que vir estragar o quadro, tão bem compostinho:
  • "aponta a maior duração e acrescenta que o "exame foi mais simples".
E está encontrada a fórmula vencedora: ensinar para os exames (que se lixe o resto) exame à hora do almoço (se não aprendes, não comes), alunos com potenciais maus resultados afastados do exame (que eugénico...) e uma prova mais simples. E a ministra aparece a colher os louros do sucesso da sua política!

Generalize-se!

Em 150 minutos, um aluno foi destruído

No PÚBLICO de hoje, em dia de saber resultados de exames, mais um ponto para o baldassare:

"Em 150 minutos, um aluno foi destruído"
07.07.2007, Mariana Oliveira Fernanda Pires de Lima corre as pautas com os olhos, já sem a azáfama das primeiras horas da manhã. Professora de Desenho na Escola Secundária de Rodrigues de Feitas, no Porto, quer saber que notas os exames nacionais reservaram aos seus alunos. "Um estudante exemplar, em 150 minutos, foi destruído", atira, num tom de desalento.
Bons ou maus, milhares de estudantes do 12.º ano ficaram ontem a saber os resultados dos exames nacionais. Mas, para muitos, este ainda não é o ponto final no currículo do secundário.(...)"

quinta-feira, julho 05, 2007

Não há palavras caras - Justiça

O termo justiça (do latim iustitia, por via semi-erudita), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um acordo que tem em vista manter a ordem social através da preservação dos direitos na sua forma legal (constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos (litigio).

Ah, então justiça é basicamente a igualdade de todos os cidadãos!
Então, mas se por exemplo, hipoteticamente falando, existe uma certa quantia de dinheiro para distribuir por duas pessoas exactamente iguais excepto num pequeno pormenor, o NIB... Acontece que o do senhor Francisco, mais uma vez um nome hipotético, tem apenas uns cinco zeros a mais que o do senhor Joaquim, que só tem um (á direita como é óbvio)...
Será justo eu distribuir esse dinheiro em quantias iguais por esses dois veneráveis individuos? Ou deverei dar mais dinheiro ao senhor Joaquim, que com certeza precisará mais dele que o senhor Francisco? Ou a Justiça não deve ser de modo nenhum ligada á moral e deve ser absolutamente rígida, dando a mesma quantia aos dois individuos, independentemente das necessidades de cada um?
Para o senhor Francisco esse dinheiro pode servir apenas para mostrar o extracto bancário aos amigos, para o senhor Joaquim pode significar almoço!

Voooolteeeiiiii!!!

Duas semanas de férias fazem milagres ...

Ah ah ah

Teuria dus Numarus - O caso do professor Juvenal!

