sábado, junho 30, 2007
Gaves Raras
Como é que é possível tamanha incompetência? Como é que é possível esta gente existir?
Só mesmo no país da educação cor-de-rosa...
quinta-feira, junho 28, 2007
Blink! e mais um argumento pró-exames
O objectivo do livro é mostrar que o subconsciente não é só um lugar obscuro, onde colocamos aquilo que não temos a coragem de pensar conscientemente. É o subconsciente para além de Freud...
Quase todo o livro fala de um conjunto de experiências feitas por investigadores, que provam que existem decisões das quais não temos (quase) controle. Mais do que isso: muitas vezes as decisões ou avaliações feitas num piscar de olhos (Blink, em inglês), são melhores que as que duram meses ou anos...
Entre os capítulos do livro, chamou-me a atenção o capítulo "O Erro de Warren Harding". Este capítulo mostra-nos que nem tudo são rosas nas decisões feitas num piscar de olhos. Gladwell diz-nos que as avaliações feitas nos primeiros instantes de uma relação podem estar erradas, mas dificilmente saem-nos da cabeça. Mesmo que conscientemente mudemos a opininião sobre alguém, o primeiro pensamento que nos vem à cabeça quando ouvimos o nome da pessoa é aquele que tivémos no primeiro segundo do primeiro contacto com essa pessoa.
E o mesmo se passa com os preconceitos. O livro fala do Teste de Associação Implícita, ou IAT, que "mede" os nossos preconceitos em relação ao género ou etnia. O que é mais engraçado é que toda a gente tem maior facilidade em, por exemplo, associar "branco" a "bom" e "preto" a "mau", do que o contrário, o que mostra o racismo inconsciente de cada um. Mesmo o próprio Malcolm Gladwell, que é mestiço, ou os próprios afro-americanos têm esse resultado no teste.
Neste capítulo existem outros testes que mostram que se associa mulheres e pretos a menor inteligência do que homens brancos. E isto feito por pessoas que não são assumidamente racistas ou machistas... mas quando viram uma mulher ou um preto, todos os preconceitos vieram ao inconsciente.
E atenção: neste caso falava-se de raça e sexo, que são maneiras mais fáceis de distinguir as pessoas. No estanto, estas ideias imediatas que temos ao ver alguém estendem-se a outras características físicas, etárias ou comportamentais, e estão por vezes erradas.
Isto para dizer o seguinte (em relação à minha posição sobre os exames): quando eu falo na subjectividade que existe na avaliação feita por um professor ao longo do ano, falo disto. Destes preconceitos implícitos, involuntários e muitas vezes errados, que são cometidos em qualquer relação. Mas tudo isto é multiplicado numa relação professor-aluno. Porquê? Porque muitas vezes o professor e o aluno nunca conversaram fora da aula, ou seja, não existe reconhecimento da real personalidade e esforço da pessoa. O professor avalia por aquilo que vê, por aquilo que parece que vê, ou vislumbra, no meio da sala de aula.
Para qualquer professor que esteja a ler este post: lembrem-se do vosso ex-aluno Fábio (escolhi este nome aleatoriamente... espero que todos tenham tido alunos de nome Fábio...). Repararam na quantidade de informações e ideias que vos vieram à mente sobre esse aluno Fábio? Veio-vos logo à ideia que tipo de aluno era, que notas tinha, a sua participação na sala de aula, a sua postura e interesse etc etc etc... Se calhar não repararam, mas foi isso que aconteceu no vosso inconsciente e é isso que vos vem à cabeça quando corrigem o teste ou dão a nota a qualquer aluno.
Muitas vezes essa avaliação é injusta. Quando estes erros acontecem, são, na maioria das vezes, involuntários. Mas acontecem.
A vantagem do exame nacional é que o professor não sabe quem é o aluno. Não existe nada a atrapalhar a objectividade da avaliação (a não ser o tipo de letra, ou a maneira de escrever, mas isso não se compara com a chamada "avaliação contínua", em termos de subjectividade...).
