Hoje é 4ª feira, dia de coluna de Vasco Graça Moura no DN, por isso, dia de
cascar na TLEBS... Retomando o tema dos fora-da-lei, que já tínhamos abordado
aqui na EC-D-R, VGM começa por acusar o ME de, na sua insânia, "carnavalizar a gramática" (gosto da expressão):
- "A insânia tomou conta do ministério e a TLEBS mais não fez do que criar a carnavalização da gramática, com todas as grotescas consequências inerentes para a aprendizagem da língua e para a cidadania."
Sintetiza o óbvio em relação à TLEBS:
- "Não é um instrumento relevante para o ensino, mas um factor de dificultação e desaprendizagem;
- não contribui para a valorização do património colectivo que é a língua, mas para a sua desagregação acelerada;
- não permite qualquer progresso específico ou transversal e interdisciplinar, antes envolve o desnorte de professores e alunos e um grave retrocesso escolar na transmissão, aquisição e utilização dos conhecimentos;
- não estabiliza nenhum aspecto da língua ou do seu ensino, antes esboroa a visão do mundo que a língua transporta (George Steiner), com terrível lesão do seu papel como factor de identidade."
E, depois de confrontar o dever da constituição de "assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa", remata:
- "A TLEBS viola escandalosamente todos os preceitos constitucionais acima referidos, pelo que tanto a Portaria 1488/2004 que a aprova como ela em si mesma, e ainda a Portaria 1147/2005, são materialmente inconstitucionais."
Chegarão os paliativos que se preparam para salvar o que quer que seja? Espero muito sinceramente que João Costa esteja à altura da sua reputação científica e que Vítor Aguiar e Silva forneça a dose de realismo necessária à revisão da TLEBS. O maior receio? O que nasce torto...
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