O professor Juvenal lecciona aulas de Contabilidade e Administração no ensino Secundário.
É um professor feliz, nos dias em que não anda infeliz...que são muitos...pelo menos ultimamente!
O Professor Juvenal lecciona (se calhar seria mesmo melhor dizer "dá aulas"...últimamente estas têm estado em época de saldos...) na Escola da Porcalhota de Baixo (obviamente que não posso dizer os nomes "à séria", senão inda levo cum proceso!), mas está lá porque tinha horário zero na Escola da Porcalhota de Cima! Até aqui parece uma história normal, certo?
Mas não é lá muito normal! No mínimo...ridicula!!! Não para o Professor Juvenal, claro, mas sim para toda esta rede educacional!
Ora, o Professor Juvenal lá teve que ir para a tal Escola da Porcalhota de Baixo (a falta de horário para ele na Escola da Porcalhota de Cima deve-se a problemas do foro diplomático que envolvem esta escola e a vila onde ela se insere...é muito complicado de explicar...fica para outra altura...outro post...), mas numa altura mais que péssima da vida dele...tinha muito recentemente perdido um familiar muito próximo...e tudo isto acumulado fez-lhe muito mal ao neurónio, como seria de esperar.
Mas mesmo assim, o Professor Juvenal reuniu todas as suas forças e lá foi, estóicamente, durante o primeiro período dar as suas aulas (não vale a pena referir a distância porque provavelmente muitos poderiam dizer "só? eu tenho que percorrer o triplo!"...)...MENTIRA...estoirou em Novembro! Sai um atestado médico de um mês...a juntar as férias do Natal, o Professor Juvenal regressou ao serviço no inicio do segundo período! Mas por pouco tempo...pois...ainda não andava lá muito bem...e...falhou o segundo dia de aulas...estão a ver mais ou menos o que aconteceu?...
A CHEFE DA ESCOLA DA PORCALHOTA DE BAIXO MANDOU LOGO O CASO PARA A JUNTA MÉDICA, lavando dali as suas mãos, como Pôncio Pilates.
E aqui é que começa o âmago desta questão...
A Junta Médica, instituição com o objectivo de ter a última palavra na avaliação psicológica e física do estado de saúde de qualquer professor, só mandou chamar o Professor Juvenal...estão sentados?...no final do segundo período! Mesminho no último dia de aulas! Ou seja, o Professor Juvenal fico em casa 3 meses, aos cuidados dos seus médicos particulares, e amigos.
E lá foi o Professor Juvenal para a Avenida Guerra Junqueiro, para mostrar todos os relatórios psicológicos que atestavam o seu estado de saúde. Quando o Professor Juvenal lá chegou e viu o estado dos "pobrezinhos" que lá estavam à espera (e esta espera era por ordem de chegada...tipo talho!) pensou "de certeza que não estou tão mal como estes infelizes! de certeza que me mandam dar aulas no inicio do terceiro período!". E o Professor, que até já estava melhor do seu neurónio, com vontade de sair de casa...mesmo tratando-se de ter que ir para a Escola da Porcalhota de Baixo..., lá esperou pela sua vez. Quando finalmente é chamado, depara-se com 3 "múmias", não embalsamadas, mas quase em estado de húmificação, que apenas lhe disseram o seguinte "Os seus relatórios?", e o Professor colocou o relatório da psiquiatra em cima da mesa! Mas...falatava a vinheta da psiquiatra! Ora, ser ou não ser eis a questão...branco é galinha o põe...eitar cedo e cedo erguer, tanto bate até que fura...o Profesor Juvenal veio para casa sem o pepel que normalmente dão lá na junta, no qual diz se se está ou não apto a retomar funções!
...vou parar aqui...vou fazer uma pausa...
Pensemos...então a Junta Médica para que serve? Para avaliar o relatório de outros médicos?...
...ok...Continuemos, "irmãos!"
Bem, o Professor Juvenal ficou de ir ter com a psiquiatra para a Senhora lhe colocar a vinheta no relatório. E a Junta Médica ainda disse ao Professor que ele é que tinha que marcar outra Junta Médica, como se de uma consulta se tratasse...ao que o Professor perguntou se não seria a DREL que tratava dessas coisas, o que na realidade é verdade.
Estava então o Professor Juvenal a terminar as férias da Páscoa, já com a esperança (embora forçada...) de ir trabalhar no terceiro período, quando...começam as aulas...passa a 1ª semana, a 2ª, a 3ª,..., a 5ª, quando 3 semanas antes do final do período (entretanto o professor Juvenal já estava a dar em doido de estar em casa, sem fazer népia...isto pode ser caricato, mas só quem passa por elas é que pode entender!) o Professor Juvenal recebe a cartinha a chamá-lo para nova Junta Médica...
...perguntem lá quando, amigos?...NO ÚLTIMO DIA DE AULAS DO TERCEIRO PERÍODO! Incrível não? Como as coisas se resolvem rapidamente neste país!
E lá vai o Professor Juvenal para a Jjunta Médica, com o bendito relatório, cheinho de vinhetas, no qual constava que o professor estava aptérrimo para exercer as suas funções (que era o que já dizia no anterior, no fim do 2º período).
O Professor chega lá, depara novamente com as 3 "múmias", elas pedem-lhe o relatório, lêm o relatório, e passam-lhe o tal papel para ele se apresentar ao serviço na 2ª feira seguinte.
Finalmente!
MORAL DA HISTÓRIA:
1º) É muito estranha...quer dizer, o P. Juvenal esteve o terceiro período todo em casa sem necessidade!
2º) O Estado esteve a pagar 2 ordenados, embora o do professor Juvenal fosse apenas 5/6 do usual (1/6 é retido), sem necessidade...porque é que não chamaram P. Juvenal antes do final do 3º período? Para não mandarem o outro professor embora? É por essas e por outras que os nossos aumentos estão congelados...
3º) E, afinal de contas, que grande poder de decisão tem a Junta Médica, que se baseou no relatório duma psiquiatra para atestar o stado de saúde do p. Juvenal?
...eu é melhor não dizer mais nada...e o outro pobrezinho morreu porque o mandaram dar aulas...mas não vou entrar em detalhes que já todos sabemos...Paz à sua alma.
Posto isto, acabei de saber, neste preciso momento, que uma colega minha foi à Junta Médica pedir a reforma (uma professora que se encontra na escola, não lecciona, mas faz serviço administrativo! está ao abrigo dum decreto não sei das quantas...), e estou a falar duma pessoa com 64 anos, e as "múmias" da junta Médica desancaram a pobrezinha, quase correram com ela a pontapé, teve inclusivamente que sair pela porta dos fundos, tal não era o estado de nervos em que ela estava...porque lhe negaram a reforma antecipada uma vez que...ELA NÃO TINHA FALTADO NO PRESENTE ANO LECTIVO!!!
...decididamente, eu não digo mais nada, vou fazer crochet, vou fazer a planificação das minhas ricas actividades para o meu maravilhoso projecto de teatro...e é asim que me vou mantendo feliz neste ensino, à beira mar plantado...mar? não! LODO!!!
Câmbio!
Desligo!

