quinta-feira, maio 31, 2007
Ora aqui está uma boa ideia!
Dizer que os professores estão dispensados da componente não-lectiva neste período é uma piada; quer dizer que não preparam aulas, corrigem os testes dos seus alunos e tratam dos milhentos papéis com que a burocracia crescente vem impingido?! Até era uma boa ideia, pôr tudo de lado, mas mesmo tudo, sempre tinha um efeito engraçado na vida das escolas...
Não há palavras caras - Estudar
Deus me livre.
Só para dizer que hoje não me posso pôr com os discursos e lengalengas para palavras...
Teste de Filosofia... Another time!
E terça há outro para animar o pessoal! Filosofia é uma festa!
Sorry!
'té para a semana!
Teuria dus Numaros
Hummm, por onde hei-de começar?...deixa cá ver...hãããã...(é que não me apetece contar o que me aconteceu ontém na aula de hortofloricultura...foi muito mau...)...pois...não se me ocorrem nenhumas ideias...a SmartizZ é que foi esperta! Escolheu as palavras caras...bem, eu, ultimamente tenho levado com palavras bem baratuxas, daquelas que toda a gente diz quando está com os azeites!!! E não me apetece falar de matemática...estou à espera dos resultados das provas! Pois, não me chamaram para corrigir...por um lado fico agradecida porque era trabalho de escravo, mal pago e, para mais, segundo me disseram, os critérios não são dos melhores...por outro gostava de lá estar para ver os critérios, hehehe!
Mas a de Língua Portuguesa também não se ficou atrás, na facilidade...
Eu, sinceramente, não percebo porque é que o Ministério perde tanto dinheiro e tempo com estas coisas...não há coisas mais importantes a resolver? Ainda por cima, vem a comunicação social dizer, na véspera, que a nota das provas não contava para efeitos de passagem de ano lectivo...se fossem dar uma curva! Santa paciência...desbocados...andamos aqui nós a motivar os alunos a responderem com entusiasmo e responsabilidade, entre outros adjectivos (porque agora só se me ocorrem estes...), e aqueles morcões descozem-se todos...
Ai keredo, isto não sai mesmo nada de jeito...
Mas eu até posso explicar..é que estou com o "esférico" a funcionar para o espectáculo do encerramento do ano lectivo...até ando a acordar antes do despertador...k stress!
...este post mais parece um daqueles artigos para a revista Maria...só falta perguntar "o meu namorado espirrou para cima de mim..tem sinosite, coitadinho...ficarei grávida?"...tou mesmo a ver a resposta..."querida leitora, depende do sitio para onde o seu namorado espirrou, bem como dependo do tipo de espirro! De qualquer forma, se estiver grávida, aconselho desde logo Allergodil para a criança...óptimo para a sinosite!"...
...ou então parece "o Diário de Marilu"...eu no 12º, devido ao maravilhoso corte de cabelo que usava, era a Marilu, a famosa personagem d´"o tal canal"...e dava cada grito...(tadinha...e nunca melhorou muito!!! aliá, a tendência é para piorar com a idade...)
Bem, chega, certo! Se não sou despedida e isto a vida tá má e não se pode perder um tacho destes...apesar de ser à borla, em regime de voluntariado!
Beijinho Bom para vocêzes todinhos!!!
Chuuuuuuuuaccc!
quarta-feira, maio 30, 2007
terça-feira, maio 29, 2007
Pergunta da Semana
segunda-feira, maio 28, 2007
A destruição do sistema segue dentro de momentos
Ficámos muito mais descansados. Afinal são só 900...
Para o ano há mais (ou será que há menos?!)
domingo, maio 27, 2007
Quando pior, melhor
- "O número de professores por departamento e a diversidade das suas especialidades obriga que sejam designados outros professores titulares para serem avaliadores, além do coordenador de departamento. Todos estes professores titulares também estão sujeitos às quotas na classificação que lhe é atribuída.
Quanto mais alto classificarem os professores, menor será a probabilidade de obterem a classificação Muito Bom e Excelente. Quanto mais baixo classificarem os professores, maior será a probabilidade de obterem essas classificações que dão direito ao prémio pecuniário.
Pode dizer-se que quanto pior,… melhor!"
- "Os professores titulares avaliadores, e serão vários em cada escola, são parte interessada na avaliação que atribuem aos professores, podendo tirar benefícios financeiros por atribuírem classificações baixas. Estamos perante uma situação em que o avaliador beneficia se o avaliado tiver uma classificação baixa."
sexta-feira, maio 25, 2007
Resposta ao bom post
A minha resposta:
A Educação centrada no Aluno não dá assim tanta margem de escolha aos alunos. Os alunos não podem escolher se querem ou não estar na Escola. Nem as famílias. Porque não cabe só aos alunos e às famílias a educação.
Tem de ser a Escola a educar. E tem de educar segundo os valores que quer que a sociedade futura tenha. Quais são esses valores? Para mim, tem de se educar à liberdade, responsabilidade, cidadania, democracia, respeito pelos outros etc...
Como é que se educa para a liberdade? Dá-se liberdade. Dá-se rédea. Dá-se espaço ao aluno. Se o aluno gerir bem essa liberdade, tudo bem. Poderá, inclusivamente, dar-se ainda mais liberdade. Se, pelo contrário, o aluno não corresponder, retira-se a liberdade e passa-se a exigir responsabilidades. Essas responsabilidades poderão passar (em casos graves) por expulsão, multas, internato etc...
A Educação centrada no Aluno implica uma mudança de atitude em relação à escola. O Aluno não é um meio. É um fim. É o objectivo da Escola.
Voltando à questão da liberdade: um aluno que não queira estar na sala de aula é muito prejudicial.
Um aluno que não quer estar na aula e não vai, prejudica-se (ou não). Um aluno que não quer estar na sala de aula e é obrigado a ir, prejudica-se a si e prejudica todos os outros, mesmo aqueles que querem lá estar. Então, damos prioridade aos interesses do aluno que não quer ir à aula, por obrigá-lo a ir? Ou damos prioridade aos interesses do aluno que quer estar na aula?
Temos de ter prioridades. Segundo este modelo, ajuda-se o aluno que quer estar na aula, por dar-lhe uma aula onde só lá está quem quer.
Ajuda-se também o que quer faltar às aulas. Como? Bem, em primeiro lugar porque lhe fazemos a vontade... Depois, por exigir as responsabilidades, que incluem aulas de apoio, ajudamo-lo a compreender que tem de acordar para a vida. Mas atenção: claro que este sistema dá prioridade aos interesses do aluno que quer estar na aula. Os interesses do que usa mal (ou não) a sua liberdade estão postos em segundo plano. Mas ainda assim constituem um plano.