E repito: o exame é a avaliação objectiva, e portanto deve avaliar a parte objectiva do que é ensinado na escola. Essa parte objectiva é, essencialmente, a matéria dada, os conhecimentos. Eu proponho exames a valer 50%, porque acho que 50% é o mínimo de conhecimentos objectivos que a escola deve ensinar. E já estou a ser muito liberal, pois atribuo 50% da nota às "outras competências"... Exames a valer 50% é mesmo o mínimo dos mínimos...
Blink! mostra-nos que o que nos fica de alguém é a avaliação feita nos primeiros segundos do contacto com a pessoa. E não podemos combater o que nos fica na cabeça. O que podemos combater é o que fica na pauta, que deve ser o mais justo e objectivo possível. Mais exames é mais objectividade e mais objectividade é mais justiça na atribuição de notas...
P.S.: Já agora: se quiserem fazer o teste IAT, façam-no aqui e descubram que são uns porcos racistas e sexistas...
quarta-feira, junho 27, 2007
segunda-feira, junho 25, 2007
Citação da Semana
Anaïs Nin
Via Logos Library, por sugestão do Ctrl.Alt. Del
(Subjectivismo allez allez!)
domingo, junho 24, 2007
Porque amanhã é segunda...
sábado, junho 23, 2007
O debate da petição da TLEBS
- "O actual Governo não concorda com experiências que têm uma parte dos estudantes como cobaias devido ao princípio da igualdade de oportunidades", criticou o ministro. Por essa razão, explicou, o Governo PS generalizou a todos os alunos a aplicação da TLEBS."
Agora, sim, percebi. Bastava ter sido assim tão claro ao início, de certeza que se teriam evitado muitos mal-entendidos e que teria havido maior adesão à TLEBS:
- "- meus amigos, isto trata-se de "aventura pseudopedagógica" e em nome da igualdade de oportunidades, vão todos meter-se nela, porque era injusto ser uma aventura só para alguns! Viva a Educação cor-de-rosa! Viva Portugal!"
E ninguém se demite?
sexta-feira, junho 22, 2007
O escândalo das explicações no Colégio Alemão
Na Escola Alemã, um dos colégios preferidos da nossa elite lisboeta, os alunos cujo professor recomenda que necessitam de explicações podem obtê-las de fonte qualificada, nomeadamente do seu próprio professor. Pago à parte, naturalmente.
Este negócio começa logo no pré-escolar e floresce no 1º ciclo, a pretexto de dificuldades com o domínio da língua alemã. A professora fala com os pais, diz-lhes que a criancinha está atrasada com o alemão, que precisa de explicações e apresenta-se logo como explicadora.
Uma criança do 1º ano paga 25€ por uma hora de explicações, que muitas vezes têm lugar nas próprias instalações da escola, para conforto de todos, embora não se trate de uma actividade oficial. Como grande parte das explicações neste país, não é emitido recibo pelo explicador... Se a professora da turma já tiver muitos explicandos, há sempre uma colega que pode dar conta de mais um...
Se qualquer coisa parecida com isto acontecesse numa escola oficial, caía logo o Carmo e a Trindade, e choviam processos disciplinares! Como é num colégio privado, os membros do governo, directores-gerais e afins, pagam, calam-se e olham para o lado, que isto de ser elite tem o seu preço...
quinta-feira, junho 21, 2007
Estatísticas
6 em 10 alunos do 12º ano teve fome durante o exame de matemática de hoje (estatísticas à porta da ES local). O que haveria de tão importante para fazer até às 11.30 que impedisse o exame de começar mais cedo e, obviamente, acabar a horas decentes de ir almoçar?!
Foi uma retaliação contra as críticas da Associação de Professores de Matemática? Será uma experiência pedagógica? Será que o ME descobriu uma correlação entre a fome e o raciocínio matemático, mas ainda não a divulgou oficialmente para nos dar um avanço em relação aos outros países subdesenvolvidos do planeta?
quarta-feira, junho 20, 2007
Mais um tiro na credibilidade da imprensa escrita
Isto vem atestar este post que eu fiz há uns dias... quanto mais os blogues crescem (então agora, com o blogger em Português...), mais os jornais perdem a credibilidade.
É que nem um tablóide inglês faria um título destes...
Bloguer???
Ah pois é! Eu até me passei... "Painel" em vez de dashbord, "Envio de mensagens" em vez de New Post... sim senhora...
Mas acho bem...
O exame de LP do 9º ano
Mas só um olhar distraído poderá ver nisto um sinal positivo - é que as ditas questões, na sua maioria se limitam a pedir ao aluno para retirar informação do texto... Portanto, limitam-se a avaliar os níveis mais baixos de competências dos alunos.
Obras literárias mais uma vez fora do exame, a produção de um slogan, gramática muito simples, não vá a TLEBS tecê-las, enfim, uma nulidade que reforça a mensagem de facilitismo e de andar a trabalhar para as estatísticas...
Mais do que tecer considerações sobre a facilidade ou dificuldade, há que afirmar com clareza - ao contrário do parecer da app, este exame não avaliou correctamente as competências de língua portuguesa exigidas no final do 9º ano. Qualquer aluno de 6º ano a resolveria com facilidade (com uns ajustes nos conteúdos gramaticais).
Humm, se calhar foi mesmo isso, um erro de impressão, que inverteu o 6 original e que levou à distribuição de uma prova prevista para o 6º ano...
O que eu gostei mais do debate para a CML
- O Sá Fernandes a dar uns dossiês ao Telmo Correia
- Vêr Garcia Pereira (do MRPP) e Pinto Coelho (do PNR), na mesma manifestação, e pela mesma causa. Ainda mais engraçado: concordo com ela... (e não fui só eu...)
terça-feira, junho 19, 2007
O exame de 12º segundo o porta-voz da APL
Não deixa de ser curioso que a APL se alheie desta discussão - ainda deve estar amuada com a trapalhada da TLEBS, mas tem Paulo Feytor Pinto para lhes tomar as dores... Que outra solução havia para resolver este ano, com atestado de incompetência passado à TLEBS para o básico, mas em vigor no secundário, que não esta?
Gostava que a APP, além de se lamentar, tivesse publicado as questões que, na sua opinião, estariam adequadas a aparecer no exame, sempre era mais construtivo que a postura Calimero, que, ainda por cima, gostava de implementar orais para avaliar o 12º ano. Mas será que a frequência das aulas já não serve para nada?
segunda-feira, junho 18, 2007
Re: Os exames deviam valer 50%
"Leram bem. Sou aluno e acho que os exames, apesar dos maus resultados deste ano, deviam valer 50% da nota, em vez dos actuais 30%... porquê? Por uma simples razão: isso beneficiaria TODOS os alunos. Como? Vejam:
-segundo o sistema actual dos 30%, um aluno que tenha uma nota final do ano 4, se tiver 3,4 ou 5 no exame, a sua nota não se altera. Ou seja, esse aluno só pode descer de nível com a nota dos exames, pois se tiver 1 ou 2, a nota desce. capiche?
-se os exames valessem 50% do total da nota, o aluno, obviamente se tivesse 2 ou 1 descia (tal como acontece no sistema actual), mas se tivesse 3 (média de 3.5, que se arredonda para 4) ou 4, mantia a nota. Até aqui tudo igual. A grande diferença é que, se o aluno de 4 tirasse 5 no exame, ficaria com média de 4.5, que se arredondava para 5... subia a nota.
O mesmo acontece com o aluno de 3. Se os exames valessem 50% só descia para 2, se a nota do exame fosse 1 (tal como acontece com o sistema dos 30%), se tivesse 3 mantinha a nota (média de 3.0) e se tivesse 4, subia a nota (média de 3.5, arredondada para 4). No sistema actual só sobe se tiver 5 no exame... difícil, hã?
Não sei se me fiz entender, mas o que eu quero dizer é: se os exames valessem 50%, a avaliação era mais justa, pois não seria a critério do professor, mas (ainda mais) a critério de um teste nacional de conhecimentos, igual para todo o país, e os alunos sairiam mais beneficiados do exame, o que contribuía para uma média melhor dos alunos portugueses face à europa- eu chamo a isto "interesse nacional".