O exemplo cívico do candidato Costa

O PÚBLICO noticia hoje que foram as más escolas que levaram o candidato socialista à presidência da autarquia António Costa a sair de Lisboa e ir viver com a família para um condomínio privado na zona rural do concelho de Sintra.

Quando pensou inscrever o filho mais velho na antiga Veiga Beirão, no Largo do Carmo, onde ele próprio tinha andado na juventude, foi aconselhado pela própria responsável da escola, que o conhecia, a não o fazer: "António, vai à procura de outro sítio que isto é horrível."
  • Será que este conselho foi dado aos restantes pais no momento da inscrição por esta professora? Dado o estado actual das coisas, cheira-me a processo disciplinar... E daí não, foi para bem de um dos deles...
"António Costa percebeu que havia uma excelente escola numa povoação próxima daquela onde tem casa em Sintra e mudou-se de armas e bagagens. Quando perguntou ao seu colega com a tutela da Educação o que se estava a passar, recebeu como resposta que como a maioria da população morava na periferia de Lisboa era para aí que iam os maiores investimentos."
  • [Portanto, quando percebeu que não havia maneira de arranjar dinheiro para arranjar a dita escola, abandonou Lisboa.]
"O candidato contou ontem o episódio durante uma visita a uma escola do 1.º ciclo do ensino básico na Rua de Sapadores, para mostrar como o desinvestimento no parque escolar pode esvaziar a cidade de habitantes."
  • [Ainda por cima ainda goza com o pagode! Como se a atitude cívica mais adequada, aquela que os outros pais que não têm casas de férias em Sintra têm de tomar, não fosse ficar e lutar pela melhoria da escola. E como a escola teria lucrado em ter um pai no governo!]
Numa nota final, o candidato acrescentou que "Vamos também estudar se devemos introduzir o transporte escolar na cidade".
  • [Compreende-se, afinal agora vai ter de passar a levar os filhos à escola em Sintra, mal por mal, é melhor que seja a sua Câmara a tratar disso...]
Afinal, o que terá mudado nas escolas de Lisboa para que António Costa queira voltar?

Ah, Lisboa, Lisboa, enquanto fores trampolim, não hás-de ter governo...

O Estado miserável e o professor Charrua

O Jumento aponta baterias ao Estado miserável da educação. Mais um coice certeiro, a ler no contexto, no palheiro original:!

ESTADO MISERÁVEL

O caso do professor que atingido por um cancro e já depois de não poder falar foi considerado apto para o exercício de funções por uma junta médica que deliberou sem o ter convocado revela o ponto a que chegou a consideração que o Estado e algumas das suas instituições têm pelos seus funcionários.

Como é possível que os médicos de uma junta médica tenham decidido desta forma? Como é possível que o director-geral da Caixa Geral de Aposentações tenha ignorado o apelo que lhe foi endereçado pelo professor? Como é possível que a máquina do Estado tenha considerado apto para trabalhar um professor com afonia total e incurável, doente de cancro?