É como digo: o sistema está podre, e tem de ser substituído por outro, que incuta os valores que queremos para o futuro. É aqui que o seu modelo (desculpe lá... não sei como lhe chamar) e o meu divergem. Nos valores que queremos para o futuro.
Nota: quando digo "prejudica-se (ou não)" e "usa mal (ou não) a sua liberdade", utilizo o "ou não" porque um aluno que falta a algumas aulas pode ter boa nota. Hipoteticamente.
A avaliação contínua é uma hipocrisia e as aulas deviam contar muito pouco na nota do aluno. Os conhecimentos devem ser avaliados por testes, provas e exames. Vou escrever sobre isso para a semana, e a Pergunta da Semana de Terça-Feira vai ser sobre isso.
Resposta ao mau post
Neste post, Range-o-Dente usa uma táctica antiga: pega num caso isolado, que indigna qualquer um, e mistura-o com uma reflexão sobre os valores da Escola, na tentativa de alastrar a indignação à teoria da Educação centrada no Aluno.
O acto destes alunos não é, a meu ver, producto do modelo de ensino. É producto de outras coisas. Mas, a ser culpa da Escola, é culpa do actual sistema. Não é, de certeza, de um sistema que só existe em teoria (tanto assim é que Range-o-Dente chama-lhe uma teoria do "planeta dos gambosinos").
A Educação centrada no Aluno, actulmente, em Portugal, não existe. Não a culpem de nada que tenha sido feito, porque ela não existe.
No fundo, o que Range-o-Dente quer dizer é: É nestes gajos que querem centrar a Educação?
Generalização. Outra táctica antiga.
Como podem os rapazes vencer as raparigas em Matemática?
- Researchers from three U.S. universities found that the threat of stereotypes could create worries that undermined the women's short-term memory system needed for problem solving. "The women start worrying about screwing up which uses up important short term or working memory which could otherwise be used performing the task," said Sian Beilock, assistant professor in psychology at the University of Chicago and lead investigator in the study.
Será que isto explica os problemas com as contas que a ministra costuma fazer?
Galerias sobre ensino do PÚBLICO
Melhor galeria sobre ensino Joana Paixão Brás Rui Carvalho e Silva | |
Menção honrosa Inês Gonçalves Marina Chiavegatto | |
Menção honrosa Pedro Pin |
quinta-feira, maio 24, 2007
Não há palavras caras - Sexualidade
Pelo menos metade da população portuguesa (não tenho dados internacionais) ouve falar em sexualidade e escandaliza-se.
Que a nossa geração é muito virada para essas coisas e que é uma pouca-vergonhice.
Essas pessoas estão a falar de sexo, e não propriamente de sexualidade.
Sexualidade é muito mais profundo que o sexo ou que qualquer relação passageira! Sexualidade é a descoberta mutua, é o auto conhecimento...
Sexualidade tambem se relaciona com a filosofia! Inclui aquelas perguntas muito próprias do "quem sou" e "o que quero"! E é também muito afectada pelas condicionantes sociais! Existem sociedades que levam a sexualidade como um processo imoral que deve ser punida e reprimida!
Eu cá acho isso mal! Uma coisa é o sexo só por prazer, apenas como uma necessidade fisiológica (prostituição e mães-barrigas de aluguer), e é isto que as pessoas tomam como sexualidade... é prático, simples e não chateia ninguem. Outra coisa diferente é o auto conhecimento. sexualidade pode ser individual! não é cá preciso acompanhantes!
Tive um bom professor de formação civica o ano passado...
quarta-feira, maio 23, 2007
Teuria dus Numaros...dos numaruzinhos pititizinhos...
...este "olá" tem que ser lido assim de uma forma muito docezinha...muito pititizinha...aliás todo o texto deve ser lido duma forma muito pititizinha "puke hoxe a tade foi paxxada com qianxas muto pekenininhas..." 8-)
Pois é, está a decorrer a Oeste Infantil, em Torres Vedras! A uma versão mais moderna do Portugal dos Pequeninos! Neste caso é de Torres Vedras dos Pequeninos! O tema do evento é o Município de Torres Vedras!
Amigos e amigas (pareco a Yvette Máriza, a conselheira do Tal Canal!!) ESTÃO ALI MUITAS HORAS DE DEDICAÇÃO À CRIANÇA...se ainda dizem que não há pessoas a trabalhar com gosto para o ensino (apesar daquelas coisas todas horríveis de que todos nos queixamos...) então vão visitar a Oeste Infantil!
E já agora deixo aqui uma pergunta no ar, se calhar dirigida ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara de Torres Vedras: Ó Sr. Presidente porque é que não convidou uma televisãozita para fazer a reportagem? Era giro, não acha?
Em 2005, na escola onde eu estava, queriam que eu envergasse um fato de princesa...o que não é propriamente o fato que me favorecia mais na altura...nem agora...mas daqui a uns meeeeses talvez... B-), para receber os meninos no stand da escola, o qual era alusivo ao Castelo de Torres Vedras! apareci lá à civil, armada em mete noijo...
Em 2006, na mesma escola, o tema era o Convento da Graça, e aí, sim, fui fizeram-me um fato de frade frnaciscano...ficava-me a matar...parecia o Darth Vader, da Guerra das Estrelas!! Mas como andava sempre aos saltos e a rir as criançinhas não se assustaram! antes pelo contrário!!! Foi só rir!
Este ano estou noutra escola! A única coisa que me pediram para vestir foi a t´shirt da OI, já que todas as educadoras a envergavam! Amigos, deviam fazer umas t´shirts a contar com professoras assim a atirar para o holandês, alemão, nórdico, tão a ver?...Ora como eu ía spéxike, com uma túnica, como é hábito, a bela da t´shirt foi colocada em jeito de babette! Spéadequado à ocasião!
...mas isto hoje tem muito para contar...vou fazer outro parágrafo para não ficarem com os olhos cansados...
A minha escola (os da outra escola se estiverem a ler isto já estão a dizer: "olha-me esta porkeira a dizer a minha escola...já nos esqueceu..já se passou..."...NUNCA!!!) tem como tema o Parque Verde da Várzea! Ora no dito parque existe um Centro Ambiental onde se fazem actividades destinadas a proteger o ambiente, havendo muita inter-acçao com os alunos das escolas do concelho! Então na maquete da escola, para alem de todas as áreas do parque que estão lá representadas, está lá uma casinha de madeira, spépititi onde entram grupinhos de 6 a 8 pequeninos para que lhes seja contada a história do Formigueiro...quem manda no formigueiro, quem lá trabalha, etc! Até tem um formigueiro em vidro e umas formigas lá dentro, com uns bocadinhos de pão...brutal! (e uns cadáveres de formigas, também!!)