Porque é que os exames não foram assim desde início? porque se calhar convém à ministra e ao governo que se diga "ai os alunos não estudam nada" e "ai os professores não sabem dar aulas", para que estes possam aplicar as suas medidas estritamente economissistas nas escolas, nunca beneficiando os educadores, os educandos e a educação."
Para quem este ano faz exames, boa sorte! Tudo de bom!
P.S.: Caros co-bloggers e visitantes: criei a etiqueta "Cassete" para quando quisermos repetir textos antigos.
Citação da Semana
Luc de Clapiers, Marquis de Vauvenargues
Via Logos Library, por sugestão do Ctrl.Alt Del.
domingo, junho 17, 2007
O Jogo Da Década
Para quem não tem PlayStation ou não quer comprar o equipamento do Guitar Hero, existe alternativa. Frets on Fire é a alternativa.
O conceito é agarrar o teclado como se fosse uma guitarra
Depois joga-se com os botões F1, F2, F3, F4 e F5 para dar as "notas" e com o Enter para "tocar".
O objectivo é acompanhar as cores que aparecem no écran
Comecem por fazer o "tutorial" (onde vão ser insultados) e depois comecem no nível Easy para a música Bang Bang, que é a mais fácil.
O jogo vem com 3 músicas, mas a monstruosa espectacularidade deste jogo consiste no seguinte: pode-se criar ou fazer download de qualquer música e tentar tocá-la no Frets on Fire!
Uma rápida pesquisa no Google dá logo acesso a vários sites e foruns com montes de músicas para sacar. Mas atenção: ninguém pense que vai aprender a tocar guitarra com isto! Isto é puro entertenimento. O que eu gosto mais é de jogar com a alma, se fôr preciso, partir o teclado... então em grupo, este jogo é espectacular.
Ah, e já me esquecia... o download do jogo é gratuito. Joguem, e não se esqueçam de sacar as vossas músicas favoritas.
Download do jogo: http://fretsonfire.sourceforge.net/
Um bom forum: http://www.fretsonfire.net/
Outro bom forum: http://keyboardsonfire.net/
Downloads de músicas: http://www.fretsonfirehost.com/
Um video(não é meu...)
Um blogue: http://blog.keyboardsonfire.net/
sábado, junho 16, 2007
E depois são os blogues...
Pois, só que a notícia depois mostra-nos que "Jim Carrey vai interpretar o papel de um homem casado que se apaixona, ao ponto da obcessão, pelo seu companheiro de cela"
Isto nem o The Sun fazia. Porque é que o Público, que é o Público, põe um título destes?
Os títulos enganosos são muito manipuladores, porque muitas vezes lê-se só o título. Já há umas semanas o Correio da Manhã pôs como título "Fisco penhora Sá Fernandes", referido-se não ao Zé, mas ao Ricardo Sá Fernandes...
Já nem os jornais têm credibilidade. E depois não se esqueçam de culpar os blogues da queda da imprensa escrita... A única maneira de os jornais sobreviverem é terem a credibilidade que a net não tem e apostarem em bons comentadores e bons suplementos. E o DVD grátis também ajuda...
Responsabilidades?
No PÚBLICO de hoje:
"Um acórdão do Tribunal Constitucional (TC) desta terça-feira classificou como "inconstitucionais" as normas que, no final do ano lectivo 2005/2006, permitiram repetir os exames de Física e Química do 12.º ano, necessários para ingresso no ensino superior, apenas aos alunos que compareceram na 1.ª chamada.
Uma decisão que colocou em desvantagem os cerca de 10 mil alunos que compareceram na 2.ª chamada, que não tiveram direito a uma hipótese suplementar. O TC vem assim contrariar as posições da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que desde o começo desta polémica sempre garantiu ter agido de acordo com a lei."Continuará o sr. secretário de estado que teve a brilhante ideia a assobiar para o ar, ou assume finalmente as suas responsabilidades e demite-se?
sexta-feira, junho 15, 2007
Estou oficialmente de férias
Como já tinha dito, existem dois sistemas:
1. Poucas e pequenas férias intercalares e grandes férias de Verão.
2. Muitas férias intercalares e menores férias de Verão.
Na minha opinião, o melhor sistema é o sistema 2. Porquê?