A DREN diz que fez tudo, mas fez o quê? Não questionou a injustiça, não apoiou o apelo do professor à CGA, limitou-se a proporcionar-lhe melhores condições de trabalho.

A forma como este funcionário foi tratado é uma indignidade que não pode ser ignorada. Se a legislação é inadequada que se mude a legislação, se o director-geral da CGA não fez o que devia ter feito que se mude o director-geral, se os membros da junta médica actuaram com má fé que se mudem as juntas médicas. Uma coisa é certa, algo tem que mudar.

CASO PROFESSOR CHARRUA

A acusação ao professor Charrua elaborada por um instrutor ligado ao partido da directora da DREN e que depende desta para continuar a beneficiar de uma colocação à porta de casa diz que o professor ofendeu a mãe do primeiro-ministro e que o fez em pleno corredor. O professor Charrua assegura que deixou a progenitora de tão ditoso filho sossegada e que as manifestações de admiração pelas elevadas qualificações académicas do primeiro-ministro foram feitas em privado.

A conclusão é óbvia, um deles, o instrutor ou o professor, mente e se é o instrutor que conclui por uma mentira estamos perante um grave atentado a todos os valores da democracia. Além de um processo disciplinar se tratar de um procedimento em que uma hierarquia tem a faca e o queijo na mão, é evidente que esse processo está inquinado, toda a gente sabia qual seria a acusação a partir do momento em que a directora da DREN deu uma entrevista ao DN antecipando a acusação.

Alguém devia investigar todo este processo pois não é aceitável usar a lei de um Estado de direito para o transformar numa fantochada. Mais importante que a honorabilidade da progenitora de Sócrates é a democracia.

Daqui faço um repto ao Governo: proceda a uma sindicância sendo esta conduzida por juristas independentes a designar pela Ordem dos Advogados.

quarta-feira, julho 04, 2007

O meu voto










E o voto de baldassare nas 7 maravilhas da blogosfera vai para... tatarantatarantatarantan... ptch:

Ladrões de Bicicletas

Votei nos Ladrões porque são um blogue de economistas de esquerda, o que é à partida curioso.
Abordam os temas da actualidade, como qualquer blogue, mas também falam das diferentes teorias económicas de vários economistas, uns mais conhecidos que outros. Existem muitos posts sobre o futuro da esquerda e sobre o futuro da UE, sobretudo pelo João Rodrigues.
É um blogue relativamente recente, mas que já tem qualidade e quantidade suficientes para lhes confiar o meu voto enquanto uma das 7 maravilhas da blogoesfera.

O concurso só permite um voto por blogger activo. Se houvesse 7 votos por blogger, eis a minha lista:

-Ladrões de Bicicletas, pelo que já mencionei
-Arrastão, pela qualidade dos posts e pelo sentido de humor
-31 da Armada, por ser um bom blogue de direita
-Cinco Dias, pelos grandes textos, bem elaborados
-Do Portugal Profundo, pela polémica que causou, pela visibilidade que deu a uma verdade inconveniente...
-Abrupto, pela quantidade, qualidade, visibilidade e longevidade.
-Blasfémias, porque apesar da sucessiva queda da fachada "liberal", é inevitável.

terça-feira, julho 03, 2007

Um excelente post de Paulo Vilela, "Sociedade da Informação : a demissão do estado", a denunciar a promiscuidade do Estado com a Microsoft e outros grandes tubarões, em detrimento do software livre:

"Poderá à primeira vista parecer estranho falar de demissão do estado no que toca à sociedade da informação, quando amiúde são lançadas novas iniciativas. Mas há nela um padrão preocupante.

UM
O estado lança uma iniciativa de literacia digital, e fá-lo através de um site fornecido por uma empresa que a aproveita para promover os seus produtos, que são já largamente predominantes.


DOIS
O estado lança uma iniciativa de colocar computadores e banda larga móvel nas mãos de milhares de alunos e professores, sem providenciar a formação no novo sistema operativo e Office que conforme divulgado publicamente os acompanha. Contrata sem concurso público o software da empresa dominante no mercado, cravando mais um prego no caixão da competitividade e da concorrência. Fá-lo porventura de uma forma formalmente legal, mas através do subterfúgio de serem as empresas de telecomunicações a pagar a factura, sem o dinheiro entrar no ciclo de controlo ( e de consultas públicas) do estado.

