sábado, dezembro 30, 2006
Noites de festa - cuidado com as bebidas
quarta-feira, dezembro 27, 2006
All Saints - O regresso da girls band dos anos 90
terça-feira, dezembro 26, 2006
Ajuda de Berço - "Um colo para cada criança"
Clicar para ajudar:
Como funciona "Um colo para cada criança"?
É simples. Ao clicar no botão "Um colo para cada criança" é remetido para uma página de patrocinadores que realizam uma doação, em dinheiro ou géneros, por cada clique que fizer.
Como é aplicado o dinheiro ou bens doados?
A AR Telecom é a responsável pela gestão dos patrocinadores e entrega dos bens ou dinheiro à Instituição Ajuda de Berço. Após essa entrega, a Ajuda de Berço aplica os recursos obtidos de acordo com as necessidades das crianças aí hospedadas. Para mais informações visite http://www.ajudadeberco.pt/ ou escreva para infocolo@jazzcidadania.org ou info@ajudadeberco.pt.
Porque é que só posso clicar uma vez por dia?
O objectivo dos patrocinadores, para além do sentido de cidadania, é obter visibilidade e visitas nos seus sites. Cada vez que clica no botão irá ser exposto a uma mensagem publicitária. Não haveria interesse, nem para si, nem por parte dos patrocinadores, em fazê-lo ver a mensagem mais do que uma vez por dia. Assim sendo, mesmo que clique várias vezes por dia, só ficará registado um clique por dia.
Como seria possível participar mais?
O seu clique já é uma grande contribuição. No entanto, se desejar apoiar mais a Instituição Ajuda de Berço, clique aqui, e saiba como o pode fazer.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
TLEBS - no sapatinho
Afinal, quem está envolvido na TLEBS foram "os primeiros a dizer que havia aspectos que precisavam de ser revistos, em função da experimentação pedagógica e de pareceres de outros especialistas em ensino do Português." Mas afinal agora ninguém gosta do monstro? Nem os seus criadores? E a que propósito se move um bispo no tabuleiro do xadrês em vésperas do Natal?!
Ficámos ainda a saber que na próxima semana, o grupo de trabalho da DGIDC (Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular) vai entregar um documento sobre a TLEBS à equipa ministerial, e que o Ministério vai pedir "pareceres" (podia pedir um aqui à EC-d-R, até nem levávamos muito...).
O presidente da Associação dos Professores de Português (APP), Paulo Feytor Pinto, confirma que existem erros, mesmo nos diplomas publicados no Diário da República. Ainda assim, não propõe a suspensão, porque é necessário que a TLEBS seja experimentada para ser avaliada, justifica. Feytor Pinto critica a ideia de "experimentação generalizada" a todas as escolas quando a tutela não sabe quem é que está, ou não, a experimentar. "Parece que o ministério está a dar argumentos a quem é contra", lamenta [sem comentários...]
domingo, dezembro 24, 2006
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Título do novo livro de Harry Potter
Mas para obter este troféu, que a Educação Cor-de-Rosa não revela :-p, têm de se mostrar merecedores e encontrar o caminho para o título através de um jogo no site.
Para os mais preguiçosos, aqui fica uma ajudinha:
Go to JKRowling.com. Click on the eraser on her desk.
Boa sorte!
(agradecimentos à HPANA)
Portáteis nas escolas, parte 2
O CRIE (Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escola) responsável pelacoordenação pela Iniciativa Escolas, Professores e Computadores Portáteis, lá deve ter achado que lhe ficava bem dizer qualquer coisa sobre o assunto, sem dizer nada, e enviou um longo email às Escolas para dizer:
1. A culpa foi da DREL - "Maugrado idêntico empenho, a DREL, Direcção Geral de Educação de Lisboa, devido ao phasing-out do PRODEP, confrontou-se com limitações muito significativas de financiamento o que levou a que se optasse por uma distribuição em duas fases"
- Devido ao quê?! Afinal a ideia da DREL (porquê só a DREL?) de dar os portáteis em 2 fases foi devido a um estrangeirismo desconhecido da maioria dos mortais (será um círus?)
2. A culpa foi da da DREL - "Contactada a DREL rapidamente se identificou qual o lapso: em vez da entrega de um pouco mais de metade dos computadores a cada escola, entregaram-se todos os computadores a menos de metade das escolas!"
- Isso já sabíamos. Quem foi afinal responsável pelo "lapso"? Queremos nomes.
3. A DREL não sabia o que fazer - "Infelizmente o mal já estava feito e havia que tomar uma decisão sobre o que fazer (...) Este processo será naturalmente conduzido pela DREL, que entretanto articulará com as escolas a melhor forma de proceder, ficando de qualquer forma o apelo à Vossa compreensão"
- A decisão foi tão ridícula (devolver metade dos portáteis recebidos), que não chegam mencioná-la...
- Contamos com a solidariedade da CRIE, com os portáteis é que não...
- "Eventual perturbação"?! Que ideia, as escolas só estavam a contar com 24 portáteis e não veio nenhum até agora, como é que podem pensar que isso represente uma "eventual" perturbação?! E já agora, os projectos são para executar, quando muito serão reformulados, mesmo sem portáteis... "Colocamo-vos"?! Ah pois colocam-nos, colocam-nos...
quarta-feira, dezembro 20, 2006
A minha Pátria é a TLEBS
terça-feira, dezembro 19, 2006
Mais nada?
Quem fará as provas? Quem as corrigirá? Também vai sobrar para escolas?!
Foge, Manel, que lá vem mais feijão!
19.12.2006
Os testes de língua a que todos os estrangeiros que queiram obter a nacionalidade portuguesa têm de submeter-se vão passar a ser feitos nas escolas. As provas de diagnóstico terão de ser concebidas especialmente para esse efeito, cabendo ao Ministério da Educação a gestão do processo. As novas regras pretendem assegurar que a "aferição do conhecimento de língua portuguesa passa a efectuar-se por meios tecnicamente mais aptos do que os anteriormente previstos", lê-se na portaria publicada na última sexta-feira em Diário da República. Até aqui esta função era assegurada pelo notariado ou secretarias das câmaras municipais de residência do interessado. A lei prevê um modelo de prova destinado aos candidatos entre os 10 e os 14 anos e uma outra para maiores de 14. Os testes nas escolas realizar-se-ão, por regra, de três em três meses. De resto, as normas são semelhantes às dos exames nacionais do básico e secundário, com a realização das provas a ser vigiada por professores especialmente designados para o efeito e quaisquer tentativas de fraude a serem sancionadas com a anulação dos testes. A portaria estabelece ainda que as provas de diagnóstico são classificadas de 0 a 100 por cento, sendo a classificação final expressa em Aprovado (nota igual ou superior a 50 por cento) ou Não aprovado. Os testes têm a duração de uma hora e incluem perguntas de resposta fechada relativas à "compreensão da leitura" de anúncios, notícias ou textos informativos, por exemplo, e uma segunda parte em que os candidatos têm de escrever uma composição com um determinado número de palavras. I.L.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Histórias infantis (e da minha infância)
Há muitos anos atrás, antes mesmo de aparecer a TV em Portugal, os discos em 45 rotações da “Coleção Disquinho” (com 2 histórias cada!) faziam as vezes de dragonball, preenchendo as tardes da criançada (sem aulas de substituição nem actividades de enriquecimento curricular) com histórias cantadas e em verso, com sotaque brasileiro, ilustrando os contos clássicos da literatura infantil. Reencontrei-os agora, via Opus666, agora como audiobooks em MP3.
Imprescindível para filhos, alunos ou apenas para matar a saudade...
Colecção Disquinho - arquivo 1
disquinho 1- Pedro e o Lobo.mp3
disquinho 1- Rapunzel.mp3
disquinho 1- Saci Perer.mp3
disquinho 2- O Patinho Feio.mp3
disquinho 2- O Pequeno Polegar.mp3
disquinho 2- O Soldadinho De Chumbo.mp3
disquinho 2- Os 4 Heróis.mp3
Colecção Disquinho - arquivo 3
disquinho 3- O Chapeuzinho Vermelho.mp3
disquinho 3- O Gato De Botas.mp3
disquinho 3- O Golfinho e o Leão.mp3
disquinho 3- O Leão E O Ratinho.mp3
disquinho 3- O Lobo E Os 3 Cabritinhos.mp3
disquinho 3- o macaco e a velha.mp3
Colecção Disquinho - arquivo 4
disquinho 4- branca de neve e os sete anoes.mp3
disquinho 4- dona baratinha.mp3
disquinho 4- O Burrinho e o Sal.mp3
disquinho 4- O Burro e o Grilo.mp3
disquinho 4- O Cabra Cabrez.mp3
disquinho 4- O Carvalho e o Junco.mp3
Colecção Disquinho - arquivo 5
Disquinho 5- O Burrinho Tró-ló-ló.mp3
Disquinho 5- O Cisne Vaidoso.mp3
disquinho 5- A Lebre E A Tartaruga.mp3
disquinho 5- A Moura Torta.mp3
disquinho 5- Aladim E A Lâmpada Maravilhosa.mp3
Coleção Disquinho - arquivo 6
disquinho 6- A Flautinha Encantada.mp3
disquinho 6- A Formiguinha e a Neve.mp3
disquinho 6- A Formiguinha e a Pomba.mp3
disquinho 6- A Gata Borralheira.mp3
Colecção Disquinho - arquivo 7
disquinho 7- A Bela Adormecida.mp3
disquinho 7- A Bela e a Fera.mp3
disquinho 7- A Cigarra e a Formiga.mp3
disquinho 7- A Festa no Céu.mp3
Colecção Disquinho - arquivo 8
Disquinho 8- Briga no Galinheiro.mp3
Disquinho 8- Dona Baratinha.mp3
Disquinho 8- Pinóquio.mp3
Colecção Disquinho - arquivo 9
Disquinho 9-_O_Bonequinho_De_Neve
Lily Allen - LND
Às vezes a realidade não é aquilo que aparenta...
Pergunta da semana
Porque é que os professores que mandam no Conselho Executivo não dão aulas?
quarta-feira, dezembro 13, 2006
TLEBS - manobras de diversão
Neste estado de assobiar para o ar geral, a ver se a coisa passa, Maria Helena Mira Mateus, a abelha-rainha, escreve um artigo hoje no PÚBLICO onde defende apaixonadamente o "lugar e o mérito do ensino da gramática", que na sua opinião é o que estaria por detrás da discussão em torno da TLEBS.
Não tendo ainda visto ninguém falar contra o ensino da gramática, para que servirá esta manobra de diversão? Para tentar desviar a controvérsia para outro assunto?
- "Sendo claro que a terminologia decorre da gramática que se ensina, e não o oposto, e sendo certo que a gramática de uma língua é constituída pelo conjunto de regras a que obedece o seu funcionamento, é evidente que à medida que se vai aprofundando o conhecimento desse funcionamento a gramática vai sofrendo alterações e alguns dos termos que dela decorrem também vão sendo substituídos."
segunda-feira, dezembro 11, 2006
15 segundos de Sartre
Jean-Paul Sartre, in 'O Ser e o Nada'
problemas técnicos
E a culpa é da clix!
domingo, dezembro 10, 2006
Porque hoje é domingo - The internet is for porn
O original, do musical da brodway Avenue Q (ou mais perto, numa escapadinha a Londres):
sábado, dezembro 09, 2006
TLEBS - tiro no porta-aviões ou submarino ao fundo?
Os destaques feitos por FJV são suficientemente elucidativos para os leigos, os professores de português têm o artigo completo como leitura obrigatória. Por mim, subscrevo:
- "Em conformidade, é como cidadão e como linguista que daqui apelo à Senhora Ministra da Educação no sentido de travar o insano processo já iniciado de experimentação da TLEBS. Em nome do rigor e da qualidade científica e a bem do ensino da língua portuguesa, peço-lhe instantemente que, corrigindo erros de Governos anteriores, suspenda a sua aplicação e nomeie de imediato uma comissão de peritos que faça o ponto da situação."
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Grécia proíbe telemóveis nas escolas
Agora com a generalização dos telemóveis com vídeo, e os disparates daí decorrentes, ainda mais. Teremos que esperar por uma violação ou espancamento em directo no YouTube, aparentemente...
08.12.2006, PÚBLICO
O Ministério da Educação grego decretou ontem a proibição de uso de telemóveis nas escolas, considerando que perturbam o normal funcionamento das aulas. A ordem, assinada pela ministra da Educação, Marietta Giannakou, foi distribuída nas escolas primárias e do secundário de todo o país e tem aplicação imediata.