- As férias servem para descansar do tempo de trabalho. Muitas vezes, em Setembro, parece que servem para descançar das férias...
- Férias intercalares aumentam a productividade.
- O que é que dá mais sensação de descanço: uma semana no meio das férias ou uma semana entre os tempos de trabalho?
- As férias de Verão, no fim, já irritam...
O inconveniente deste sistema é o de sempre: e os pais, onde é que deixam os filhos?
Aqui é que está o problema. Mas existe sempre uma solução. E as soluções são mais fáceis de encontrar quando há abundância (excesso) de recursos humanos.
Existem professores desempregados. Contrate-se esses professores para ATL/OTL durante essas férias. Esses professores ganhavam dinheiro durante esse tempo e depois seriam priveligiados nas colocações.
Fácil, barato, productivo, bom para todos. Faça-se.
O princípio de uma Era?
- "Manuela Estanqueiro, professora da EB 2/3 de Cacia, em Aveiro, faleceu no dia 2 de Junho, vítima de leucemia, depois de ter sido considerada apta para o exercício de funções, o que a obrigou a voltar à escola para não perder o vencimento."
quinta-feira, junho 14, 2007
Kah Ra Shin
Não há palavras caras - Filosofia
Ora bem, de volta ao trabalho, a Filosofia para muita gente é a pergunta "quem sou eu?"...Muita gente vai pelo lado prático e fica descansadinha da silva "sou uma pessoa que neste momento está com pensamentos inuteis que não me vão fazer ganhar dinheiro"... Por acaso invejo essas pessoas! Era bom viver sem estas preocupações que só chateiam a cabeça... Ainda se houvesse um prémio para a resposta! Mas assim... Mas, nem a Filosofia se resume a esta pergunta, nem se trata levianamente! A Filosofia é uma ocupação a tempo inteiro, não um part-time para quando estamos sem fazer nada!
Existe muito boa gente que vive para pensar, para reflectir sobre o mundo...
Claro que a Filosofia não produz nada a não ser ideias, não causa lucro ao país, não aumenta o PIB, não alimenta as crianças esfomeadas... Apenas tenta esclarecer o Homem, pô-lo a pensar acerca de tudo... Não o deixa estagnar!
A Filosofia que temos na escola, não é das mais motivantes, pelo menos no primeiro ano pois é basicamente a história da filosofia, mas é uma disciplina que "ensina a pensar" e nos mostra diferentes opiniões e pontos de vista de diferentes pessoas em diferentes épocas. Basicamente é uma pequena amostra da Filosofia a sério! Eu tive sorte, calhou-me uma stora que sabe motivar os alunos, que nos sabe levar a estudar e a não achar as aulas uma seca ( mesmo que a matéria não seja das melhores).
Um post a sério sem conversas de treta! Primeiro em 3 semanas!
Aeroporto nas ruínas do castelo!
"Se deve ser no Oeste, porque é que ainda ninguém propôs que fosse no centro de Torres Vedras?"
Porque Torres nem sequer tem via rápida para Santa Cruz, quanto mais um aeroporto...
P.S.: Já agora, porque não a solução Torres Vedras+1, com o aeródromo de Santa Cruz? Ah pois, a via rápida...
quarta-feira, junho 13, 2007
Manu Chau - Rainin’ In Paradize
Adeus tristeza, até depois...
terça-feira, junho 12, 2007
Pergunta da Semana
1. Poucas e pequenas férias intercalares e grandes férias de Verão
2. Muitas férias intercalares e menores férias de verão.
Que sistema é o melhor/mais adequado?
Avaliação do projecto dos portáteis
Não faria mais sentido recolher e analisar os resultados de uma medida com um impacto tão grande, antes de pretender generalizar o uso dos portáteis nas escolas? Será que têm a noção de que uma aula com 14 portáteis evolui rapidamente, como avançar dos minutos, para uma experiência digna do homem-aranha, com fios de alimentação espalhados por todo o lado?
Será que lhes interessa saber o que os coordenadores TIC vão dizer do que é a realidade do uso destes portáteis nas escolas? Ou o que importa mesmo é o fogo de artifício?
Morra o Dantas, PUM!
segunda-feira, junho 11, 2007
Mais exames! Os argumentos de quem lá quer andar
A notícia diz que os exames são feitos "from the age of seven".
Eu não pedia tanto. Eu concordo com exames
- nacionais
- com avaliação nacional
- a todas as disciplinas
- feitos para a média, e com os objectivos disciplinares, por um organismo de estado competente
- que contem 50% da nota, ou mais(nunca ultrapassando os 65%...)
- no 6º, 9º e 12º ( em que os alunos vão ter, respectivamente, 11/12, 14/15 e 17/18 anos ou mais)
Isto não é abusivo.
O que é abusivo é ter em períodos de 2 meses e meio, 2 testes à mesma disciplina, que contam 100% da nota (há que reconhecê-lo...), e em que a matéria é reduzida. Pior: é muitas vezes avaliado pelo cabeçalho.
Quando digo que conta 100% da nota, estou a falar da realidade, e não dos papelinhos que nos dão no início do ano, onde o teste conta 55%. Outros chegam à hipócrisia de dizer que o teste só conta 45% da nota (teoricamente, um aluno pode ter nega nos dois testes e ter 4 na pauta...). Toda a gente sabe que os testes contam 100% (vá lá 90%) da nota. Esta é a realidade e este é o stress que representa fazer um teste.
E mesmo que o teste só contasse 55%, contava mais do que os 30% que os exames contam actualmente.
Quanto ao argumento das "outras capacidades". Digam-me quais são. Suponho que, quem concorda que o único meio de avaliação deve ser a avaliação subjectiva de um professor, ache que estas outras capacidades são a simpatia forçada, o graxismo, as aparências etc... São realmente capacidades úteis nas empresas, acredito que sim. Sobretudo em Portugal...
As funções da Escola são ensinar conteúdos, preparar para a vida adulta, proporcionar experiências sociais com vista ao crescimento social do aluno, educar à cidadania, democracia, respeito, liberdade e responsabilidade e ser uma descoberta de vocações (profissionais, sobretudo).
Se existem "outras capacidades" a avaliar, façam-se disciplinas a avaliá-las e exames nacionais que provem que os alunos têm essas outras capacidades (ninguém disse que tinham de ser escritos...)
Mais exames? A experiência de quem já lá anda.
Call to ban all school exams for under-16s· Damning verdict on culture of testing· Stressed pupils 'in state of panic' Anushka Asthana, education correspondent Sunday June 10, 2007 The Observer All national exams should be abolished for children under 16 because the stress caused by over-testing is poisoning attitudes towards education, according to an influential teaching body. In a remarkable attack on the government's policy of rolling national testing of children from the age of seven, the General Teaching Council is calling for a 'fundamental and urgent review of the testing regime'. In a report it says exams are failing to improve standards, leaving pupils demotivated and stressed and encouraging bored teenagers to drop out of school. (...) 'The range of knowledge and skills that tests assess is very narrow and to prepare young people for the world they need a set of skills that are far broader.' Exams as they stood, he said, were 'missing the point'. Artigo completo do jornal Guardian |
domingo, junho 10, 2007
sábado, junho 09, 2007
Áustria na vanguarda
O chanceler social-democrata Alfred Gusenbauer disse que "a política vai ter agora que se ocupar mais das exigências do jovens"
De notar que apenas um partido votou contra e que esta lei estava prometida durante a campanha. Os maiores de 18 votaram e democraticamente escolheram um partido que tinha no programa esta lei. É um sinal de vanguarda. Vanguarda por parte dos jovens austríacos, a quem foi confiado o direito de participação na democracia, e por parte dos adultos, que votaram nesta lei.
Pessoalmente, não sinto grande vontade de votar. Nem quando tiver mais de 18. Mas esta lei tem implícitos princípios muito positivos, princípios de uma civilização avançada. Vanguardista.