Então quando aqui a Je chegou, mais uma colega spémãe, foram logo as duas recambiadas para a dita casinha! Assim que lá nos metemos dentro (senti-me qual Gulliver em Liliput...), apareceu um grupinho de pequeninos, 4 anos de idade..que delicia! Ora a minha colega que tem uma pequenina de 4 anos contou a história de uma tal maneira que o meu queixo caiu...tão fofuxa que ela foi! Os pequeninos estavam hipnotizados com a história...senti-me minuscula...
Bem, esse grupinho foi embora mas...já estava outro à porta para entrar...e a minha colega diz-me "agora é a tua vez!"...então sentei-me na cadeira onde eles se deviam sentar, eles ficaram ali de pé à volta (qual avó com a sua ninhada de netos...) e...meu Deus, não sabia como começar!!! a minha colega salvou-me! E eu lá me fui desenrascando, com perguntas, palminhas, risos, etc...adorei, achei o máximo!
Mas como a casinha era muito pequenina, começaram-se-me a dar uns calores e uns ataques de claustrofobia que tive que sair...
Ora quando saio, quem estava a passar? A escolinha de Bombos!!!
Bem, foi o histerismo completo! Porque aqui a Je não descansou enquanto não teve pendurado às costas ("a hiper-lordose que se lixe...") um brutal bombo gigante! E com um partenaire especial a acompanhar-me, o meu colega Xico Soares!!! O mestre deu-nos os acordes e a banda passou...
"estava à toa na vida
o meu amor me chamou
pra ver a banda passar
cantando coisas de amor
a minha gente sofrida
despediu-se da dor
pra ver a banda passar
cantando coisas de amor..." Xico (o Buarque), desculpa se a letra estiver mal...saiu-se-me assim mesmo!
Claaaaaaro que não foi isto que eu, moi, toquei (pretenciosa...)...mas que foi muita fixe foi!
E aqui fica mais um numaro nesta teuria, que desta vez é para menores compreendidos entre 3 e 6 anos de idade...
Adeuxinho!!!
Lamaçal
Mas no que se baseia a crítica (seguida de insultos) de Range-o-Dente? No eu chamar "modelo" à sua "Possível saída do lamaçal". Claro que Range-o-Dente não tem um modelo. Para ele a escola é como é, e qualquer pensamento sobre a Escola ideal ou o modelo a seguir é uma coisa do "planeta dos gambosinos". Não percebe que só se podem fazer as medidas pontuais se se tiver um modelo de escola ideal a seguir (uma bitola), que poderá ou não ser alcançado.
Reparem que a sua crítica resume-se ao apelidamento de "modelo". Para Range-o-dente um modelo, um ideal é uma coisa má, a evitar.
Acusa-me de "colocar na minha boca coisas que eu nunca disse".
Vejamos:
O que eu disse sobre o modelo de RoD: "Modelo da Educação segundo Range-o-Dente:"
O que foi dito por RoD: "Já agora: desafio-o a fazer um comment no seu blog sobre a Escola ideal para si. " Aqui vai:" e depois começou o texto. Ele disse "aqui vai [o comment sobre a Escola ideal]"
O que eu disse sobre o modelo de RoD: "Dá-se disciplina."
O que foi dito por RoD: "o único caminho trilha-se pela subida de fasquias e a primeira fasquia será a da disciplina." Dúvidas?
O que eu disse sobre o modelo de RoD: "Se o aluno for bem disciplinado e aprende bem, sobe-se a fasquia, pedindo ainda mais disciplina."
O que foi dito por RoD: "Com uma subida regular de fasquia em relação ao comportamento e ao aproveitamento as coisas melhorariam gradualmente." Ah, totalmente diferente...
O que eu disse sobre o modelo de RoD: "Se o aluno não corresponder, "salta"."
O que foi dito por RoD: "Subindo ligeiramente a fasquia ‘saltariam’ alunos" Pois...
Parece-me que não corrompo as frases de RoD. Não transcrevi o seu texto. Resumi-o às ideias essenciais e comparei-o com o meu modelo.
No essencial, RoD não diz nada. Critica e insulta. E insulta melhor do que critica.
ASSIM «FALHAMOS A VIDA, MENINO»
ASSIM «FALHAMOS A VIDA, MENINO»
«Impressionam os números da adesão ao programa governamental Novas Oportunidades: mais de 250 mil querem certificar-se com o ensino básico e cerca de 75 mil com o secundário. E mais impressiona se recordarmos que, há escassos meses, o tema foi destaque repetido na imprensa, após inquérito de âmbito europeu, por sermos os que menor disponibilidade manifestávamos para regressar à escola e menos valorizávamos a necessidade de formação ao longo da vida. Neste quadro, faz sentido perguntar: que terá acontecido, para tão grande mudança de atitude, em tão escasso tempo?
Da multiplicidade de factores que integram uma possível resposta, destaca-se o oportunismo e a leviandade com que se procura popularizar e facilitar o que suporia trabalho acrescido e sacrifício pesado. O decoro profissional aconselha a não descrever como, em muitos centros, meia dúzia de meses, a tempo parcial, chegam para certificar o conhecimento que exige, no quadro tradicional, cinco anos de escolaridade, a tempo integral. » [Público assinantes]
Parecer:
Santana Castilho é bem capaz de ter toda a razão, pelos números ou os trabalhadores tiveram um vontade repentina de estudar ou tirar o 12.º ano passou a ser mais fácil do que fazer o exame do código. Corremos um sério risco de ver alunos abandonarem a escola para depois recorrerem às "Novas Oportunidades" para obterem o diploma de foram ainda mais fácil do que sucedeu com a licenciatura de Sócrates.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
terça-feira, maio 22, 2007
Diferentes modelos de Escola:
Ver label "Educação Centrada no Aluno"
Modelo da Educação segundo Range-o-Dente: Dá-se disciplina. Se o aluno for bem disciplinado e aprende bem, sobe-se a fasquia, pedindo ainda mais disciplina. Se o aluno não corresponder, "salta". Ver link
É escolher...
Pergunta da Semana
segunda-feira, maio 21, 2007
Perfeito, perfeito...
