quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Faltam 9 dias

8 de Março
Manifestação Nacional de Professores
Lisboa, 14h30, M.Pombal

terça-feira, fevereiro 26, 2008

O debate

Então, os professores desta casa não viram o debate???

Bem... eu vi-o todo e fiquei a dormir no sofá. Hoje até dormi uma sesta para "acabar a noite", coisa que já não fazia desde o verão...
Eu vou analisar a coisa como um adepto de um clube analisa o jogo da sua própria equipa (que é a equipa que está contra a ministra, diga-se de passagem).

De quem eu gostei mais na equipa: Sindicatos e Professora Fernanda Valez. Eu sei que é inadmissível não vir para aqui dizer que os sindicatos estão mortos. Mas na verdade não estão. Foram muito mais oportunos que o "Movimento Cívico" que lá estava.
A FenProf foi a que argumentou melhor contra o sistema de avaliação, e veio com material do qual a Ministra não estava à espera (acho estranho que ela não soubesse... se calhar não lhe deu jeito saber...).
O último sindicalista, não me lembra o nome nem o sindicato, o que disse que o Novo modelo de gestão ia reforçar a centralidade do sistema, também falou muito bem.
Portanto, temos Mário Nogueira da FenProf a ser o melhor da sala a argumentar contra o sistema de avaliação, e [esse tal que não me lembra o nome, mas que era o último... estão a ver?] a ser o melhor em relação ao NMGE (já merece uma sigla!).

Porque é que estes foram os melhores? Por causa da resposta falaciosa da ministra. Mário Nogueira diz que o sistema de escolha dos professores titulares não avalia necessariamente os melhores, pois os titulares não são os que dão melhores aulas, mas os que "fazem mais coisas giras"... Como é que MLR responde? Tenta pôr na boca do Mário Nogueira que os titulares são os piores professores, quando não foi isso que ele disse. Ele disse é que este sistema não permeia em teoria os professores que dão melhor as aulas, mas sim os que andaram em mais conselhos e direcções.
A ministra podia ter respondido "Pois, mas o objectivo é encontrar líderes e não óptimos educadores". Era mais honesto, porque é essa a realidade. Mas aí caía a suposta justeza desta avaliação.
Além disso, quando ela vem com "O problema aqui não é financeiro", toda a gente ficou "Nããã... que ideia!"
Quanto ao NMGE, [o tal sindicalista... porra, alguém me sabe dizer o nome dele?] diz que, sendo a direcção máxima da escola unipessoalizada, há mais dependência em relação ao poder central ministerial, e não mais autonomia, como se quer fazer passar. E vai daí, MLR responde "O Director é naturalmente dependente do ME" Tudo bem! Agora não me venham é falar de autonomia, e depois dizer frases destas...
Ainda quanto ao NMGE faltou lá quem dissesse "nós não queremos autonomia das escolas. O problema da educação não é a gestão escolar, e o actual modelo de gestão tem dado bons resultados."

O 3º melhor titular foi a professora Fernanda Valez. Deu a carne para canhão, para poder dizer aquilo que todos os professores pensam: "Senhora Ministra, Você é uma Vaca". Não o disse assim, mas disse que ela não tinha perfil, que ela conseguiu unir os professores contra ela, e mais uma data de críticas de maneira abrupta e à bruta!

De resto, muito mal o gajo da t-shirt. Não é só a maneira como disse. É o que disse. O facilitismo não era o tema. Os sindicatos "burocratas" não eram o inimigo. Valeu-lhe a frase "a ministra mente com cara de verdade". Mas perfiro muito mais a serenidade com que a professora Valez atacou. Quanto ao nosso professor do ano, foi usado sempre pela moderadora como água para a fervura. Mas água que ainda assim está morninha, mas que quando lhe perguntam de quem é a culpa vem-se com o "é de todos".
É claro que a maioria dos professores adorou estas duas figuras. O do professor revoltado que "coitado, faltou-lhe a expressividade" e o do professor veterano que era "um sabichão das grécias" (pelo menos os professores com os quais eu falei). Aos sindicatos, já os professores não ligam. A malta quer é "movimentos", greves convocadas por SMS, espontaniedade e nada de burocracias. Os sindicatos são uns chulos, as greves já ningué as faz, as negociações são cedências. Agora, já nem a formação se faz nos sindicatos, por isso de que é que eles valem?... Com essa lógica, a situação dos professores vai ficar ainda pior. É necessário tecnocratas, burocratas, gente chata e com gravata para poder negociar e fazer lobby com o governo. Sim, lobby, meus medricas! Pressão, greves de 15 dias, processos no tribunal, causar 3000€ de prejuízo ao estado!