Avaliação e certificação dos livros escolares
Curiosamente, a referida Lei é omissa em relação a esse assunto (?!), embora seja interessante pensar como se vai abordar o texto publicitário no 3º ciclo (provavelmente através das marcas brancas...).
Coisas que se descobrem a ler este tipo de literatura pornográfica:
- definição de Manual Escolar (Artigo 3º, b) - "o recurso didáctico-pedagógico relevante, ainda que não exclusivo, do processo de ensino e aprendizagem, concebido por ano ou ciclo, de apoio ao trabalho autónomo do aluno que visa contribuir para o desenvolvimento das competências e das aprendizagens definidas no currículo nacional para o ensino básico e para o ensino secundário, apresentando informação correspondente aos conteúdos nucleares dos programas em vigor, bem como propostas de actividades didácticas e de avaliação das aprendizagens, podendo incluir orientações de trabalho para o professor;
- "3—Os docentes podem elaborar materiais didáctico-pedagógicos próprios, em ordem ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos e de acordo com os objectivos pedagógicos definidos nos programas, desde que tal não implique despesas suplementares para os alunos."
Finalmente, como a Lei define que a competência da adopção dos manuais escolares pelas escolas é "do respectivo órgão de coordenação e orientação educativa" (art. 16º, 2), a promoção de manuais escolares (que passa a ter datas e regras), passa a ser dirigidas ao órgão competente para a sua adopção, "sendo proibida qualquer actividade promocional dirigida aos professores susceptível de condicionar a decisão de adopção, designadamente a que inclua a oferta de manuais escolares, bem como de qualquer outro recurso didáctico-pedagógico".
Portanto, nem sequer os manuais recebemos, para poder escolher. O órgão referido é o Conselho Pedagógico, que recebe os manuais e as acções de promoção. Se nos pedirem a opinião (ou provavelmente apenas aos titulares do departamento), pode ser que nos emprestem os manuais...
Por legislar, fica o empréstimo dos manuais aos alunos, a que as escolas ficam desde já obrigadas, mas em regras a publicar no prazo de um ano...
sexta-feira, junho 08, 2007
Não há palavras caras - Férias!!!
acho-o de grande qualidade só pelo titulo!
Existem muitas discussões em relação a elas!
Do género:
Conversa de mãe: As férias servem para estudar e manter a matéria em dia (esta também se aplica aos professores)
Conversa de filho: As férias são para descansar!
Cm: Arrumas a casa e ajudas-nos enquanto estamos a trabalhar
Cf: Combinei ir á praia com o João/Francisco/Maria/ Joaquina
Cm: Tomas conta do teu irmão/ irmã
Cf: Ele que não faça disparates que não tem que ter ninguém a tomar conta
Aqui fica a grande questão (não te quero roubar audiência, baldassare!):
Para que é as férias servem?
Quero respostas dos alunos e dos professores!
(sem paciência para escrever nada mais sério!!)
Medidas educativas da China
José Mota |
Matraquilhos estão a conquistar os asiáticos |
"O governo central tem também um programa de apoio à prática de matraquilhos nas escolas e, com a colaboração do ITSF China, prepara-se para instalar centenas de mesas em várias escolas e universidades da província de Guizhou, no interior do país."
Matraquilhos enlouquecem chineses (JN)
quarta-feira, junho 06, 2007
E se o professor não deu a matéria?
Resposta do meu co-blogger Ctrl.Alt.Del.: "O professor não dá matéria, segundo o ME é um "facilitador de aprendizagens" e um "criador de situações de aprendizagem"; assim, se há matéria que o aluno não aprendeu, o problema é, obviamente, dele ;-)"
A culpa não é, obviamente, do aluno. A culpa é, obviamente, do professor que não deu a matéria.
Mas essa não era a minha questão. A minha questão é "se o professor não deu matéria, o que é que fazem os alunos?". Não podem fazer nada. Nem os que estiveram nas aulas. Eu, a esta pergunta, queria respostas, não ironias...
Sinceramente não sei. Pode um aluno ser prejudicado pela incompetência de outra pessoa? Não, certamente. Como resolver este impasse? A pergunta da Semana mantem-se.
P.S.: O professor dá matéria. É um facilitador de aprendizagens, é um criador de situações de aprendizagem, é um estimulador do pensamento, mas tem de dar matéria.
A banhada dos portáteis para todos
Então afinal, os 150 euros representam um "máximo de 150 euros de entrada". Afinal não são computadores a 150€, essa é só a entrada, depois continua-se a pagar "prestações mensais cinco euros abaixo da oferta praticada no mercado". Portanto se o mercado estiver a oferecer o mesmo produto com prestações mensais de 50€, pagar-se-á uma prestação de 45€, sem que se saiba durante quanto tempo (3 anos - a duração do secundário?).
Afinal, entre a entrada baixa e o desconto de 5€ por mês (3 anos - 36 meses), acaba por sair um computador portátil uns 50 ou 100€ abaixo do preço de mercado. Eis a revolução anunciada que vai fazer choque tecnológico. Era tipo danoninho, só faltava mesmo um bocadinho...
terça-feira, junho 05, 2007
Pergunta da Semana
segunda-feira, junho 04, 2007
domingo, junho 03, 2007
sexta-feira, junho 01, 2007
Queremos exames!
Cerca de zero vezes, para ser preciso. Porque é que eu acho que os alunos beneficiam dos exames? Porque é que eu quero ser avaliado por exames?
- Antes de mais nada, é uma questão de princípio. Eu quero ser avaliado pelos meus conhecimentos, e não quero ser prejudicado pela avaliação subjectiva de um professor. Os professores são humanos, têm sentimentos. E esses sentimentos podem levar a um erro na avaliação, ou a alguma parcialidade. Por isso a avaliação deve ser feita por um exame nacional, igual para todos os alunos. Só assim se pode avaliar objectivamente os conhecimentos dos alunos.
- Muitos alunos beneficiariam dos exames nacionais como elemento principal da avaliação. Porque existem muitos professores incompetentes, ou que não nasceram para a docência. Mas vivem dela. E porque muitos alunos podem não ter aquela imagem de "estudiosos" que os professores querem, mas realmente estudam. Com os exames, é que se vê quem é que é mesmo "aplicadinho". Não é pela postura corporal e olhar interessado...
- O exame é nacional, e isso ajuda à justiça.
- Integrado na Educação centrada no Aluno, os exames como principal instrumento avaliativo fazem ainda mais sentido. Eu acho a "avaliação contínua" uma hipocrisia. Porque defendo um modelo em que as aulas são opcionais até que o aluno deixe de ter boas notas. Avaliação aula a aula é avaliação de nada. É subjectividade, é simpatia e graxismo. Na Escola deve-se avaliar concretamente os conhecimentos, de onde quer que eles venham. Se eu acho que tiro maior proveito de uma hora e meia a estudar na sala de estudo do que a ter aula, e se acho que assim consigo obter mais conhecimentos, e realmente consegui-lo, qual é o problema? O problema é a indepenência e autonomia, que são pouco toleradas na Escola de hoje.
- Depois, os exames são feitos por uma comissão que deve criar exames adequados à média e com os conhecimentos que ache que os alunos devem ter. Por exemplo, o exame de Matemática do 9º ano do ano passado tinha muito mais de raciocínio do que de matéria. Porque o GAVE achou que era essa a parte mais importante da Matemática. Concordo. Outros discordarão. É por isso que a avaliação tem de ser nacional. Porque uns fazem a avaliação de uma maneira e outros de outra... e isso assim não pode ser...
P.S.: Para que fique claro: defendo exames nacionais no 6º, 9º e 12º, a valer, no mínimo, 50% da nota. E regeito o sistema de há uns anos, em que se podia não ir a exame, se se tivesse boa nota atribuida pelo professor. Vai contra tudo o que ennumerei anteriormente.
Já agora, leiam isto, que mostra que os exames a valer 50% seria mais vantajoso para os alunos, do que o actual modelo, em que contam 30%. É um raciocínio matemático (podia estar na Teuria dus Numaros). Se quiserem comentar, façam-no neste post e não no antigo...
P.P.S.: A próxima Pergunta da Semana será novamente sobre este tema.