As ofertas dos vários fornecedores de portáteis parceiros da iniciativa, e dos operadores móveis que pagam a factura são cartelizadas sendo oferecidas aos utilizadores pelos mesmos preços negociados. Deste modo o estado subsidia os concorrentes mais caros para que estes apareçam com o mesmo preço dos mais baratos.

O estado demite-se de promover a concorrência.
Demite-se também de promover a interoperabilidade entre produtos de software

E demite-se de promover a formação nesses novos produtos......
(...)
E NADA
E enquanto aceita todas estas ofertas gratuitas, o estado recusa todas as ofertas de software gratuito que lhe fazem. Os professores não conhecem esses produtos gratuitos, alegam. Pois também não conhecem o Microsoft Office 2007, que é muito mais diferente do Microsoft Office 2003 que o OpenOffice.org.

Enquanto mais e mais estados lançam iniciativas para promover a interoperabilidade e a defesa de normas abertas, condições para assegurar a livre concorrência e um ambiente competitivo, o estado português demite-se e aceita reforçar o predomínio de um só fornecedor de software para a administração pública.


A DEPENDÊNCIA
Ao não promover a competição, o estado só pode negociar melhores condições através do favor de um desconto. Que será pago à custa de outros favores.

Enquanto outros estados mesmo da dimensão do nosso têm fortes equipas de tecnologias de informação que traçam estratégias e asseguram uma validação das tecnologias e normas a adoptar, o estado português tem equipas diminutas, e está dependente dos fornecedores, das suas ofertas e dos seus planos de lançamento de produtos para implementar essas políticas.
Onde está o estudo sobre o impacto do lançamento do Vista e do Office 2007 nas Escolas e na Administração Pública?

Quando o o estado se demite de planear, as políticas dos fornecedores tornam-se a política do estado.

Como estamos a assistir."

Para ler na íntegra no seu Blog Abre-te software.

Blogo-dependente? Isso merece um post...

segunda-feira, julho 02, 2007

Petição: alteração do estatuto dos bolseiros

(Este abaixo-assinado não é exclusivamente para bolseiros, estando aberto a toda a comunidade científica e comunidade em geral)

(...) Será razoável admitirmos que a anunciada alteração do enquadramento legislativo da actividade dos bolseiros de investigação se deva nortear pelos seguintes princípios:
  • garantir que todo o pessoal de investigação científica veja reconhecido o trabalho que desenvolve e dignificada a sua condição, beneficiando de um conjunto de direitos sociais básicos;
  • acolher na legislação nacional as recomendações constantes da Carta Europeia do Investigador
  • travar e inflectir a tendência para uma diminuição da atractividade das carreiras científicas;
  • garantir uma maior responsabilização das chamadas instituições de acolhimento;
  • permitir uma adequada articulação com o conjunto do edifício legislativo que enquadra e regula a actividade da generalidade dos trabalhadores científicos;
  • prever uma adaptação às modificações introduzidas no sistema científico e tecnológico nacional pela implementação do Tratado de Bolonha.
Ler texto completo e assinar a petição.

domingo, julho 01, 2007

Finalmente...

Um mês sem mákina...e afinal bastava fazer Alt+F10...mas só a fábrica é que sabia a "receita"!

Até me apetece por aqui uma foto...que era coisa que eu não conseguia...

Vou pôr...as outras cobaias não se devem importar muito...penso eu, de que...



"Fizi-a" eu!
(o que eu desesperei para pôr fotos no meu outro blog...o das coisas k uma gaija faz...finalmente consigo! Mas hoje não me apetece muito ir lá alterar aquilo...por isso ponho esta aqui, à experiência!)




Eu sei...eu sei que isto é um blog sério, onde se fala de coisas sérias, com cobaias todas sérias, e onde não se põem fotos que não sejam sérias...mas apeteceu-me! Paciência!

Por hoje é tudo!
Câmbio!
Desligo!

Porque hoje é domingo - Earth Intruders (Bjork)