Meus amigos professores: deixem-se de "movimentos" ou de revoltas sem consequências. Os sindicatos provaram ontém que não há MLR ou Fátima Campos Ferreira que tire razão à causa dos professores. São os melhores a estudar os dossiês, logo são os melhores a argumentar. São os mais burocratas, logo são os que conseguem achar falhas numa lei injusta. São os mais serenos, logo são os que conseguem melhores resultados. São os mais organizados e estruturados, logo são os que conseguem juntar mais professores na luta. São os burocratas que os professores precisam para defender os seus direitos. Eu disse direitos? Então emendo: os seus interesses.
Não tenham medo de estruturas, de burocracias, de chavões. Um movimento é muito mais giro e bonito, mas não vos leva a lado nenhum. Sejam burocratas, lobistas, interesseiros, corporativistas, porque se não, tiram-vos tudo.

domingo, fevereiro 24, 2008

A Escola e os valores

A Escola é uma instituição social. Como tal, é natural que transmita valores. Mas será que esses valores devem estar explícitos no programa oficial?
A minha resposta é: deve estar escrito o valor da liberdade, pois permite adoptar qualquer valor.
Se for dada liberdade de escolha e de expressão, a Escola é neutra, pois permite a adopção dos valores que cada um quiser adoptar. Só existem duas alternativas: ou se transmite o valor da liberdade, ou endoutrina-se os valores que se considere positivos. Deus nos livre da segunda opção...

A liberdade é o primeiro dos valores, pois permite a adopção de todos os outros. E é este o valor que a Escola deve ensinar, com o objectivo de termos futuros cidadãos livres.

É claro que os professores, as famílias e os colegas formam o resto dos valores de cada um. (Quando falo de liberdade de expressão falo em liberdade de expressão por parte de professores, famílias e sobretudo alunos.)

Além disso, a liberdade leva naturalmente à formação de outros valores, que todos consideramos benéficos. Por exemplo, a responsabilidade. Se for dado ao aluno liberdade e ele aproveitá-la mal, terá as respectivas consequências (algumas inerentes ao acto que o aluno praticou, outras através da aplicação de castigos...). Isso desenvolverá nele o sentido de acto-consequência, levando naturalmente à responsabilidade.
A solidariedade também pode nascer naturalmente da liberdade, pois é um valor humano, espontâneo, inato, mas que precisa de contacto com outros humanos para se desenvolver (é este o único argumento contra as aulas de substituição... e chega para torná-las absurdas).

Outros valores nascem do contacto com a liberdade, e os que não vêm daí, são transmitidos pelos familiares, professores, amigos e meio social em geral. Desde que haja liberdade para os adoptar ou não, tudo bem.

Todos os outros valores não deviam estar em nenhum programa, para que fôssem os alunos a ponderar e adoptar os valores pelos quais querem reger a sua vida.

Mas, afinal, quem pôs o SMS a circular?


Não sabemos quem foi.
Fomos todos.