Achei deliciosa a designação de "domínio perfeito" da língua portuguesa, o que, a ser aplicado à generalidade dos actuais docentes portugueses, certamente que mandaria boa percentagem para casa...
Não tendo o Português como língua materna, parece-me bem que se exija a educadores, professores do 1º ciclo e professores da área de línguas o nível C2, o mais elevado do quadro comum de referência para as línguas (utilizador proficiente).
Já a exigência do domínio do nível B1 (utilizador independente) para os grupos de Artes Visuais, Música e Educação Física me parece francamente pouco:
- B1 - É capaz de compreender as questões principais, quando é usada uma linguagem clara e estandardizada e os assuntos lhe são familiares (temas abordados no trabalho, na escola e nos momentos de lazer, etc.) É capaz de lidar com a maioria das situações encontradas na região onde se fala a língua-alvo. É capaz de produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal. Pode descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como expor brevemente razões e justificações para uma opinião ou um projecto.
Será isto uma escola de qualidade? Ou será uma maneira simples de preparar um dumping educativo, preparando terreno para importar mão-de-obra barata para "dar aulas", mesmo com um domínio sofrível da língua portuguesa?
Citação da Semana
Armando Leandro (presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco) in Público
domingo, maio 20, 2007
sábado, maio 19, 2007
Má sorte ter nascido p***...
- "Colocado perante a lei das incompatibilidades e as contradições existentes entre o que Sócrates disse o que consta do Diário da República, o gabinete do primeiro-ministro reagiu assim: "Nada a responder"."
- "A directora regional não precisa as circunstâncias do comentário, dizendo apenas que se tratou de um "insulto feito no interior da DREN, durante o horário de trabalho". Perante aquilo que considera uma situação "extremamente grave e inaceitável", Margarida Moreira instaurou um processo disciplinar ao professor Fernando Charrua e decretou a sua suspensão. "Os funcionários públicos, que prestam serviços públicos, têm de estar acima de muitas coisas. O sr. primeiro-ministro é o primeiro-ministro de Portugal", disse a directora regional, que evitou pormenores por o processo se encontrar em segredo disciplinar."
sexta-feira, maio 18, 2007
Marketing de causas
Bom post de Daniel Oliveira sobre o cartaz anti-homofóbico da JS:
"Na divisão de tarefas partidárias, costuma ficar para as "jotas" as mal chamadas "causas fracturantes". Ficamos sempre na esperança que, quando chegarem ao partido, estes jovens imponham as suas ideias. Nunca acontece. Porque, na verdade, trata-se apenas de chegar ao público alvo. Ainda hoje Sócrates tem medo do debate sobre o casamento entre homossexuais, assunto arrumado na vizinha Espanha. Até o divórcio parece causar incómodo.
Daniel Oliveira in Arrastão
O não-argumento
O facto de existirem alunos mal comportados, mal-educados, arrogantes, vai-à-merdistas etc... não é argumento contra a Educação Centrada no Aluno. Pelo contrário. É um facto que atesta a necessidade de mudança de sistema. É sinal de que algo está mal e que este modelo não é adequado.
Como já disse, proibir uma coisa não é necessariamente a melhor maneira de a combater. Um sistema com maior liberdade pode ter (na minha opinião, tem) benefícios.
A Educação centrada no Professor e no Conhecimento, que tem sido o modelo dos últimos 100 anos, produziu maus alunos, maus cidadãos. Obviamente que tudo isto não tem como único responsável o sistema de ensino. Os pais, a infame TV, a maldita internet, a falta de causas etc... são também responsáveis. Por isso mesmo, a Escola tem de educar aquilo que o resto deseduca. A TV ensina o "seguir as modas", o consumismo, o carneirismo... A internet, para muitos, não passa de Hi5, MSN, Youtube e Wikipedia para os trabalhos. Tudo apela à submissão e ao não-exercício da liberdade: pais, TV, net e o resto do mundo.
A escola tem de ser local de liberdade e responsabilidade. Tem de ser lugar de formação de cidadãos livres e não um mero local de trabalho para professores e continos, ou uma instituição que se limita à transmissão de conhecimentos.
Foi este sistema que criou esta geração. Quem está mal, muda.
quinta-feira, maio 17, 2007
Não há palavras caras - Racismo
O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Hitler, por exemplo, é um grande exemplo do racismo e das suas consequências.
Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de carácter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros é numa sociedade que, na minha opinião, ou não está bem informada ou então é simplesmente má.
O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré -concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial, tal como a religião, o tom de pele...
A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade (daí o meu exemplo do Hitler... mas infelizmente existem muitos mais!).
Para mim, este tipo de atitudes é um reflexo do sentimento de inferioridade que a maioria das pessoas sentem... Umas tentam compensar fazendo qualquer coisa util para que possa sobressair positivamente no meio da sociedade, outras inferiorizam os outros para se sentirem superiores e serem notados, se bem que não seja pelas melhores razões!
O racismo, para os lesados, pode levar a depressões, a tentativas de suicidio e ao isolamento da sociedade com medo de represálias.
Não, na minha turma estamos todos muito equilibrados... Sempre estive em turmas onde havia pessoas de outras nacionalidades ou raças e acho que isso me ajudou muito a ter uma visão mais aberta sobre este tipo de problemas...
Teuria dus Numaros...(hoje tou lançada!!!)
Eu explico! é que ontem não vos deixei nenhum desafio para o neurónio! Nem parece meu...que disparate! (loool) E como andei aqui nas arrumações, descobri uns exerciociozinhos muito fixes...
Então vá! Descubram!
"O importante é não deixar de fazer perguntas." A.Einstein
Um dos amigos é atlético e demora 1 minuto a atravessá-la; outro, também atlético, demora 2 minutos; o mais gordito demora 5 minutos e o fumador demora 10.
Podem atravessar dois a dois mas sempre com a lanterna.
Como devem fazer para passarem todos e não caírem nos buracos?
Nota: a lanterna ilumina menos de metade da ponte; ao atravessá-la os amigos têm de levar sempre a lanterna acesa e esta não pode ser atirada de um lado para o outro da ponte.
Praxes...BAHHHH!
Nada como no meu tempo...deixem-me contar!! Foi no ano de 1984! creeeedo...que kotinha...uns camolas do 4º ano QUERIAM-ME OBRIGAR a subir para uma mesa para cantar o hino de Portugal...vejam só a simplicidade e a inocência!
E eu? RECUSEI-ME, claro!
E o que é que me aconteceu? NADA! Claro que me chamaram logo "trombuda, antipática, corte, atrasada, e blábláblá..." mas não levaram a deles! Mas também não me tocaram porque havia uma coisa que hoje não há...respeito pela diferença!
Aos poucos lá me foram conhecendo e eu aos outros mil-e-não-sei-quantos do meu rico ISCTE e o que é certo é que no ano a seguir estavam-me a pedir para fazer de enfermeira para montar uma enfermaria falsa...eu ía fazer os toques...achei um escândalo! Não sou puritana mas acho essas brincadeiras uma verdadeira estupidez! Que se brinque sim, mas sem violência e sem pornografia! Isso fica para outros filmes...
A cena mais gira que os do 4º ano fizeram, e que todos os caloiros de 84 caíram que nem patinhos lerdinhos, foi um gaijo curtidissimo, o Paulo Pinto (se leres isto considera-o um grande abraço de saudade daqueles belos tempos) aparecer todo engravatado, com um paleio absolutamente incrível numa aula de História Económica e Social...até tirámos apontamentos!
Mas o mais engraçado é que eu via aquela figura a jogar às cartas (ai o que nós jogávamos às cartas naquele bar...campeonatos de King...fui a exame a 3 cadeiras por me baldar às aulas no 1º ano...para jogar king...) no bar e achava que devia ser um professor muito fixe...quando eu descobri que era um camolas super-repetente que estava a fazer cadeiras do 1º ao 4º ano, passei-me! que figura mais carismática! e havia outras! Foram 5 anos muito bem passados!
E durante esses 5 anos as praxes "evoluiram"..para pior! Cada vez com mais falta de respeito!
É triste!
O meu irmão entrou para o IST em 1991 e queriam obrigá-lo a dar duas voltas à volta do técnico, em cuecas, num dia em que, por acaso, estava a chover...azar...também não cumpriu...mas já foi ameaçado! Mas ninguém lhe tocou!
Há brincadeiras giras que se podem fazer sem magoar ninguém...por isso, que se façam praxes, porque é um baptismo único mas, SEM VIOLÊNCIA!
quarta-feira, maio 16, 2007
Teuria dus Numaros
É complicado relatar a situação! Aliás, aquelas aulas SÓ MESMO FILMADAS, mas quando correm mal! Porque têm dias. Por exemplo, na semana passada, estava um calor de morrer e como não dava para andar nos jardim da escola a arranjar as cenas da horta, a 2ª parte da aula foi passada a...saltar à corda, à sombra! Exactamente! Ideia aqui da JE! E correu de tal maneira bem que eles hoje queriam outra vez, claro! Dou-lhes "maus exemplos" e depois é que são elas! Mas eu acho que faz falta àquele tipo de miúdos terem umas catarzes fixes de vez em quando...pena não perceberem quando devem parar...mas isso é uma coisa que lhes é inerente dada a sua carência afectiva! E é mesmo muita!
O problema é quando uma gaija, que tenta ser professora de hortofloricultura e silvicultura, diz a um gaijinho de 14 anos, com brinco à cristiano ronaldo, cabelo empastado em gel, a contrariar a lei da gravidade, de calças abaixo do rabo, mal educado a todo o tempo (e podia continuar com os belos adjectivos...), que estava a fazer duma mesa do bar um plinto daqueles onde os atletas chineses nos jogos olimicos fazem NNNNNN acrobacias só com uma mão (sabem o que é? não sei bem como se chama...sei que o camolas estava armado em ataleta...)...já se perderam...eu disse para o camolas muito calma "menino, vamos para a aula, tá!" e ao dizer isto...
(porque tive que o repetir algumas 3 vezes, e à 3ª já estava a desatinar porque ele não largava a bendita da mesa...sabem para que é que estava aquela mesa no pátio? para o juri do concurso do Diabo...aquela cena que rola numa corda...agora é moda!! um filme...entram na aula a rolar aquilo, saem da aula a rolar aquilo, fazem quase tudo a rolar aquilo...parece que estamos no Chapitô, não desfazendo no prestígio e qualidade do ensino do chapitô que é de facto muito bom)
...peguei-lhe no braço!!! BEM, o camolas eriçou-se todo "Você não me agarra"...e eu repeti a ordem... e o camolas vira-se aqui prá Je e responde...estão preparados..é baixo nível...aí vai..."VAMOS PRÁ AULA UMA MERDA!"...bem, eu agora dá-me vontade de rir mas, na altura, tive um vómito e pensei "meu Deus, o que lhe faço?"
Agora lembrei-me daquele episódio em que a amiga da tia Maximiana, interpretado pela Margarida Carpinteiro no Humor de Perdição, vê o Azevedo Perdição , o Hérman, e pensa - mas nós, público, ouvimos em voz alta o que ela pensa - "ai que home tã lindo...parece um leitãozinho da bairrada...que lhe faço?...beijo-lhe a boca ou apalpo-lhe o cu...levo-o mas é de volta comigo pra a merdaleja e até me pode bater 2 vezes por semana...e se se portar bem, até pode bater 3"...
Claro que não era própriamente para a Merdaleja que eu queria trazer o camolas do brinco...bem, terra para lavrar aqui é que não falta...mas não!
Ora virei-me para o camolas e disse-lhe, com um tom de raiva reprimida "És um ordinário mal-educado! Desaparece imediatamente da minha frente!" Nem me cheguei mais...senão havia sangue...e não foi a primeira vez que o camolas se passou comigo e eu com ele...mas nunca me tinha mandado à merda...quando contei à minha presidente, ela virou-se para mim e disse "que pena ele não te ter batido...era logo expulso..."...ó pra mim a fazer de cobaia...e se o camolas pegasse numa naifa? Creeeeeeeeeeeeeeeeeeeeedo!!!
Logo a seguir aparece outro colega que estava a beber um sumo e, em ar de provocação, para apoiar o colega, desata a falar comigo e a arrotar...(pior que isto só mesmo FEIOS, PORCOS E MAUS, digam lá?)...ai nha nossa senhora da agrela...dei um berro tão grande que eles até saltaram para trás "desapareçam daqui os dois! já!"
Bem, a seguir a este maravilhoso incidente tive 54219347543 catarzes...para dentro, claro! Para fora é impossivel!!! Claro que fiz uma brutalissima participação disciplinar! Vamos ver no que dá!!!
Isto é um filme...a preto e branco...mas só faltam 5 semanas!!! Quem aguentou até aqui...
Agora vou analisar a "coisa" de uma forma mais pedagógica!
