quinta-feira, abril 12, 2007

Não há palavras caras - Aborto

O aborto

O aborto é um dos temas mais falados no mundo actual pois ainda ninguém decidiu como deve ser chamado, se um assassínio ou uma acção a favor da mãe da criança. Existe uma grande controvérsia quanto a estas duas opiniões pois ambas estão correctas mas não totalmente.
No último dia 11 todos os portugueses foram chamados a votar no referendo que iria ou não permitir ás portuguesas que o necessitassem, poder realizar os abortos em Portugal. Esse referendo foi aprovado mas não por unanimidade (59.25%) já que este assunto controverso trouxe pano para mangas á população portuguesa, neste caso.
Para quem não estivesse muito dentro do assunto, bastava-lhe ler os placards que estavam por toda a parte para perceber a quantidade de ética envolvida neste assunto. Existem duas vertentes de escolha para este referendo: o sim e o não. Tentando especificar mais esta questão temos então:

Por um lado temos os activistas pelo não, que se dedicam a sobrecarregar as pessoas com remorsos por terem sequer pensado em dizer sim. Para tal, usam as provas médicas em como ás dez semanas o feto já tem vida própria e já tem batimento de coração e órgãos desenvolvidos e, como tal, o aborto deveria ser considerado assassínio pois estão a matar um ser vivo, humano cuja sua punição igual á de homicídio qualificado e o seu principal argumento é o direito á vida.
Existe contudo uma controvérsia com estes apoiantes. Os menos radicalistas dizem que o aborto só devia ser permitido em caso de malformações no feto ou de violação mas neste ultimo caso existe já uma vida, que tem direito a subsistir, e, ao matá-la estão a negar-lhe esse direito, o que viola as suas máximas.

O ponto de vista das pessoas que defendem o sim, também é muito verídico e trata portanto do facto de que, enquanto o aborto não foi permitido, existiram imensos casos de abortos ilegais que correram mal e que fizeram as mulheres perderem a vida ou ficarem gravemente doentes. Para além de que, devido ás mulheres não poderem realizar o aborto dentro das nossas fronteiras, e de muitas das vezes não terem dinheiro suficiente que lhes permita deslocarem-se a Espanha para abortar, eram agredidas pelos companheiros para que abortem.
Existem ainda os centros de adopção e as casas de acolhimento que estão sobrelotadas de crianças não desejadas que, após o parto, são abandonadas ou entregues aí pelas mães.
É esta a situação actual do nosso país em relação ao aborto e a tudo o que a ele se relaciona. Mas agora, com o referendo aprovado, acredita-se que muita coisa irá mudar para melhor, espera-se. O ministério faz agora tenções de construir clínicas com a única função de realizar abortos ás mulheres que procurarem este serviço.

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