Porque hoje é domingo - How to View the World 80x Slower

sábado, fevereiro 23, 2008

"Alistarem-se, diziam eles..:"


Estudo "A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior", divulgado ontem pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior, dá a indicação (para a maioria da população) do curso e escola que frequentaram.
  • "Globalmente, em Dezembro de 2007, estavam registados nos centros de emprego 39.627 diplomados do ensino superior, o equivalente a 4,5 por cento da população entre os 15 e os 64 anos que tem esta formação. O número de desempregados deste nível será, no entanto superior, já que nem todos se inscrevem nos centros. As últimas estimativas do INE apontavam para um valor próximo dos 60 mil."
E ainda, conta o PÚBLICO:
  • "Pelo menos 43 mil licenciados desempenhavam em 2007 trabalhos de baixa qualificação ou não qualificados, como limpezas ou construção civil, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Sem emprego nas suas áreas, dizem-se "dispostos a tudo" para sobreviver."

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Portáteis a 150 Euros, mesmo, um dia destes

Segundo a SapoTek, a fabricante britânica de PCs Elonex prepara-se para apresentar no fim do mês aquele que será, pelo menos até agora, o PC de baixo custo dirigido à Europa mais barato.

Dirigido ao segmento da educação este portátil, com apresentação marcada para uma feira da educação que decorre no fim de Fevereiro no Reino Unido, irá custar cerca de 99 libras (cerca de 132 euros), muito abaixo das 500 libras (666 euros) estimadas para a edição Classmate que resultará de uma parceria entre Intel e um fabricante britânico cujo nome ainda não foi revelado (ver notícias relacionadas).

A Elonex já adiantou que o novo One será baseado em Linux, terá uma autonomia de três horas, suporte para Wi-Fi, memória flash e um peso inferior a um quilo. Será comercializado dentro de uma mala. Para já, a empresa não revela mais pormenores.

A empresa explica que a opção pelo Linux, em detrimento do Windows, permitiu baixar os custos do One e acrescenta que vem no seguimento das recomendações do Governo britânico, que apontam para a necessidade de evitar o monopólio Microsoft, cita a ZDNet.

As informações disponibilizadas pela imprensa internacional não permitem perceber se é intenção da fabricante britânica fazer chegar o One a outros países europeus.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Ele há coincidências giras...

É impressão minha, ou nesta notícia do DN sobre a reunião de Sócrates com professores do PS, está escrito "Deveria ter sido uma "simples reunião de trabalho partidário" entre o secretário-geral do Partido Socialista e um grupo de Lixo industrial perigoso"?


Boa noite a todos

sábado, fevereiro 16, 2008

A ministra da Educação foi falar à televisão II

Primeira frase, primeira mentira: "Eu penso que (...)" O que quer que ela tenha dito depois, é automaticamente mentira...

A Ministra da Educação foi falar à televisão

Após defender entusiasticamente a autonomia das escolas, quando comentava a polémica dos conservatórios, a Ministra disse:

"Os conservatórios foram deixados ao abandono".

"Deixar ao abandono" é o que vai acontecer às escolas se fôr a "comunidade" (ou seja, o presidente da câmara) quem manda na escola.
Neste novo modelo há a destacar a participação de "instituições, organizações e actividades económicas, sociais, culturais e científicas" na gestão escolar, ou seja, descodificado, empresas a mandar nas escolas, como já estão a mandar nas universidades.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Quando as palavras custam a sair...

Quando as palavras custam a sair, agradecemos a quem as diz por nós. obrigado, Paulo Guinote, a quem ainda vai dando para pôr cá para fora o que custa a engolir:

"É verdade que eu estou mais irritado, menos macio, eventualmente mais cáustico ou corrosivo (adjectivos com os quais já me habituei a conviver).

Só que essa é a evolução natural de quem, também quotidianamente, se sente massacrado por uma enxurrada quase ininterrupta de novos encargos, sem qualquer compensação material ou simbólica. De quem vê serem tomadas, com o maior desplante, sucessivas medidas perfeitamente ao arrepio de qualquer lógica ou de qualquer fundamentação empírica. De quem vê detentores de cargos públicos defenderem o desrespeito pelo sistema judicial. De quem vê o mais absoluto despudor nas declarações da tutela sobre o desempenho dos docentes, a organização das escolas e a qualidade do trabalho realizado, argumentando sistematicamente com distorções dos factos e falsidades.

