segunda-feira, junho 11, 2007

Mais exames! Os argumentos de quem lá quer andar

Resposta ao post de Ctrl.Alt.Del, aqui em baixo:

A notícia diz que os exames são feitos "from the age of seven".

Eu não pedia tanto. Eu concordo com exames
- nacionais
- com avaliação nacional
- a todas as disciplinas
- feitos para a média, e com os objectivos disciplinares, por um organismo de estado competente
- que contem 50% da nota, ou mais(nunca ultrapassando os 65%...)
- no 6º, 9º e 12º ( em que os alunos vão ter, respectivamente, 11/12, 14/15 e 17/18 anos ou mais)

Isto não é abusivo.
O que é abusivo é ter em períodos de 2 meses e meio, 2 testes à mesma disciplina, que contam 100% da nota (há que reconhecê-lo...), e em que a matéria é reduzida. Pior: é muitas vezes avaliado pelo cabeçalho.

Quando digo que conta 100% da nota, estou a falar da realidade, e não dos papelinhos que nos dão no início do ano, onde o teste conta 55%. Outros chegam à hipócrisia de dizer que o teste só conta 45% da nota (teoricamente, um aluno pode ter nega nos dois testes e ter 4 na pauta...). Toda a gente sabe que os testes contam 100% (vá lá 90%) da nota. Esta é a realidade e este é o stress que representa fazer um teste.
E mesmo que o teste só contasse 55%, contava mais do que os 30% que os exames contam actualmente.

Quanto ao argumento das "outras capacidades". Digam-me quais são. Suponho que, quem concorda que o único meio de avaliação deve ser a avaliação subjectiva de um professor, ache que estas outras capacidades são a simpatia forçada, o graxismo, as aparências etc... São realmente capacidades úteis nas empresas, acredito que sim. Sobretudo em Portugal...

As funções da Escola são ensinar conteúdos, preparar para a vida adulta, proporcionar experiências sociais com vista ao crescimento social do aluno, educar à cidadania, democracia, respeito, liberdade e responsabilidade e ser uma descoberta de vocações (profissionais, sobretudo).

Se existem "outras capacidades" a avaliar, façam-se disciplinas a avaliá-las e exames nacionais que provem que os alunos têm essas outras capacidades (ninguém disse que tinham de ser escritos...)

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