sábado, novembro 25, 2006

TLEBS - relatório da frente de batalha

Esta semana a dupla improvável Graça Moura/Prado Coelho voltaram à carga, na meritória função de mata/esfola da TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário).


No DN, 4ª feira, Graça Moura faz a "Autópsia do Gioneu", dissecando o tristemente famoso material de apoio à TLEBS disponibilizado pelo ME, pondo a nu a vacuidade, absurdo e fraco nível dos materiais que por ali se encontram (e calando, bem, os que insinuavam a sua incapacidade de lidar com o assunto).

Preocupa-me a este propósito outra coisa: quem tramou os colegas da Escola Básica 2,3 José Régio - Portalegre, autores do dito material? O que os terá levado a (slide 25 do powerpoint) "absorver sobretudo a metodologia de análise linguística" para chegarem à conclusão que a "manipulação e comutação de constituintes se veio a revelar um método fundamental para resolver a ambiguidade do texto camoniano" (como demonstra Graça Moura...) e, principalmente pretender com este material "conceber uma técnica de análise textual, capaz de ajudar os alunos a resolverem os problemas inerentes à compreensão escrita (?!)"?

Seria a ilustre linguísta formadora (porque não sai em sua defesa?)? A linguísta supervisora (havia uma?)? A linguísta do DGICD que validou os materiais (oops, acho que resolveram poupar no sítio errado...). É que estas coitadas é que devem acordar por estes dias do sonho que foi terem os seus materiais publicados como referência nacional para o pesadelo de que na realidade aquilo só serve para sessões masturbatórias de linguístas...

No PÚBLICO, 6ª feira, Prado Coelho tenta lançar as redes de "uma situação enredada" para trás, à boa maneira cor-de-rosa, para a anterior equipa do PSD que lançou a TLEBS, tentando desculpar o actual governo, que já encontrou a situação assim... Se bem me recordo, a Ministra encontrou um Estatuto da Carreira Docente supostamente "enredado" e não teve problemas em resolver o "problema"... Ficamos falados quanto a metodologia de abordagem de redes... De qualquer maneira, fica o seu justo apelo: "Donde, a parar, teria de ser já. Repito: já. Indo além das pressões num ou noutro sentido e escolhendo aquilo que parece justo."

Pode ser que amanhã...

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