Acabou a gestão das escolas públicas as we know it. Eis a última medida do Governo Sócrates:
"O futuro órgão máximo de cada agrupamento de escolas, com competência para eleger e destituir o director, não poderá ser presidido por um professor, mas antes por um encarregado de educação ou por um representante da autarquia ou da comunidade local."
E o que é esta figura de "O Director"?
"é criado o cargo de director, escolhido pelo Conselho Geral. Este será coadjuvado por adjuntos (o número vai depender da dimensão da escola) mas constitui um órgão unipessoal e não um órgão colegial. O director tem a seu cargo a gestão administrativa, financeira e pedagógica. Além disso assume a presidência do Conselho Pedagógico. É-lhe atribuído o poder de designar os responsáveis pelas estruturas de coordenação e supervisão pedagógica. "
Ou seja a gestão administrativa, financeira e, pior, pedagógica vai estar atribuída a um director que responde perante um Conselho Geral, cujo presidente não pode ser um professor.
O Conselho Pedagógico será presidido por um professor subalterno a um não-professor, que pode não saber nada de pedagogia... alguns professores podem não ser grandes especialistas em pedagogia, mas a sua experiência enquanto professores dá-lhes capacidade pedagógica... agora um "representante da autarquia"?!?
O poder nas escolas está a ser tomado de assalto pel' "A Comunidade". A comunidade não tem nada que intervir na gestão escolar porque a comunidade não percebe nada disto. Quem deve ter mais poder é a comunidade escolar. Alunos, professores, encarregados de educação são os mais importantes na gestão escolar, porque a escola é o seu local de trabalho.
Ah, pois, já me esquecia que para o PS, a escola deve estar focada nos "interesse público geral" e "na prespectiva (...) das populações"...
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1 comentário:
Finalmente, o poder está na rua...
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