terça-feira, janeiro 09, 2007

Liberdade de Escolha- sim ou não

Será que é legítimo a escolha de escolas?

Eu considero que sim. É claro que todas as escolas deviam ser boas, ter a mesma qualidade de ensino, as mesmas actividades, os mesmos professores, os mesmos continos e até... os mesmos alunos. Mas isso é uma utopia irrealizável. Existem diferentes realidades sociais, diferentes tipos de professores etc... portanto as escolas são diferentes.

Mas a lei actual não reconhece isso. A lei parte do pressuposto que todas as escolas públicas têm o mesmo programa, todos os professores são de igual qualidade e, no fundo, todas as escolas públicas são iguais, logo, não há motivo para a escolha da escola a pertencer se todas têm a mesma qualidade. Como já disse anteriormente a realidade é bem diferente.

Portanto, acho que deveria existir a possibilidade de escolha de uma escola, mesmo que não fosse a da área de residência.

Porque o que acontece agora é que os meninos dos bairros ricos vão para as escolas do bairro rico e os meninos dos bairros pobres vão para as escolas dos bairros pobres. Os meninos do Interior vão para as escolas do interior e vão ter os professores que não conseguiram ir para a escola de Lisboa ou do Porto.

As escolas deviam poder ser escolhidas pelos pais e alunos e só entravam os melhores alunos (os que tivessem melhores notas numa espécie de exame diagnóstico). Haveriam depois segundas, terceiras, quartas... opções de escola. É claro que haveria sempre possibilidade de ir para uma escola não muito longe de casa.

Este sistema de escolha não seria perfeito. É claro que os piores alunos ficariam com piores escolas. Mas neste sistema são os mais pobres que ficam com as piores escolas. Ambos os casos são uma injustiça, mas como as escolas não são iguais, eu prefiro o critério “melhor/pior aluno” do que o critério “melhor/pior família” (ou “melhor/pior bairro”).

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