Se o crítério para a avaliação de um professor for as notas dos alunos, é provável que o professor dê melhores notas. Se esse critério é na avaliação de escolas, então é provável que as escolas façam pressão para que os professores dêm boa nota.
Se a primeira situação é deplorável, a segunda é inadmissível. Os Conselhos Executivos não podem pressionar um professor a dar boas notas, porque só o professor sabe o que merecem os alunos...
Mas sabem o que é ainda pior? É quando o Estado usa inspecções estrategicamente feitas nesta altura e critérios absurdos para tentar aumentar as estatísticas, com o objectivo de ganhar suporte para as suas medidas educativas. E é isso que está a acontecer: o governo decidiu que os professores e as escolas devem ser avaliados pelas notas dos alunos (um critério absurdo e incompreensível), e coloca inspecções na altura em que se começa a pensar nas notas dos alunos.
Assim, garante que, ou os professores vão subir as notas para terem melhor classificação, ou porque são a isso coagidos pelos Executivos, que também querem uma boa classificação.
Tudo isto para quê? Para que os portugueses no fim pensem "Custou, mas valeu a pena".
quarta-feira, novembro 21, 2007
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