De quem vê pessoas amigas irem desanimando cada vez mais, submersas num labirinto kafkiano do qual se sentem incapazes de se libertar.

Não me digam que a Educação e as Escolas estão melhores com as decisões desta equipa ministerial. Estão pior, em termos de ambiente e mesmo de capacidade de trabalho consequente em prol dos alunos.

Só os muito distraídos não percebem o que tudo isto pretende alcançar: quebrar o ânimo dos docentes, desrepeitando-os a todo o momento, e levá-los a aderir a um sistema laxista, academocamente facilitista e burocraticamente pesadão e desencorajador de qualquer rigor efectivo.

Tudo está construído para que as pessoas optem por trabalhar para o Sucesso Estatístico, para não terem problemas na sua vida profissional."

Leia o post completo

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Como disse?

Jornalista da SIC, numa reportagem sobre os vencedores do ano passado do Campeonato Nacional da Língua Portuguesa:

"O vencedor da categoria Menores de Quinze Anos, foi (...), com treuze anos"

E na categoria "ironia involuntária"?

domingo, fevereiro 10, 2008

Não há Palavras Caras - Futebol

Percebo muito pouco, fica o aviso .

Onze jogadores por cada equipa, um deles numa baliza .
Duas equipas .
O estádio .
O publico .
Os árbitros .
E a bola . Ah, para esta ha' pano para mangas . Tem que ter um certo peso (entre 410g e 450g), um diametrozinho jeitoso (22cm), uma marca que custa dinheiro só de pensar nela e que não pode sair á rua sem segurança . É pior que as exigências para ser modelo, mas no fim serve para andar ao pontapé . E bem, no campo estão 22 homens dispostos a isso . Afinal é um emprego como outro qualquer, passar os dias a jogar á bola . Mas eu nunca vi 90 minutos de um homem de talho cortar bifes passar em horário nobre na TVI .
É este jogo (o futebol, não os bifes) que faz com que o país páre para olhar, é o que todos os portugueses têm em comum, aquela bola cheia de mariquices . E liga classes sociais !
Para o futebol ser vivido a sério há dois adereços . O cachecol e a cerveja . Quem é o homem que, se não está no estádio com uma grade, não está no sofá com uma na mão e o cachecol ao pescoço a gritar para os árbitros ? Ou numa esplanada para ouvir os bitaques dos companheiros ? Já se tornou numa questão de masculinidade e quem não gosta de futebol não é homem, pura e simplesmente . É crónico, deve vir no cromossoma Y ou assim .
Mas depois há as corrupções, as mentiras, os erros no desporto rei, e é aí que se prova que jogar á boa deixou de ser um desporto . É já um negócio de milhões e os jogos são como reuniões de negócios . Agora desporto é que não, por amor de Des, nem nós queremos cá disso .

Porque hoje é domingo - Yes We Can

It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation.

Yes we can.

It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom.

Yes we can.

It was sung by immigrants as they struck out from distant shores and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness.

Yes we can.

It was the call of workers who organized; women who reached for the ballots; a President who chose the moon as our new frontier; and a King who took us to the mountaintop and pointed the way to the Promised Land.

Yes we can to justice and equality.

Yes we can to opportunity and prosperity.

Yes we can heal this nation.

Yes we can repair this world.

Yes we can.

We know the battle ahead will be long, but always remember that no matter what obstacles stand in our way, nothing can stand in the way of the power of millions of voices calling for change.

We have been told we cannot do this by a chorus of cynics...they will only grow louder and more dissonant ........... We've been asked to pause for a reality check. We've been warned against offering the people of this nation false hope.

But in the unlikely story that is America, there has never been anything false about hope.