As Instituições de Reinserção Social (o miúdo está sob a vigilância do tribunal de menores devido a uns incif«dentes..) deviam acturar nestes casos! Porque é um caso de reinserção social! O garoto está perdido! Até tenho pena, claro! Mas nós, escola, não podemos fazer mais nada para ajudar aquele rapaz! Os pais dele também não ajudam nada! Mas devem estar à espera que ele, ou outro, matem alguém na escola (que o diabo seja cego, surdo e mudo) para entrar em acção! é um garoto que já deu NNNNN problemas na escola, desde roubo a fumar axixe!!!
E que culpa têm os alunos cumpridores para terem que aturar isto tudo? E nós, professores? e os funcionários? é muito complicado!
Mas fica aberta a discussão...vá, libertem a vossa raiva! Mas não me mandem à merda...sorry!!! Lol
Ps: hoje não houve matemática...mas aqui está mais um "numaro" na indisciplina deste maravilhoso país de turismo à beira mar "aplantado"!!!!
TLEBS - A gramática é uma canção sexy (3ª parte)
(2ª parte)
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
terça-feira, maio 15, 2007
O jornalista não pergunta, papagueia...
mastigar, o PÚBLICO divulga hoje os números avançados pela Inspecção Geral do Ensino sobre a Organização do Ano Lectivo 2006/2007 com o título: Aumentam os professores do quadro que não têm alunos.
Entre os dados avançados, esta pérola:
- "Ao nível do pré-escolar a evolução foi semelhante e são também seis por cento os educadores que não têm um grupo de crianças atribuído."
- "Uma em cada quatro crianças de três anos não conseguiu um lugar num jardim-de-infância público este ano lectivo, na esmagadora maioria dos casos por falta de vaga. A situação é particularmente complicada nas áreas das direcções regionais de Educação do Algarve, onde a rede do pré-escolar não chega a servir metade das crianças (taxa de admissão de 37 por cento), e de Lisboa. Aqui, os jardins-de-infância públicos tiveram capacidade para 58 por cento dos inscritos, revela o relatório Organização do Ano Lectivo, elaborado pela Inspecção-Geral da Educação (IGE) e ontem divulgado."
segunda-feira, maio 14, 2007
domingo, maio 13, 2007
sábado, maio 12, 2007
Teuria dus Numaros
Lembrei-me deste texto com que introduzi o tema da Divisão no 5º ano, no ano passado...os miúdos ODEIAM a divisão! Mas pior...não sabem dividir...mas hoje não vou divagar por aí fora a dizer mal disto e daquilo porque não me apetece...
Ora leiam e descubram a resposta!!! Spéfácil!!!
A divisão simples, a divisão exacta e a divisão justa
A caminho de Bagdad, Beremís e seu amigo encontraram, caído, na estrada, um pobre viajante roto e ferido, ao qual socorreram e do qual souberam ser Salem Nasair, um dos mais ricos mercadores de Bagdad, que fora atacado por uma chusma de nómadas persas do deserto, tendo a sua caravana sido saqueada e ele o único a conseguir, milagrosamente, escapar, oculto na areia, entre os cadáveres dos seus escravos!
Combinaram, então, juntar os cinco pães que "o Homem que calculava" ainda tinha com os três do seu amigo e dividi-los entre si para sobreviverem até chegarem a Bagdad, prometendo o xeik pagar com uma moeda de ouro cada pão que comesse!
Quando lá chegaram, o rico Salem Nasair cumpriu sua palavra dada, entregando ao "Homem que calculava" cinco moedas pelos cinco pães e a mim, pelos três pães, três moedas.
Com grande surpresa, o "Calculista", objectou, respeitoso:
- Perdão, ó xeik! A divisão, feita desse modo, pode ser muito simples, mas não é, matematicamente certa. Quando, durante a viagem, tínhamos fome, eu tirava um pão à caixa em que estavam guardados e repartia-o em três pedaços, comendo cada um de nós, um desses três pedaços. Se eu dei 5 pães, dei, é claro, l5 pedaços; se o meu companheiro deu 3 pães, contribuiu com 9 pedaços. Houve, assim, um total de 24 pedaços, cabendo, portanto, oito pedaços para cada um. Dos 15 pedaços que dei, comi 8, dei, na realidade 7; o meu companheiro deu, como disse, 9 pedaços e comeu, também 8 logo deu apenas l. Os 7 que eu dei e o restante que o "bagdalí" forneceu, formaram os 8 que couberam ao xeik Salem Nasair. Logo, é justo que eu receba 7 moedas e o meu companheiro apenas l.
Era lógica, perfeita e irrespondível a demonstração apresentada pelo matemático!
- Mas esta divisão, de sete moedas para mim e uma para meu amigo, conforme provei, é matematicamente certa, mas não é perfeita aos olhos de Deus!, retorquiu o 'Calculista'.
E tomando as moedas na não, dividiu-as em duas partes iguais e deu-me uma dessas partes, guardando, para si, a restante.
(adaptado de MALBA TAHAN, O Homem que Calculava)
COM QUANTAS MOEDAS FICOU CADA UM????
Poesia Matemática
Millôr Fernandes
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.
Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.
Tudo sobre Millôr Fernandes e sua obra em "Biografias".
TLEBS: A gramática é uma canção sexy (2ª parte)
(1ª parte)
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
(texto de Fernanda Braga da Cruz - continua...)
Prevejo insónias
É lixado ter nascido em 1991.
A Escola, ao longo dos últimos anos, tem estado a criar leis que visam explicitamente lixar a geração que nasceu em 1991. Das duas uma: ou é para nos chatear mesmo, ou é para criar uma geração com muita paciência. Se não, vejamos:
- Foi também das primeiras a ter Área de Projecto (que quando eu andava no 5º chamava-se Projecto Interdisciplinar...) e Estudo Acompanhado.
- Quando a geração de ’91 foi para o terceiro ciclo, começaram as aulas de substituição.
- Foi a primeira a ter exames nacionais a sério (a valer 30% da nota).
- Quando a Geração de ’91 entrou para o secundário, imagine-se: as aulas de substituição passaram a ser obrigatórias no secundário!
- Vamos ser os primeiros em que a matéria para o exame do 12º tem matéria desde o 10º!
- Vamos apanhar o Processo de Bolonha!
- Vamos ter de aprender a estupidez das TLEBS!
- Vamos ter de aturar professores com 65 anos!
- Pior: professores em concorrência por causa do novo estatuto, professores chateados! Professores com 65 anos chateados!!!
Oh nãããããããão!
