quinta-feira, janeiro 11, 2007

Em teoria...

Pegando no comment de Ctrl.Alt.Del à Pergunta da Semana de Terça feira passada (Porque é que existem TPCs, se uns têm explicadores e outros não?), onde respondia que era "porque em teoria, os tpcs são para ser feitos pelo aluno sozinho, tenha ou não explicador, computador ou pão com manteiga à mesa...", conto-vos o que se passou na minha última aula de Economia A.

Recebemos um convite para um concurso promovido pelo ISEG (Instituto superior de Economia e Gestão) e pelo SantanderTotta, em que se pedia para, individualmente, quem quisesse participar fizesse um trabalho de 20 páginas sobre qualquer tema de Economia A do programa.

Os prémios eram aliciantes: 1500€, isenção de propinas no 1º ano e, no caso de ter uma nota igual ou superior a 14, isenção de propinas até ao 3º.

E, alem disto... tcharan... oferta de um acesso gratuito a uma pós graduação no ISEG para o professor. Então se o trabalho é feito pelo aluno! (E não me venham com a história que o professor que deu a matéria tem mérito... 20 páginas!!! Ó setor, ajude-me aí!)

Isto é mesmo feito para os dos colégios privados, que têm ajudinha preciosa dos professores!
Deixo então uma segunda Pergunta da Semana para quem me quiser esclarecer:

Se é um trabalho feito por um aluno, porque é que o professor recebe uma pós-graduação?

2 comentários:

Ctrl disse...

Eh, eh, cheira-me a que há por aí professores de economia que vão começar a explorar a heteronímia...

Ctrl disse...

Agora a sério, o concurso tem implícito que o trabalho seja "orientado" pelo professor, só não define é o grau do peso da mão do professor: levezinho, moderado ou pesado (ou como prefere baldassare, público ou privado ;-))

Além disso, como os trabalhos têm de ser propostos pelos professores (uma maneira de tentar garantir um 1º controlo sobre quem faz realmente os trabalhos - o que os professores localmente podem melhor aferir), deve ser mesmo a única coisa que a Universidade pode oferecer de aliciante a qualquer professor para colaborar, dado o estado conhecido de penúria com que o superior se debate...