Now the hopes of the little girl who goes to a crumbling school in Dillon are the same as the dreams of the boy who learns on the streets of LA; we will remember that there is something happening in America; that we are not as divided as our politics suggests; that we are one people; we are one nation; and together, we will begin the next great chapter in the American story with three words that will ring from coast to coast; from sea to shining sea --

Yes. We. Can.

sábado, fevereiro 09, 2008

(com uns dias de atraso) Tema do Mês de Fevereiro: A Escola e os Valores

A Escola é um veículo de transmissão de valores. São transmitidos por manuais, professores, colegas, funcionários etc...

Dependendo das épocas, essa transmissão de valores foi mais ou menos explícita, e os próprios valores transmitidos foram-se alterando.

Hoje, temos disciplinas como a Educação Moral e Religiosa, áreas como a Educação Sexual, Formação Cívica e os planos pedagógicos, que muitas vezes também pretendem transmitir valores (o da minha escola é o rigor).

Além disso, em muitos manuais existem valores explicita ou implicitamente transmitidos. Se a isto tudo juntarmos o que dizem professores e colegas, a Escola é uma autêntica metrelhadora de considerações éticas às quais os alunos são expostos, no que isso pode trazer de bom e de mau.

Este é um tema importante para a Escola e determinante para a sociedade. Que valores a escola transmite? Devia transmitir valores? Se sim, quais? Como? Que papel têm os pais na decisão do que deve ser transmitido aos seus filhos?

É isto que tentaremos analisar durante o (que resta do) mês de Fevereiro.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Mais um tiro no porta-aviões...

Fazemos eco de um protesto que nos chega por email:


"AGORA QUEREM ACABAR COM O CONSERVATÓRIO NACIONAL

Já se suspeitava, mas agora é público: o Ministério da Educação quer mesmo acabar com a Escola de Música do Conservatório Nacional.

Se depender do Governo, a instituição de quase 180 anos, que já nos deu Maria João Pires, Bernardo Sassetti e tantos outros, tem os dias contados.

Já não se trata de destruí-la devagarinho, como até aqui – deixando-a cair aos bocados, com o órgão do século 18 a deteriorar-se ou o Salão Nobre quase a ruir sobre a plateia.

Desta vez, a Ministra quer fazer o serviço de uma só vez. Com três golpes tão rápidos e certeiros que, espera ela, ninguém vai sequer perceber o que se passa.

O primeiro golpe é acabar com os Cursos de Iniciação. Crianças dos 6 aos 9 anos de idade vão deixar de ter acesso às 6 horas semanais de instrumento, orquestra, formação musical, coro e expressão dramática hoje ministradas pelo Conservatório.

O segundo golpe é matar o Ensino Articulado. Adolescentes com talento musical já não poderão conciliar a formação artística de alto nível do Conservatório com a frequência às outras matérias da sua escola habitual. Quem quiser ser músico, a partir de agora, tem que decidir profissionalizar-se aos 10 anos de idade – sem poder voltar atrás.

Por fim, o golpe de misericórdia é dar cabo do Ensino Supletivo – o regime que tem formado, ao longo dos anos, a maior parte dos músicos portugueses. De Alfredo Keil a Pedro Abrunhosa, passando por centenas e centenas de outros.

Sem músicos, sem público educado para a música, já se vê o que a Ministra pretende: reduzir-nos ao silêncio.

Mas você não vai aceitar, pois não?

No dia 11 de Fevereiro, o Conservatório será visitado pela comissão nomeada pelo Ministério para aplicar estes 3 golpes ao ensino da música. Querem fazê-lo à boa moda deste Ministério: rápida e discretamente, como um facto consumado.

Contamos consigo para recebê-los com música. E com muito barulho.

Segunda feira, dia 11 de Fevereiro, às 10 da manhã, junte-se ao Coro de Protestos do Conservatório Nacional. Se é músico, traga o seu instrumento. Se é pai de aluno, traga os seus filhos (sabemos que o dia é mau e a hora incómoda, mas ficar sem o Conservatório ainda seria pior). Se é um simples amante da música, traga a sua voz.

Vamos gritar tão afinados que até a Ministra, que faz o género surda, vai ter que ouvir."

terça-feira, fevereiro 05, 2008