"Para todos os estudantes, o uso e posse de telemóvel não é permitido no espaço escolar", especifica o texto. "A posse de telemóvel só será autorizada em circunstâncias especiais e o aparelho deverá ser mantido desligado e guardado na mochila do aluno."
Esta proibição surge na sequência do alegado ataque sexual a uma rapariga de 16 anos perpetrado por quatro rapazes numa escola da ilha de Evia, em Outubro. As autoridades suspeitam que o incidente terá sido filmado por um outro estudante, utilizando o seu telefone portátil.
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Regulamento Interno
Proponho um problema à moda da antiga 4ª classe:
Um professor tem 27 horas marcadas no seu horário de 35 horas. Nas duas semanas após os testes, esse professor tem uma reunião de DTs e outra de Departamento, na qual gasta 6 horas, necessitando ainda de 4 horas para preparar aulas. Considerando que o professor tem cerca de 100 alunos, quanto tempo tem para corrigir cada teste?
Ensino de qualidade? Só com o patrocínio dos professores!
terça-feira, dezembro 05, 2006
É Natal...
Ainda hoje na aula de ciências da minha direcção de turma, os fulaninhos estavam-se a portar mal! também, a quem é que lembra por um grupo de miúdos, eléctricos, a ter uma aula de ciências do meio-dia à uma e meia? eu estava roxa de fome e eles deviam estar esfomeados...ainda por cima e tema era o regime alimentar dos animais...pior a emenda que o soneto! bem, para os acalmar disse-lhes para passarem para o caderno uma tabelazinha que estava no livro com as características dos três tipos de dentes! ou seja, era uma tabelazinha de 2 colunas por 4 linhas, a coluna da esquerda mais estreitinha que a da direita, a linha de cima com os titulos...estão-me a entender? spéfácil, certo! bem...amigos...não sei se vos diga se vos conte...A TRAGÉDIA, O HORROR, A DESGRAÇA GRÁFICA...eles não sabiam fazer a tabela, pior, copiar a tabela...eu perdi praí meia hora a explicar, quase um a um, o processo! e rasguei mais de 10 folhas...eles próprios estavam chateados pois reconheciam que devia ser fácil e estava a ser tão complicado...ora o que é que isto me diz? os miúdos têm problemas de motricidade fina! e porquê? FALTA DE TREINO! eu, sinceramente, não sei o que é que eles andam a fazer no 1º ciclo! já ouvi várias professoras do 1º ciclo dizerem, em tom de queixa, que não podem puxar pelos meninos porque não têm autorização para...atão mas onde é que isto já se viu? uma criança tem que chegar ao 2º ciclo com três competências bem desenvolvidas:
Pergunta da Semana
segunda-feira, dezembro 04, 2006
15 segundos de Fernando Pessoa
A inacção consola de tudo. Não agir dá-nos tudo. Imaginar é tudo, desde que não tenda para agir. Ninguém pode ser rei do mundo senão em sonho. E cada um de nós, se deveras se conhece, quer ser rei do mundo.Não ser, pensando, é o trono. Não querer, desejando, é a coroa. Temos o que abdicamos, porque o conservamos sonhado, intacto, eternamente à luz do sol que não há, ou da lua que não pode haver.
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'
domingo, dezembro 03, 2006
À beira de um colapso...
Brilhante ideia
Segundo o Hospital e a versão de alguns alunos, isso deveu-se a uma planta do recreio que os miúdos usaram para brincar.
Perante isto a professorazinha do conselho executivo daquela escola disse "os miúdos viram a planta e tiveram a brilhante ideia de esfregar-se nela. Mas isto é uma planta que se encontra em muitos jardins públicos...". Fez-me confusão aquela expressão "brilhante ideia", dita de um modo prejurativo e acusador.
Se calhar era melhor terem a "brilhante ideia" de tirar plantas que nos fazem mal das escolas portuguesas e de "muitos jardins públicos"...
sábado, dezembro 02, 2006
TLEBS - a proposta de Salomão
- "Ironicamente, os linguistas não são capazes de comunicar com a comunidade. Mas não lamentemos demasiado os académicos, que só têm de se queixar pelas suas culpas, principalmente quando a impotência desliza para o "não falem do que não sabem", como fez Maria Helena Mira Mateus. Os académicos têm de entender que, quando está em causa a generalização dos seus saberes, não só é natural como desejável que as pessoas acabem "falando do que não sabem". Ou falamos todos do que não sabemos, ou sucumbimos à ditadura tecnocrática - e se os especialistas querem ajudar ao debate a melhor maneira de o fazer não é exigir-lhe que termine."
Mas a nota fundamental não é essa, mas sim aquilo que já todos perceberam:
- "Além de que, se os linguistas tivessem pensado no resultado final, teriam feito bem em trabalhar menos e não mais: a TLEBS desce efectivamente a um nível minucioso que, como se viu, atrapalhou mais do que ajudou. Se eu fosse linguista, teria especial cuidado com este particular, porque já se chegou ao ponto em que Vasco Graça Moura conseguiu convencer as pessoas de que o linguista é o inimigo da língua e abomina a literatura.
A proposta de divisão do português de Rui Tavares:
- "De um lado, teríamos a Literatura, não só pelo benefício que dela resulta para a língua, mas reconhecendo a centralidade das letras na cultura universal. Os clássicos da literatura em Língua Portuguesa continuariam a ser o núcleo fundamental desta disciplina, mas tampouco há razão para excluir dela alguns clássicos fundamentais em tradução."
- "Do outro lado, a Linguagem. Mais uma vez, o eixo central seria a Língua Portuguesa, mas não nos deteríamos aí. Desde os saberes clássicos com contributos pragmáticos - a retórica, a gramática e a dialéctica - à análise de discurso, à construção de argumentos e às distinções entre fonética, morfologia e sintaxe."
Para os linguistas, sugestões destas servem perfeitamente os seus propósitos, na linha do que já conseguiram para o ensino secundário, em que empurraram a literatura para uma disciplina opcional, que nem sequer é necessária para entrar num curso de línguas e literaturas modernas, enquanto na disciplina de português se analisam regulamentos e se vão lendo textos dos média (vulgo ler as gordas dos jornais) e coisas tais, para chegarmos à legitimação pelo uso... Percebestes?
sexta-feira, dezembro 01, 2006
TLEBS - a sua polémica diária
A doutoranda Helena Soares voltou a escrever ao director do PÚBLICO, comentando o artigo de 4ª feira de Helena Buescu (ver comentário na ECdR). Reparei que deixou de assinar como doutoranda, talvez os préstimos que tem dado à Causa tenham acelerado (talvez tenham mesmo sido) as suas provas de doutoramento, ou então decidiu baixar o perfil para contrariar a acusação recorrente e generalizada de arrogância.
Será que funcionou?
- "Que reacção paranóica, que mania da perseguição é esta?"
- "Tretas! Foi precisamente por isso que se fez a TLEBS."
- "foram os professores de Português dos departamentos desses níveis de ensino que tiveram a iniciativa de rever os termos usados para o ensino da gramática da língua".
Que pena que não reaja da mesma maneira aos pedidos para os portáteis, professores para as prisões, pavilhões desportivos, ou mesmo papel higiénico. Prioridades são prioridades! E bolas, parece um tratamento de choque: senhor doutor, doi-me um bocadinho a cabeça, podia receitar-me uma aspirinazinha? Qual que, mulher, tome lá uma marretada na cabeça! Tomem lá, para aprenderem a ficar calados!
A pérola escondida do seu texto, que mostra o lobo por baixo da pele de cordeiro desta classe dos linguistas é:
- "Há alguma razão para se acreditar que os "intelectuais" e estudiosos da literatura são referência quando se fala de regras da língua? Pelo que se viu até agora, não"
Eduardo Prado Coelho, um pouco mais à frente no PÚBLICO, dedica o seu texto de hoje à brevemente-numa-direcção-geral-ou-cátedra-de-linguística-perto-de-si-(doutoranda)-Helena Soares, descascando a sua carta anterior.
Também ele se surpreende com os 15 mil que teriam feito a TLEBS (quantos a terão pedido, além do presidente da APP?)
- "Que esta terminologia, a famosa TLEBS, tenha sido feita por 15 mil professores, gostaria de saber com que secretismo isto aconteceu. Conheço escolas em que todos os professores de Português estão contra e nunca ouviram falar neste perturbante número de 15 mil."
- "Trabalhem à vontade, mas não se esqueçam que ensinar não é a mesma coisa que trabalhar em Linguística e fazer de alunos, que resistem à própria leitura, cobaias indefesas de uma experiência científica."