Um aviso para as crianças lá em casa: não nasçam em 1991.
sexta-feira, maio 11, 2007
TLEBS: A gramática é uma canção sexy (1ª parte)
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.
(texto de Fernanda Braga da Cruz - continua...)
"Meme"
Meme:
---
"Ninguém se liberta
Em
Silêncio
Das amarras
Que faz
Ao
Espelho"
---
(*) Um "meme" é um "gen ou gene cultural" que envolve algum conhecimento que passas a outros contemporâneos ou a teus descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma. Simplificando: é um comentário, uma frase, uma ideia que rapidamente é propagada pela Web, usualmente por meio de blogues. O neologismo "memes" foi criado por Richard Dawkins dada a sua semelhança fonética com o termo "genes".
Passamos o "Meme" a:
quinta-feira, maio 10, 2007
Não há palavras caras-Desobediência civil
Desobediência civil é infringir as leis, sem prejudicar ninguém, em defesa de uma causa e estar preparado e disposto a sofrer as devidas consequências que provirem desse acto.
Temos como dois exemplos bem conhecidos, Martin Luther King e Mahatma Ghandi.
Para focar o primeiro exemplo, vou especificar quem ele era:
"King nasceu em Atlanta, filho de Martin Luther King (pai) e Alberta Williams King. (Registros de nascimentos para Martin Luther King Junior confirmam seu nome como sendo Michael). King se graduou no Morehouse College, em 1948, com um bacharelado em sociologia. No Morehouse, King foi mentorado por Benjamin Mays, um ativista dos direitos civis. Em 1951 viria a formar-se no Seminário Teológico Crozer, em Chester, Pensilvânia. Em 1955 recebeu um PhD em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston. Por essa razão, muitos se referem à ele como Doutor Martin Luther King.
Pertencente à Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato."
in Wikipédia
Peço desculpa pelo brasileiro...
Martin Luther King organizou manifestações pacíficas ilegais contra a desigualdade de direitos entre raças e sexos... Infelizmente existiam pessoas (tal como as há agora) que acharam que ele andava a falar de mais e foi o que se viu...
Existiu um caso destes em Portugal, um senhor cujo nome não me lembro, que se recusou a pagar os impostos que serviam para comprar armamento no tempo da guerra. Ela como era pacifista recusou-se a pagar os impostos e foi preso sem luta.
Alguns dizem que este tipo de comportamentos podem levar a sociedade á anarquia, outros dizem que só ajuda a mostrar aos governantes que algumas das nossas leis são injustas e têm que ser mudadas...
Deixo em aberto a discussão...
Teuria dus Numaros
Ora vamos lá a umas adivinhazinhas...
Fico à espera de respostas! Fiquem bem!
A Ilha das cores
Estreou há pouco tempo na RTP o programa "A Ilha das Cores", que pretende continuar a tradição do "Rua Césamo" e "Jardim da Celeste".
Gosto da ideia de voltar aos programas lúdico-educativos para as crianças.
É bom que os miúdos tenham um programa ao mesmo tempo atractivo e lúdico.
Já que esta geração está a ser educada pela televisão, ao menos que seja com uma televisão de qualidade, e que eduque bem...
terça-feira, maio 08, 2007
Pergunta da Semana
A minha pergunta é:
Sendo a Economia uma Ciência Social, porque é que agrupamento de Economia têm matemática A, em vez de MACS?
Santana Castilho, hoje no PÚBLICO
"3. Errada está a quebra do consenso secular entre a família e a escola e esta e a sociedade em geral, quanto à orientação das gerações mais novas. A escola não se realiza sem sacrifício, disciplina e trabalho. Mas, fora da escola, a indústria da comunicação e do espectáculo faz a apologia do prazer imediato, do consumo supérfluo, da extravagância e do efémero. Os pais deixaram de ser os aliados primeiros do professor na modelação dos filhos. Hoje, delegam neles todas as responsabilidades, mesmo as indelegáveis. E depois acusam e exigem. Alguns batem nos professores. Em nome de direitos individuais, designadamente da carreira profissional e da fruição da vida e do dinheiro que ganham, têm cada vez menos filhos. E para os que tardiamente decidem gerar, exigem da escola e dos professores, desta feita em nome de direitos sociais, que sejam, cumulativamente, pais e mães por delegação, educadores sexuais, ambientais, rodoviários e cívicos, médicos e psiquiatras e tudo o mais que o relativismo laxista em que caímos despeja na escola.
4. É a esta luz que as palavras de Cavaco, convidando, no dia da liberdade, os jovens a não se resignarem, soam a ocas de consequências. A via reformista que ele suporta tem estripado da escola tudo o que forma cidadãos livres e autónomos. Amputando a Literatura e a Filosofia, impondo Bolonha, diminuindo o impacto da formação inicial livre e substituindo-a pela que interessa, ao longo da vida, à actividade económica, ter-se-ão, cada vez mais, jovens resignados a salários de 500 euros ou ao desemprego.
5. O mesmo registo permite compreender a triste ideia de o Governo pôr a jornalista Judite de Sousa a vender jornais e o treinador Carlos Queiroz a cortar relva, para publicitar as novas oportunidades e a qualificação dos portugueses. Os cartazes desqualificam e humilham profissões dignas e socialmente úteis, em nome de ideias bacocas de sucesso. A economia moderna explica-os, explicitando o conceito de criação económica de valor: o que dá valor a uma coisa não são os valores que lhe subjazem ou não, mas sim o valor que o público, o mercado, as audiências, lhes atribuem. É triste, mas é assim. Por isso Sócrates ria enquanto Paulo Rangel falava verdade no dia da liberdade. Por isso 70 mil acorreram ao chamamento. Por isso o povo, cada vez mais vigiado e esmifrado, aguenta, resignado, contrariando Cavaco."
segunda-feira, maio 07, 2007
domingo, maio 06, 2007
sábado, maio 05, 2007
A invisibilidade da igualdade
(...)
Em Portugal, no que se refere à discriminação, o problema não está na lei. A igualdade entre mulheres e homens está amplamente legislada. E depois da aprovação da lei da liberdade religiosa e introdução no artigo 13.º da Constituição do direito à não discriminação por orientação sexual - no primeiro caso por iniciativa do PS, no segundo, para que a Constituição portuguesa estivesse conforme às regras da União Europeia e aos acordos e tratados internacionais -, não há grandes passos legais a serem dados - a única reivindicação política feita pelos activistas homossexuais no domínio da produção de legislação é a do casamento e da adopção.
O problema é apenas um problema de informação das pessoas, de divulgação das razões que levam a que se deva respeitar o mais velho, o que tem sexo diferente, o que ama diferente, o que crê diferente, o que é física ou psiquicamente condicionado por deficiências, o que tem uma cor de pele diferente, o que pertence a uma cultura diferente. O que falta é a assunção política da divulgação do respeito pelos direitos individuais em democracia.
(...)
Há, porém, um agente social, com uma importância vital nas sociedades democráticas contemporâneas, que está a ignorar quase em absoluto a questão da igualdade, da diversidade, do direito à diferença, do direito à não discriminação: a comunicação social.
A comunicação social tem responsabilidades enormes na formação das mentalidades e dos comportamentos sociais nas sociedades actuais. E é obrigação da comunicação social não só dar visibilidade às campanhas a favor da divulgação e promoção dos direitos humanos que decorrem na sociedade actual, mas também dar espaço e preocupar-se em promover, ela mesma, trabalhos sobre a não discriminação de sexo, por orientação sexual, de religião, por etnia, por deficiência, por idade.
Uma dose substancial desta omissão é tão-só devida a ignorância. Mas há também uma orientação editorial das redacções dos órgãos de comunicação social, que não estão despertas nem interessadas em valorizar a promoção dos direitos humanos, em especial os direitos individuais e a não discriminação. Parecem mais ocupadas e empenhadas em glorificar alguns sucessos individuais e empresariais.
Isto também acontece porque os jornalistas portugueses preferem fechar os olhos, preferem perpetuar uma mentalidade social errada em que foram formados, por medo ou por vergonha de assumirem a mudança, quando o que os devia envergonhar era o facto de, com a sua omissão, continuarem a perpetuar a discriminação."
sexta-feira, maio 04, 2007
Equidade
Uma questão pertinente foi levantada pela SmartiezZ. A da discriminação positiva.
Deve haver discriminação positiva na escola? Falo nomeadamente em benefícios a minorias só pelo facto de serem minorias.
Na escola tem de haver igualdade. Ou melhor, equidade. Para condições iguais, igualdade. Para condições diferentes, diferenciação.
Sou, naturalmente, por benefícios aos que têm dificuldades na língua, no tempo disponível para o estudo (como disse aqui), nas capacidades mentais...
Mas esse benefício é fundamentado. Eles têm problemas inerentes a uma condição mais difícil. Não porque são de minorias, não porque eles (ou os pais deles) foram descriminados no passado, não por serem diferentes. Por terem sérias dificuldades, das quais nenhuma é de sua responsabilidade.
Um estrangeiro recém-chegado tem de ter algum apoio para conseguir, no futuro, não precisar desse apoio.
Um estudante-trabalhador é estudante-trabalhador, não porque quer, mas porque ele ou a sua família necessitam. Mais: ele não tem culpa de ter poucas horas de estudo. Ele estuda pouco porque tem pouco tempo livre.
Um deficiente que tenha grandes dificuldades também precisa de ser beneficiado.
Não considero que isto se trate de discriminação positiva. Não é discriminação, é aplicar a equidade. Discriminação positiva é beneficiar alguém só por ter sido prejudicada no passado. Ou só por ser de uma minoria.
Ser de uma minoria não é desculpa para se ter um tratamento diferente. Assim como fazer parte da maioria...
quinta-feira, maio 03, 2007
Não há palavras caras-Discriminação Positiva
Pondo o meu (pouco) estudo em prática, discriminação positiva é a criação de condições e de ajudas a pessoas que possam ter sido ou possam vir a ser vitimas de desigualdades. É mais ou menos dar um tratamento preferencial aos grupos minoritários e reconhecidamente mais desfavorecidos.
Á primeira vista tudo bem, é justo que eles sejam compensados, mas isto implica muita legislação e ética.
Começemos pelos argumentos a favor.
Existe o Argumento da Compensação pelas Desigualdades Criadas no Passado
- muitas pessoas foram, no passado vitimas de desigualdades por parte da sociedade e agora exigem uma recompensa. Um dos exemplos mais conhecidos deste argumento são os antigos combatentes que, na guerra, perderam capacidades físicas e psíquicas e que portanto se queixam de estar em desvantagem em relação aos cidadãos que nunca estiveram na guerra.
o Argumento da Prevenção das Desigualdades Futuras
- este argumento é orientado para o futuro. Muitas pessoas são discriminadas devido ao sexo (apetece-me dizer uma palavra que começa por "m", acaba em "o" e tem "achism" no meio, mas não digo porque isto é um blog publico e pode ferir pessoas mais susceptiveis), raça, religião, nacionalidade ou orientação sexual. Ora numa sociedade justa é util combater estas injustiças.
E passamos aos argumentos contra a discriminação positiva:
Argumento dos ressentimentos
- Com este argumento defende-se que a discriminação positiva gera ainda mais discriminação (desta vez negativa) pois os não discriminados positivamente ao confrontar-se com, por exemplo, uma mulher discriminada positivamente ao candidatar-se a um emprego, podem dizer coisas como "Ela só conseguiu o emprego porque é mulher" ou "As mulheres andam a ficar com os empregos que nos pertecem" (outra vez aquela palavra muito susceptivel)
Argumento da Violação dos Direitos
- De acordo com este argumento, a discriminação positiva viola os Direitos Humanos ao dar mais possibilidades e oportunidades a alguns cidadãos dado que nos DH está especificado que todos devem ter acesso ao mesmo número de oportunidades.
"O caso Bakke é talvez o mais célebre nos EUA. Alan Bakke candidatou-se á Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia. A faculdade de Medicina, para aumentar o número de alunos provenientes de minorias desfavorecidas, reservou 16% dos lugares para tais alunos. Deste modo, alguns alunos de origem Europeia que não foram admitidos, tê-lo-iam sido caso essa opção não tivesse sido tomada. Bakke contava-se entre esses alunos de origem europeia que não foram admitidos. Considerando-se vítima de uma injustiça, processou a Universidade. E ganhou a causa, tendo o juiz afirmado que "Os programas preferenciais só podem reforçar estereótipos comuns que sustentam que certos grupos são incapazes de obter êxito sem protecção especial."
Ética prática-Peter Singer
Argumento Da Compensação Transferida
- Como ultima crítica á discriminação positiva, esta prejudica os que, provavelmente, nada fizeram para prejudicar as pessoas desfavorecidas porque esses actos terão sido cometidos, provavelmente por gerações anteriores.
E é basicamente isto o meu teste! Ou pelo menos, 5 pontos dele.