sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Quando as palavras custam a sair...

Quando as palavras custam a sair, agradecemos a quem as diz por nós. obrigado, Paulo Guinote, a quem ainda vai dando para pôr cá para fora o que custa a engolir:

"É verdade que eu estou mais irritado, menos macio, eventualmente mais cáustico ou corrosivo (adjectivos com os quais já me habituei a conviver).

Só que essa é a evolução natural de quem, também quotidianamente, se sente massacrado por uma enxurrada quase ininterrupta de novos encargos, sem qualquer compensação material ou simbólica. De quem vê serem tomadas, com o maior desplante, sucessivas medidas perfeitamente ao arrepio de qualquer lógica ou de qualquer fundamentação empírica. De quem vê detentores de cargos públicos defenderem o desrespeito pelo sistema judicial. De quem vê o mais absoluto despudor nas declarações da tutela sobre o desempenho dos docentes, a organização das escolas e a qualidade do trabalho realizado, argumentando sistematicamente com distorções dos factos e falsidades.

De quem vê pessoas amigas irem desanimando cada vez mais, submersas num labirinto kafkiano do qual se sentem incapazes de se libertar.

Não me digam que a Educação e as Escolas estão melhores com as decisões desta equipa ministerial. Estão pior, em termos de ambiente e mesmo de capacidade de trabalho consequente em prol dos alunos.

Só os muito distraídos não percebem o que tudo isto pretende alcançar: quebrar o ânimo dos docentes, desrepeitando-os a todo o momento, e levá-los a aderir a um sistema laxista, academocamente facilitista e burocraticamente pesadão e desencorajador de qualquer rigor efectivo.

Tudo está construído para que as pessoas optem por trabalhar para o Sucesso Estatístico, para não terem problemas na sua vida profissional."

Leia o post completo

Sem comentários: